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O Estudo de História e Culturas Indígenas

Por:   •  19/12/2022  •  Resenha  •  565 Palavras (3 Páginas)  •  92 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE HUMANIDADES – CH

UNIDADE ACADÊMICA DE HISTÓRIA – UAHis

DISCIPLINA: Estudo de História e Culturas Indígenas

DOCENTE: Alarcon Agra do Ó

ALUNO: Raí de Melo Porto

RESUMO

ALMEIDA, MARIA REGINA CELESTINO DE. OS ÍNDIOS NA HISTÓRIA DO BRASIL. RIO DE JANEIRO: EDITORA FGV, 2010.

13 de dezembro de 2022, Campina Grande – PB.

A presença dos povos originários no território brasileiro é muito anterior ao processo de ocupação estabelecido pelos exploradores europeus que aportaram em território brasileiro. Muitos questionamentos são feitos acerca da História dos Indígenas nas américas, visto que antes da chegada de Cabral, os registros são apenas arqueológicos, os quais não são suficientes para sanar toda a curiosidade da comunidade em geral.

Infelizmente o sistema educacional brasileiro, reportava que em tal período, existiam apenas “selvagens”, sem quaisquer tipos de organização, seja política, religiosa e/ou social. Segundo Carlos Fausto autor da obra, “Os índios antes do Brasil”, o mesmo propõe ideias acerca dos “índios do baixo continente”. Nas análises de Fausto ocorre uma generalização baseada no inatingível Império Inca, o que desta forma, remove os demais povos então existentes.

Já no livro “Os índios na história do Brasil”, de Maria Regina Celestino de Almeida, retomam e reafirmam o pressuposto de que as populações nativas foram agentes sociais nos processos históricos que engendraram o país. A obra tem seis capítulos que tratam tanto de história como de discurso historiográfico. Enquanto o primeiro aborda as transformações do lugar dos índios na historiografia brasileira desde o Império até os dias atuais, os demais fazem um apanhado, a partir dos paradigmas recentes, de aspectos da sua participação na história do Brasil, desde o período colonial até o Império.

No primeiro capítulo, Regina analisa a maneira como os índios passaram da condição de vítimas passivas da conquista à de agentes históricos. Explica que a primeira percepção andava de par com a oposição teórica entre “índio aculturado” e “índio puro”: acreditava-se que o contato com a sociedade nacional fatalmente acarretava a aculturação dos índios e, por consequência o seu desaparecimento.

No segundo e também no terceiro capítulo, a autora traz um apanhado de casos exemplares das relações de guerras e de alianças estabelecidas entre índios e europeus do período colonial até o Império. Comenta que a dificuldade que temos hoje de identificar os grupos étnicos presentes no território quando da chegada dos europeus deve-se ao fato de que estes últimos, praticamente nossas únicas fontes de informação, qualificavam os índios de maneira genérica e em função da qualidade das relações estabelecidas com eles. Só que essas relações junto com as epidemias e armas de fogo impactavam e transformavam as interações interétnicas originais de troca, de guerra e de aliança, as quais a arqueologia evidencia atualmente terem sido intensas.

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