O Imperialismo, Sua Origem e Repercussão na Atualidade
Por: isas23 • 4/4/2016 • Trabalho acadêmico • 1.481 Palavras (6 Páginas) • 700 Visualizações
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
2 DESENVOLVIMENTO
3 CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
O presente trabalho analisa o imperialismo, sua origem e repercussão na atualidade, se baseando em artigos que tratam de questões referentes ao processo imperialista, apresenta o contexto histórico vivenciado no inicio do imperialismo e suas causas, com a visão e teoria de autores com o percursor John Hobson, citado por Caio Martins Bugiatto, Samir Amin e Vladimir Ilitch Lenin, citado por Leonardo de Magalhães Leite.
Dessa forma, se torna um instrumento de interpretação no estudo do processo de expansão do capitalismo do século XIX, que construiu um novo mundo, no qual não existia distinção absoluta entre a cultura, a politica e a economia, no que se referia à ocupação de territórios.
Por todos esses aspectos apresenta diferentes conceitos, para explicar o que é o imperialismo, que continua em desenvolvimento na economia mundial, sendo este um dos fatores de maior influência e como torná-lo eficaz para todas as nações.
DESENVOLVIMENTO
As origens do imperialismo e seus reflexos na atualidade podem ser compreendidos através de uma “busca na história” da humanidade, cujas ações são impulsionadas pelo desejo nato de troca e conquista do ser humano, de acordo com Adam Smith (1779, apud Cerqueira, 2000).
O conceito do imperialismo tem sido interpretado e caracterizado, desde a antiguidade como uma prática usada por nações e povos mais poderosos para ampliar e manter o controle ou influência sobre nações e povos mais fracos, para compreendê-lo, precisamos contextualizar as origens do capitalismo, que teve os primeiros registros de trocas na transformação dos feudos, quando as terras começaram a ser arrendadas e a mão de obra começou a ser remunerada com salário, com essa nova lógica econômica, o comerciante substituiu o valor de uso da mercadoria pelo seu valor de troca, converteu os custos e lucros pra quantias monetárias, dando inicio ao processo de monetarização.
O objetivo nessa época tornou-se trabalhar para ter o máximo de lucro e acumular capitais, nasce assim o capitalismo mercantil, dando início as grandes navegações e a colonização.
Segundo Samir Amin (2005), este é o primeiro momento devastador do imperialismo em torno das conquistas das Américas, no quadro do sistema mercantilista da Europa Atlântica da época. Como sabemos a expansão europeia capitalista mundial se deu sobre os mais fracos e impotentes, considerados inferiores na época, o qual os brancos europeus e cristãos eram superiores e civilizados, justificando assim as conquistas e o genocídio dos índios, e os tráficos africanos.
Por estes aspectos o imperialismo é caracterizado na modernidade pela expansão colonial, no qual era necessário expandir os negócios em busca de fontes, matérias primas e pessoas que comprassem a produção excedente.
No entanto, a expansão territorial e a prática de anexo territorial que foi realizada na Ásia e África, pelas nações industrializadas (Holanda, França, Alemanha e Inglaterra) continuaram durante o século XX, pelas novas potências imperialistas, a Arizona, Utah, Nevada e a região do sul da Califórnia, da Rússia, o Alasca, depois Cuba, Porto Rico, e Filipinas. O crescimento industrial e militar japonês aumentou o sentimento imperialista, e com esse sentimento e autoconfiança eles se apossaram da Ilha de Formosa da China e depois a Coréia. (SILVA, 2013)
Nesse processo percebemos que os países industrializados cresciam e disputavam a mão de obra e mercados consumidores, as disputas pelas riquezas minerais deu início a uma corrida pela conquista global, o que provocou uma rivalidade entre os países desencadeando a primeira guerra mundial e consequentemente a segunda guerra mundial, temos então o imperialismo econômico moderno, onde um país exercem seu domínio, por vez camuflada sobre os países subdesenvolvidos, interferindo economicamente e politicamente, para obter lucro, poder e vantagens diplomáticas.
Neste contexto histórico, temos a primeira teoria sobre o que vem a ser o imperialismo de forma mais clara e objetiva, definida pelo jornalista John A. Hobson (1902, apud BUGIATTO, 2008) ele relaciona a essência desse fenômeno a fatores patrióticos, filantrópicos, políticos, ambiciosos, de aventura e de espírito militar, onde o imperialismo era desejável e poderia ser corrigido por uma reforma no mercado interno inglês. A ampliação da capacidade de consumo deveria ser feita as expensas do capital rentista e especulativo, com distribuição de renda e aumento da massa salarial. O crescimento das forças produtivas seria acompanhado pela ampliada e equilibrada capacidade de consumo, de tal modo que até mesmo o mercado externo teria sua importância drasticamente minorada. Assim, a expansão colonialista poderia adquirir o seu caráter benévolo e civilizador. Para Hobson (1902, apud BUGIATTO, 2008) o imperialismo beneficia as sociedades capitalistas dominantes, que procuram seus interesses por meio de outras nações.
Com esta teoria Hobson forneceu infraestrutura teórica aos marxistas para o desenvolvimento conceitual do imperialismo, suas causas e permanências, no entanto, os marxistas não acreditavam na reforma capitalista, mas sim no capitalismo como processo essencial no desenvolvimento do imperialismo.
Lenin, último autor marxista a teorizar sobre o imperialismo em sua obra: Imperialismo: Fase Superior do Capitalismo, define o novo capitalismo em 5 fases fundamentais:
1. a concentração da produção e do capital levada a um grau tão elevado de desenvolvimento que criou os monopólios; 2. a fusão do capital bancário com o capital industrial e a criação, baseada nesse capital financeiro da oligarquia financeira; 3. a exportação de capitais, diferentemente da exportação de mercadorias, adquire uma importância particularmente grande; 4. a formação de associações internacionais monopolistas de capitais, que partilham o mundo entre si; e 5. o termo da partilha territorial do mundo entre as potências capitalistas mais importantes. (LENIN, 2008 apud LEITE, 2013, p. 509).
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