O Ensino de Ciências (Física) no Brasil

O presente trabalho apresenta um resumo do artigo intitulado “O ensino de ciências (Física) no Brasil: da história às novas orientações educacionais” dos autores Cleci Werner da Rosa e Álvaro Becker da Rosa.

O artigo pode ser dividido em três partes distintas. Na primeira delas é feito um apanhado histórico sobre o ensino de Ciências no Brasil que compreende desde o período colonial até o início do processo de industrialização do país, passando pela era Vargas. Alguns fatos históricos importantes desses períodos são destacados, como por exemplo: o ano que marca o início da educação nacional é 1954 com a vinda do primeiro governador-geral, Tomé de Souza, para o Brasil. Com ele vieram os primeiros Jesuitas, primeiros responsáveis pela educação no país. O modelo empregado por eles era o chamado “modus parisiense” de ensinar, que predominou por quase duzentos anos, baseado em uma divisão por grupos, de acordo com o nível de conhecimento que apresentam. O autor ainda destaca que alguns aspectos desse modelo se perpetuam até os dias de hoje, como a divisão do trabalho didático; a criação dos espaços especializados para o ensino (salas de aula); o ensino seriado; a especialização dos professores; e, ainda, a diferenciação dos conhecimentos.

A chegada da família real portuguesa consistiu em outro marco para educação brasileira, uma vez que proporcionou a criação da educação superior no Brasil, além da descentralização da educação básica. O que trouxe alguns problemas, uma vez que a responsabilidade da educação básica passou a ser das províncias, que devido à baixa capacidade de investimento, negligenciaram, por muito tempo, o ensino para os mais pobres. Já os níveis médio e superior, continuaram sob responsabilidade do governo central, o que permitiu que as classes mais abastadas tivessem acesso a uma educação de qualidade. Esse cenário perdurou até a proclamação da república, quando o sistema educacional brasileiro tornou-se efetivo.

A Revolução de 1930 marcou a queda da chamada República Velha, restabelecendo a centralização nas mãos do governo federal. Ela deu início a um período de transição entre a economia essencialmente agrária e artesanal e uma economia urbana e industrial. A educação, nesse período, passou a ser vista como alternativa para o desenvolvimento social e econômico do país, sendo estendida às classes menos favorecidas, que até então não tinham acesso à escolarização.