Mulheres e as Implicações de Genero na sua Atividade Social durante a Idade Média
Por: Milenna Santiago • 19/2/2021 • Trabalho acadêmico • 1.373 Palavras (6 Páginas) • 192 Visualizações
Roteiro de apresentação: “Mulheres na Idade Média”, 11 de junho de 2018.
Eixo temático: “As Mulheres e as Implicações de Gênero na sua Atividade Social Durante a Idade Média “
“a palavra História embora pertença ao gênero feminino, costuma ser pensada em temos masculinos. Seu estilo em geral privilegia os homens – e nem todos – enquanto as mulheres são aprisionadas em categorias vagas e imprecisas como “humanidade”, “homens” e “pessoas”. (MACEDO RIVAIR, Jose – A Mulher na Idade Média, pág. 9)
Obra proposta para a abordagem temática central: “A Mulher na Idade Média”, do autor Jose Rivair Macedo.
Introdução
O texto busca uma breve contextualização da situação social atuante da mulher na Idade Média entre os séculos V e XV. Traz a organização das estruturas sociais mais importantes diante do papel social feminino, o casamento e a família, sem sequência discorre sobre a atuação das mulheres em diferentes âmbitos de classe e realidades sociais. É importante frisar que essas narrativas só são possíveis graças a mínima contribuição de homens em suas abordagens sobre a sociedade medieval, em especial homens cristãos, que viam os registros sobre o universo feminino como um princípio ético.
Agnes e o Casamento
Traz a abordagem da condição do casamento para a mulher, suas obrigações e tormentas dentro do matrimônio. Agnes foi prometida em casamento pelo seu pai aos três anos de idade. Aos seis e ainda uma criança passou a morar com a família do seu prometido marido. Seu caso é um dos poucos mais bem documentado de uma mulher que foi repudiada pelo marido na história das mulheres medievais.
O Livro das Três Virtudes
Esse tópico visa apresentar as distintas relações sociais e profissionais das mulheres, levando em consideração, suas realidades adversas e o privilégio de classe garantido para algumas.
Socialmente menosprezadas
Um relato da condição e situação de mulheres vistas com preconceito pela sociedade da época. Essas mulheres foram marginalizadas e segregadas, algumas em razão do sexo e outras por pertencerem a grupos mal enquadrados ou rechaçados pela sociedade dominante.
Imaginário Social da Mulher
Acerca das representações morais e estéticas das mulheres, tratam-se de representações que nem sempre condizem com a realidade. Uma descrição do comportamento feminino ligado aos critérios morais e religiosos. Os traços desse ideário são muito mais acentuados quando se trata de um retrato moral.
As vozes Femininas
Para as mulheres era praticamente negado o direito de acesso a educação, as únicas mulheres que poderiam ser letradas naquela época eram aquelas ligadas as posições clericais de destaque. A primeira virtude aprendida, e esta deveria ser ensinada às suas filhas, era a virtude da obediência. Ainda assim as mulheres medievais tiveram espaço na mística e na lírica da época.
Referências Bibliográficas:
MACEDO RIVAIR, Jose. A Mulher Medieval – A mulher e a família, Realidades sociais e atividades profissionais, Exclusão preconceito e marginalidade – Repensando a História, Editora Contexto 1° edição, 1990.
Casamento e Família
Agnes:
Foi uma jovem inglesa, nascida em 1151, aos três anos de idade foi prometida em casamento pelo seu pai e aos seis a criança passou a conviver nas dependências da casa de seu prometido marido, com todas as honras prometidas de uma esposa.
O homem com quem iria e casar, Aubrey de Vere, era então conde de Oxford e tinha quarenta e sete anos de idade.
Faltava a consumação de seu casamento, quando em 1163, seu pai caiu em desgraça e teve todos os seus bens confiscados. Agnes tinha então doze anos de idade e foi repudiada pelo futuro marido.
Diante da atual situação, Agnes foi reivindicar seus direitos na justiça ao bispo de Londres, forçando os Vere a passar por um processo judicial.
Em 1166 o caso foi levado a julgamento em Roma e permaneceu em aberto por seis anos. Durante os seis anos Agnes foi mantida presa por Aubrey Vere dentro de uma torre na expectativa que ela desistisse.
Por fim, em janeiro de 1172, o Papa Alexandre II decidiu dentro de um prazo de 20 dias que o conde teria que aceitá-la como esposa, tratá-la com o devido respeito, compartilhando a mesa e o leito. O conde acatou a decisão e o casamento se consumou.
Na ocasião Vere tinha sessenta e dois anos e Agnes vinte um, eles tiveram cinco filhos e deram origem a casa de Oxford.
A história da condessa Agnes retrata os aspectos de uma sociedade feudal europeia onde os laços de conjugais e a afetividade não eram sinônimos naquela época. Embora a igreja não medisse esforços para tornar a união, entre homens e mulheres perante ao casamento, indissolúvel. As mulheres permaneciam presas no seio familiar sendo elas filhas, esposas ou viúvas.
As mulheres tinham suas vidas restritas as dependências da casa de família, governada sempre por uma figura masculina - o pai, o marido ou o sogro – eram proibidas de participar de cargos políticos, jurídicos, administrativos e religiosos da sociedade, era proibida inclusive de falar em locais de culto religioso.
O casamento era propriamente um negócio, e a mulher mercadoria de troca para acordos comerciais. As relações conjugais e afetivas não eram sinônimos nessa época.
Realidades sociais e atividades profissionais
As mulheres da elite e do povo tiveram distintas experiências de vida e ocupavam variadas posições da sociedade medieval.
Além das estratificações sociais
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