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O Brasil na Formação do Atlântico Sul durante o século XVII.

Por:   •  22/6/2022  •  Trabalho acadêmico  •  627 Palavras (3 Páginas)  •  121 Visualizações

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Beatriz Stephani Pereira D’Amico
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O Brasil na formação do Atlântico Sul durante o século XVII.

A princípio, o comércio do escravizado, que seria oriundo do território africano subsaariano, é corrente desde a Antiguidade, mas, é somente no século XI que esse mercado cresce de maneira constante. O tráfico que, no começo, servia, em pequena escala, somente o Mediterrâneo, o Oriente Médio e certa extensão asiática, tomou maior proporção entre XVI e XIX, com, no conceito europeu, o “descobrimento” da América e a consequente constituição de um Sistema Atlântico; sistema que, com sua magnitude econômica e territorial, diferenciava-se do restante.  

Ainda, torna-se válido ressaltar que, no primórdio da inserção do açúcar em território brasileiro, a sociedade açucareira entrava constantemente em conflito com a população nativa que, na ocasião, seria a principal mão-de-obra, o que, de síntese, possuía forte oposição pela Companhia de Jesus, que visava sua conversão ao cristianismo. Assim, a indústria açucareira constituiu-se somente em 1550-50, com a sucessiva transição dessa mão-de-obra para a africana que, conforme visão do período, seria mais resistente, qualificada através de sua experiência em Madeira ou São Tomé. Antônio de Vieira, no século XVII, expressa esse consequente, e constante, crescimento do comércio escravista, tratando, em específico, do advento do africano no Brasil, que persistiu até o século XIX.

“Uma das grandes coisas que se vêm hoje no mundo, e nós pelo costume de cada dia não admiramos, é a transmigração de gentes e nações etíopes, que da África continuamente estão passando a esta América.” (Antônio Vieira, Sermão XXVII com o Santíssimo Sacramento Exposto, século XVII).

         Assim, no século XVII, entra em declínio o estabelecimento, em vista de seu comércio de especiaria, do Império Português na Ásia, com o Atlântico tomando seu centro com o Brasil, nesse contexto, como seu principal expoente, desenvolve-se um comércio triangular, que envolveria também a África e a Europa. O Brasil, à vista disso, importava o escravo e exportava, para território europeu, metal e outras mercadorias agrícolas, e, também, outros produtos para o africano, como a farinha de mandioca e a aguardente.

A cachaça, nesse caso, mostrou-se como uma resolução para a crise econômica do século XVI, provocada pela concorrência externa de preço, conforme declínio do consumo de açúcar no mercado europeu. A mercadoria, nessa circunstância, tornou-se uma “moeda de troca” no porto escravista, conquistando espaço, inclusive, em africana, o que a consolidou, portanto, como um rendimento alternativo para essa sociedade, até então, açucareira. Ainda, o pesquisador Stuart Schwartz até mesmo calcula que esse produto, e seu derivado, compunha de 7% a 17% do lucro anual dos engenhos (ALENCASTRO, 2002; 310).

Ademais, a fim de compreensão, a cachaça tornou-se um célebre em território africano por substituir o Malofo, uma popular bebida alcóolica extraída da Palmeira e que estava em “extinção”, em vista do desmatamento ocasionado pelo conquistador. A fabricação dessa mercadoria, no entanto, é reprimida pela Coroa em 1649, com uma limitação dessa produção e ilegalização de seu comércio até 1695, no fundamento de que esse comércio traria um prejuízo para o tesouro; esse detrimento, no entanto, mostrou-se para o senhorio, conforme expresso em:

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