Resenha Manifesto

No primeiro capítulo “A concentração da produção dos monopólios”, apresenta-se o resumo da história dos monopólios da Inglaterra, Alemanha e Estados Unidos, referente ao período de 1860 à 1880, o qual consiste no ápice de desenvolvimento das indústrias e dos cartéis.

Lênin analisa os monopólios em ramos em destaque na indústria como do petróleo, química, aço, carvão, tabaco na Alemanha e nos Estados Unidos mostrando que se transformavam em forma de cartéis e de trustes, onde concentram-se frequentemente sete ou oito décimas partes de toda a produção de um determinado ramos industrial. Estabelecendo, os carteis entre si, contrato e acordos sobre condições de venda, trocas, etc.

A partir daí, com os cartéis monopolistas conduzindo os nortes da economia, estes passam a se aliar aos grandes bancos. Estes bancos, afirma Lenin no segundo capítulo, passaram de modestos intermediários, com a concentração de pequenos números de estabelecimentos, para se “tornarem monopólios todo poderosos, dispondo da quase-totalidade do capital-dinheiro do conjunto dos capitalistas e dos pequenos empresários, assim como da maior parte dos meios de produção e das fontes de matérias-primas de uma dado país ou de toda uma séries de países” (pág. 30)

“A ‘união pessoal’ dos bancos e das indústrias é completada pela ‘união pessoal’ de uns e outros com o governo” (pág. 41).

Nesse processo do imperialismo, os bancos têm uma grande participação, sendo que seu papel contribui na concentração cada vez maior da monopolização da economia. Uma verdadeira relação intima, entre empresas e bancos que Lenin analisa como transição para o novo capitalismo.

No terceiro capítulo, o capital financeiro e a oligarquia financeira, o autor fala oligarquia financeira, visto como a “expressão social deste processo ao nível da estrutura das classes da burguesia”. Essa nova fração passa a ser dominante em toda a sociedade capitalista. O Lenin nota que neesse processo econômico e social como capital financeiro, que se aplica no poder de poucos dispondo do monopólio efetivo, “obtém um vasto lucro, que aumenta continuamente com a construção de sociedades, emissão de valores, empréstimos do Estado etc., consolidando a dominação da oligarquia financeira e atribuindo a toda a sociedade um tributo em proveito dos monopolistas” (pág. 52).