Liberalismo
Artigo: Liberalismo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: kanandasb • 15/4/2014 • Artigo • 1.545 Palavras (7 Páginas) • 451 Visualizações
Liberalismo
Liberalismo é o nome dado à doutrina que prega a defesa da liberdade política e econômica. Neste sentido, os liberais são contrários ao forte controle do estado na economia e na vida das pessoas. Em outras palavras, o liberalismo defende a ideia de que o Estado deve dar liberdade ao povo, e deve agir apenas se alguém lesar o próximo (conhecido como Princípio do Dano). No mais, em boa parte do tempo, as pessoas são livres para fazer o que quiserem, o que traz a ideia de livre mercado.
O liberalismo surgiu da concepção de um grupo de pensadores imersos na realidade da Europa dos séculos XVII e XVIII. Vigorava ainda a filosofia do absolutismo em praticamente todos os governos europeus, pois o rei, como legítimo representante de Deus na terra, teria natural primazia sobre todos os assuntos que envolvessem a nação. As ideias iluministas vão gradualmente implodir tal sistema de excessiva intervenção do estado, auxiliadas pelo espírito empreendedor e autônomo da burguesia, abrindo espaço para outras possibilidades na relação entre os homens e o mundo. O burguês, que se lançava ao mundo para o comércio e usava a somente a própria iniciativa para alcançar seus objetivos, destoava de todo um período anterior onde os homens colocavam-se subservientes ao pensamento religioso.
Então, como uma reação natural à ordem anterior de coisas, vários pensadores se mobilizam no esforço de dar sentido àquele mundo que se transformava. Surge um ponto fundamental do pensamento liberal quando é concebida a ideia de que o homem tinha toda sua individualidade formada antes de perceber sua existência em sociedade. Para o liberalismo, o indivíduo estabelecia uma relação entre seus valores próprios e a sociedade.
Além de construir uma imagem positiva do individuo, o liberalismo vai defender a ideia de igualdade entre todos. O direito que o homem tem de agir pelo uso da sua própria razão, segundo o liberalismo, só poderia garantir-se pela defesa das liberdades. No aspecto político, o liberalismo vai demonstrar que um regime monárquico, comandado pelas vontades individuais de um rei, não pode colaborar na garantia à liberdade, pois a vontade do rei subjuga o interesse social, impedindo os princípios de liberdade e igualdade.
No entanto, uma excelente definição é a de Fernando Pessoa, que definiu o liberalismo como:
“a doutrina que mantém que o indivíduo tem o direito de pensar o que quiser, de exprimir o que pensa como quiser, e de pôr em prática o que pensa como quiser, desde que essa expressão ou essa prática não infrinja diretamente a igual liberdade de qualquer outro indivíduo.”
Anarquismo
Chama-se anarquismo o movimento político que defende a anarquia, ou seja, a supressão de todas as formas de dominação e opressão vigentes na sociedade moderna, dando lugar a uma comunidade mais fraterna e igualitária, fruto de um esforço individual a partir de um árduo trabalho de conscientização. O anarquismo é frequentemente apontado como uma ideologia negadora dos valores sociais e políticos prevalecentes no mundo moderno como o estado laico, a lei, a ordem, a religião e a propriedade privada. A palavra anarquismo é adaptada do grego ánarkhos, cujo significado é, aproximadamente, "sem governo". No Brasil, a ideologia foi introduzida no final do século XIX pelos imigrantes europeus, principalmente os italianos e espanhóis, e foi influente até o final da Segunda Guerra Mundial.
As origens do movimento derivam da concepção individualista dos direitos naturais, defendida por John Locke. Para o filósofo inglês, haveria um contrato voluntário acordado entre indivíduos iguais em direito e em deveres. Os anarquistas e os liberais foram os primeiros a extrair das ideias de John Locke profundas implicações políticas, isso no final do século XVIII, quando surge um movimento anarquista estruturado, como uma corrente política autônoma e com seguidores em todo mundo. Entre os seus teóricos contam-se pensadores tão diversos como William Godwin (1773-1836), P.J.Proudhon (1809-1865), Bakunine (1814-1870), Kropotkin (1842-1921) ou o português Silva Mendes.
Os anarquistas se caracterizaram pela pouca inclinação à constituição de grandes organizações, formando grupos dispersos, porém, lutando basicamente em torno de seis ideias:
1. Direitos fundamentais dos indivíduos, cujo conceito se traduz na ideia da primazia do indivíduo face à sociedade. Todo o indivíduo é único e possui um conjunto de direitos naturais que não podem ser posto em causa por nenhum tipo de sociedade que exista ou venha a ser criada.
2. Ação direta, conceito que rejeita o sistema de representação, ressaltando o valor da ação direta do indivíduo na realidade social. Alguns anarquistas, no final do século XIX e princípios do século XX, cometiam assassinatos de figuras políticas baseados neste conceito, entendendo que tais líderes simbolizarem tudo aquilo que reprovavam.
3. Crítica aos preconceitos ideológicos e morais. Os anarquistas entendiam que era imprescindível destruir todas as condicionantes mentais que possam impedir o indivíduo de ser livre e de se assumir como tal.
4. Educação libertária. A educação é um processo de emancipação dos indivíduos, e por esta via podiam lançar as bases de um nova sociedade.
5. Auto-organização. Embora recusem qualquer forma de poder, a maioria dos anarquistas estabelecem organizações próprias, que devem, contudo, ser resultado de uma ação consciente e voluntária dos seus membros, mantendo uma total igualdade de forma a impedir a formação de relações de poder (dirigentes/dirigidos, representantes/representados, etc).
6. Sociedade global. Um dos grandes ideais anarquistas é a constituição de uma sociedade planetária que permitisse a livre circulação de pessoas ou o fim das guerras entre países.
Socialismo
No final da primeira metade do século XIX, diversos movimentos contra as monarquias nacionais contaram com a participação do operariado de diferentes países. Por meio da derrubada desses regimes absolutistas, a figura do trabalhador representava as contradições e os anseios de um grupo
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