Resumo TCC

Ao longo dos séculos a sociedade foi construindo espaços, restringindo constantemente os espaços destinados às mulheres e favorecendo os espaços destinados aos homens. Mas, nem sempre houve essa hierarquização. Tania Navarro Swain (1996) em seu texto A construção imaginária da história e dos gêneros: o brasil no século XVI, argumenta que é evidente que as mulheres detinham um papel e um lugar determinantes nas relações sociais, não como objeto de troca ou de valor, mas como sujeitos dotados de importância e de prestígio em seu papel e sua condição de mulher.

No entanto, foi a partir do momento, como afirma SWAIN (1996) em que “o imaginário cristão se tornou hegemônico, que as mulheres passaram a ser representadas como seres mental, moral e fisicamente frágeis”. Partindo desse pressuposto RAGO (2012, p. 27) argumenta que “as práticas masculinas são mais valorizadas e hierarquizadas em relação às femininas, o mundo privado sendo considerado de menor importância frente à esfera pública, no imaginário ocidental.”

Sabendo disso, confirmo que a produção historiográfica sobre a presença das mulheres em diversos espaços, fora do privado, era até alguns anos, muito escasso, e quando se trata da historiografia da Paraíba isso era ainda mais relevante.

Ana Maria Colling nos diz que:

A história é feita por homens e mulheres a cada instante, no cotidiano de suas vidas e no palco político por eles montado. Muitas destas vivências ou atuações políticas perdem-se para sempre acumulando-se aos silêncios, historicamente constituídos, porque a história tem sido parcial, silenciando ou escondendo sujeitos. (COLLING, 2004, p. 2).

Sujeitos esses identificados como mulheres que fizeram parte das lutas de resistência, que militaram, e ainda assim por muito tempo a história as/os tem silenciado.