Planos de Fomento em Mocambique
Por: Etor Zimba • 29/11/2019 • Trabalho acadêmico • 2.222 Palavras (9 Páginas) • 5.389 Visualizações
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Autor: Etor David Zimba Tema: Os planos de Fomento Licenciatura em Ensino de História Universidade Pedagógica Maputo Novembro 2019 [pic 2] Etor David Zimba Tema: Os planos de Fomento .
Universidade Pedagógica Novembro Maputo 2019 |
Índice
0. Introdução 4
0.1. Objectivos 4
0.1.1.Objectivo Geral 4
1.1.2. Objectivos Especifico 4
0.2. Metodologia 4
1. Planos de fomento 5
1.1. Breve contextualização dos planos de fomento 5
1.2. O Primeiro Plano de fomento (1953 – 1958) 5
1.3. O Segundo Plano de Fomento (1959 – 1964) 7
1.4. O Crescimento da População Colona 7
1.5. Terceiro plano de fomento (1968-1973) 8
1.6. Quarto plano de Fomento 8
2. Conclusão 10
3. Bibliografia 11
Introdução
O presente trabalho com tema os planos de fomento, aborda questões referentes ao contexto do surgimento e implementação dos planos, com ênfase para os dois primeiros projectos. Trabalho este, também debruça-se das principais realizações destes planos para a economia colonial no século XIX.
Objectivos
0.1.1.Objectivo Geral
- Analisar os planos de fomento;
1.1.2. Objectivos Especifico
- Descrever as condições que permitiram o surgimento e a implementação dos planos de fomento;
- Compreender os objectivos dos quatro planos de fomento;
- Contextualizar as obras destes planos e as possíveis contribuições para o desenvolvimento da economia colonial.
Metodologia
Para a elaboração do trabalho, foi usado a consulta bibliográfica que abordam o mesmo assunto.
Planos de fomento
Breve contextualização dos planos de fomento
Segundo Hedges (1999, p. 161), no período pôs guerra, o estado colonial, promoveu a consolidação das infra-estruturas de Manica e Sofala, cujo desenvolvimento permitiria a melhor exploração da zona.
De acordo com Newitt (2012, p. 402), foi nesse âmbito que em 1937, foi publicado um plano de fomento sexenal, que seria financiado pelos excedentes do governo colonial, acumulados nas receitas dos caminhos-de-ferro. Este plano contemplava a construção de caminho-de-ferro para o interior da ilha de Moçambique, esquemas de irrigação do vale do Limpopo e do Umbeluzi, o caminho-de-ferro de Tete, o desenvolvimento do porto de Nacala e algum investimento agrícola e rodoviário.
Em 1946, foi autorizada a construção de uma sociedade hidrográfica de revué (SHER), que construiu a barragem de Chicamba real e melhorou o financiamento de energia a vizinha colónia da Rodésia do sul (Departamento de Historia da UEM, 1999, p. 161).
Departamento de Historia da UEM e Newitt, respectivamente, em 1947, uma tentativa de retorno ao primeiro plano foi colocada em prática. Onde Portugal concedeu a Moçambique um empréstimo de 10 milhões de libras, ou 100 mil contos, para realizar alguns projectos, que culminaram com o fim da construção da linha férrea de Tete que ligava a Moatize em 1949.
Segundo Newitt (2012, p. 402,) com vista a explorar as minas de carvão nesta região, a partir da década 50, o governo colonial deu um novo impulso com vista a exploração económica dos recursos de Moçambique, permitindo assim a publicação de novos projectos, concebido a primeira parte dos planos de fomento, neste caso o primeiro e o segundo plano e posterior fixação sistemática dos colonos.
O Primeiro Plano de fomento (1953 – 1958)
Segundo Departamento de Historia da UEM (1999, p. 163), este plano previa um investimento na ordem de 1.848.500 contos, dos quais vieram a ser realmente aplicados 1.661.284 contos e encontrava-se distribuído da seguinte maneira:
- Caminhos-de-ferro, portos e transportes aéreos – 63%;
- Aproveitamento dos recursos e povoamento 34%;
- Diversos-3 %.
Contudo este plano não previa a atribuição de quaisquer verbas nem para a investigação científica, nem para a saúde pública e nem ensino.
De acordo com Serra (200, p. 192), este plano obrigava a instalação dos colonos, numa primeira fase de 5 mil famílias de colonos portugueses, o que culminou com o providenciamento de habitações, terrenos, etc. Viu-se assim o surgimento de colonatos de Limpopo, que foram organizados numa tentativa de recriar em Moçambique uma pequena propriedade rústica portuguesa, que serviria também de barreira para os movimentos nacionalistas.
No que tange aos objectivos, Newitt (2012, p. 402)., ressalta que este plano foi explícito no seu objectivo de promover a Imigração branca, chamava-lhes: Emigração de portugueses para criar a população branca que possam contribuir para a nacionalização do território. Outro objectivo associado a este, esta relacionado com o aproveitamento do crescente tráfego da Rodésia que facultaria um desenvolvimento económico e a acumulação rápida de capital. No que diz respeito ao aproveitamento de recursos e povoamento da colónia, este processo foi acompanhado coma abertura e ou preparação de terrenos, com a abertura, irrigação e enxugue.
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