História Administrativo
Por: Turan • 29/4/2017 • Resenha • 3.980 Palavras (16 Páginas) • 151 Visualizações
Aula 15 – Escola Estruturalista
As organizações cresciam e passavam a ser vistas como sistemas complexos, baseadas na relação entre seus elementos: pessoas, grupos, tecnologia, equipamentos, normas e procedimentos, instalações, etc. Esse aumento e mudanças nas organizações fez com que ela necessitasse de novos métodos de análise.
O foco principal do estruturalismo é o estudo das organizações. As instituições eram a forma dominante de instituição da sociedade moderna. Além da burocracia, a sociedade moderna presenciava o surgimento de outras organizações, mais complexas; o ser humano passou a ser analisado com base nos papéis que desempenhava nas organizações em que participava (trabalho, escola, clube e igreja, etc). Assim, os desempenho de papéis nas organizações passou a ser importantíssimo para a análise do comportamento humano, e as organizações passaram a enfrentar muito mais problemas que exigiam novas análises.
A escola estruturalista definia organização como unidade social ou agrupamento de pessoas construídos para alcançar determinados objetivos (ex.: empresas, exércitos, escolas, hospitais, igrejas, sindicatos, prisões e associações).
- Características das organizações, segundo a escola estruturalista: divisão do trabalho, do poder e das responsabilidades; a presença de centro de poder que controlam as atividades; e a substituição de pessoal (pessoas podem ser demitidas e substituídas por outras).
-Modelo de Etzioni – Analisou os meios de controle utilizados nas organizações: controle físico (baseado em punições, ameaças, e as pessoas pro medo, se submetem aos controles impostos – o indivíduo se torna alienado, por medo de perder o emprego); controle material (baseado em recompensas, promoções, aumentos de salários, status, etc - o empregado só trabalha pensando no dinheiro, é calculista); e controle normativo (baseado em crenças, valores, ideologia – o indivíduo aceita os valores da organização, acredita em sua missão e trabalha porque acredita nas idéias da organização).
- Com as relações do controle com os comportamentos das pessoas, ele (Etzioni) desenvolveu três tipos de organizações: coercitivas (prevalece o controle físico e comportamento alienatório – ex: prisões, penitenciárias, etc); utilitárias (prevalece o controle material e comportamento calculista – ex: empresas); e normativas (prevalece o controle normativo e envolvimento mental – ex: igrejas, partidos políticos, movimentos sociais, ONGs, universidades, hospitais, etc)
- Modelo de Blau e Scoot – Criaram um tipo de organização baseada em seus próprios beneficiários: Associação de benefícios mútuos (baseada nos próprios membros da organização – ex: associações profissionais, sindicatos, consórcios, fundos mútuos, etc); Organizações de Interesses comerciais (baseada nos proprietários, dirigentes ou acionistas – ex: empresas privadas, sociedade anônima ou Ltda); Organizações de serviços (baseada nos clientes – ex: hospitais, universidades, escolas, organizações religiosas, etc); e Organizações de Estado (baseada no público em geral – ex: agências estatais de educação, saúde, saneamento, segurança, tribunais, organizações militares, etc).
- Modelo de análise estrutural-funcional de Parsons: Definiu um sistema social como: relativamente aberto, que integra um sistema mais amplo e mantém constantes relações com seu ambiente; e também Identificou os quatro requisitos indispensáveis para o funcionamento de um sistema social: adaptação (às demandas do ambiente); alcance dos objetivos (implementar metas); integração (processos que asseguram o relacionamento entre as partes); e manutenção (transmitir valores aos novos participantes).
- Modelo de Mintzberg: Definiu os tipos de organizações com base em cinco componentes: Vértice estratégico (área que dirige a organização, formula estratégias – cúpula); Centro operacional (área responsável pela produção de bens e serviços); Linha hierárquica (cadeia de comandos com seus cargos e níveis); tecnoestrutura (área onde estão os especialistas que planejam as mudanças); e o Pessoal de apoio (funções logísticas – as áreas de apoio). Além disso, utilizou em seu modelo o sistema de tomada de decisões, o mecanismo de coordenação e outros fatores. Definiu cinco tipos de organizações: Estrutura Simples (supervisão direta, supremacia do vértice estratégico e prática da centralização); Burocracia mecanicista (padronização dos processos de trabalho, supremacia da tecnoestrutura e prática da descentralização horizontal limitada); Burocracia profissional (estandardização dos resultados, supremacia da linha hierárquica e prática da descentralização horizontal e vertical); Estrutura Divisionalizada (estandardização das qualificações, supremacia do centro operacional e prática da descentralização vertical limitada); e Adhocracia (ajustamento mútuo, supremacia das funções logísticas e prática de uma descentralização seletiva).
- Modelo de Perrow – propôs a organização com cinco níveis de objetivos: Objetivos da sociedade (voltados para satisfazer as necessidades da sociedade); objetivos de produção (voltados para o desempenho técnico da organização); objetivos de sistemas (voltados para o desempenho da organização em suas diversas áreas funcionais); objetivos de produtos (voltados para os produtos e serviços); e objetivos derivados (voltados para os diversos usos que a organização faz do seu poder junto a seus membros e demais organizações localizados em seu ambiente externo).
- Modelo de Thompson – analisou as estratégias organizacionais de adaptação ao ambiente externo com base no alcance de objetivos comuns. Definiu os modelos de atuação: concorrencial (organizações concorrentes atuam isoladamente e disputam o mercado e os clientes); cooperativa (organizações estabelecem relações cooperativas entre si); e dividiu o modelo de atuação cooperativa em três tipos: Negociação (duas ou mais organizações trocam entre si bens e serviços); co-opção (organização participa do processo decisório de outra); e coalizão (combinação de duas ou mais organizações para o alcance de objetivos comuns).
- Métodos de análise organizacional inovadas pelos estruturalistas: análise racional (ênfase no alcance dos objetivos, na definição da estrutura administrativa e na maximização dos lucros com base na otimização de recursos); análise sistêmica (a organização é vista como um conjunto de partes interdependentes que contribuem para o bom funcionamento da organização); análise dos níveis organizacionais (organização é dividida em três níveis – institucional (alta adminsitração);
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