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Síntese Texto 8 Psicologia e Cultura

Por:   •  26/4/2020  •  Artigo  •  756 Palavras (4 Páginas)  •  226 Visualizações

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Síntese texto 8 Psicologia e cultura.

A questão inicial do capítulo trata sobre o “eu” e como a loucura, em um primeiro momento, no século XVII teve uma mudança de visão social e uma perceptível importância para a ideia de “eu” e qual a relação excludente que estas duas. Antes do século XVII ou em culturas não ocidentais, não existia a ideia de loucura como hoje, o louco era apenas uma pessoa visionária, um bobo e até mesmo um possesso pelo demônio, mas isso não causava desconforto ou/e na sociedade a ponto de colocarem em um local isolado da sociedade, pois, na época medicável a ordem no mundo e a lucidez do ser, logo, parte primordial do “eu”, era concedida por um ser exterior, no caso Deus, e isso retirava o medo da loucura em si ou principalmente no outro, pelo fato da garantia de Deus sobre a lucidez mundial. Porém, após o fim da era medieval e o pensamento de Descartes, o ponto de apoio da sociedade deixou de ser algo exterior, e com o antropocentrismo, o homem viu que sua garantia de afirmação de um eu e sua lucidez seria o “eu pensante” objetivo e consciente, logo, tudo que colocasse a lucidez em questão seria levado em consideração e de alta periculosidade para a preservação do “eu”. Nasce uma crítica então ao que é feito com aqueles que perderam o “eu”, perderam sua alma e deixaram sua identidade submergir, colocá-los em hospícios e os tratá-los como animais, já que o isolamento torna-se uma opção.

Além de Descartes, outro contemporâneo da época e que, apesar da visão naturalista, pensou a respeito da concepção humana foi Thomas Hobbes, em “De cive” (Do cidadão), onde cria a ideia do homem em um cenário sozinho somente vivendo de e com a natureza, com ausência de poder, posse ou compromisso, sendo assim segundo ele, um ser que busca pela felicidade e mais que isso um fugitivo do que lhe faz mal de fato, podendo ser visto como o desprazer, o que o causa mal estar, o que ele coloca como “bem para si”, constituindo então um padrão para o encontro e reconhecimento do “eu” se abstendo do padrão antepassado de um ser exterior mediando tal estado de ser. Para Hobbes o homem é egoísta, procura pelo prazer e foge dos perigos, sendo deles o maior a morte. É deste raciocínio tira duas máximas da natureza humana: sobreviver e o desejo de tudo aquilo que o vanglorie.

Então, Hobbes introduz a ideia de relação, colocando a natureza humana como cobiça por poder e vontade inerente de se sobressair ao outro, o que o leva a uma conclusões e reflexões, a primeira e fundamental seria que a sociabilidade não faz parte da natureza humana. Raciocina que as relações começam por medo de miséria e morte recíproco dos homens. Ainda acrescenta que diferente dos outros animais sociais o homem não é de por natureza político por ser complexo, onde por natureza convive com ódio e inveja por sua constante procura por vangloria e com isso o conflito, diferente dos outros animais que não diferencia o bem estar de si e da polis. Até que por muitos processos aparece a discórdia, a importância da fala, injúria e o pacto dos outros animais e do homem, que não segue as leis naturais, ou seja, a sua natureza, razão e ânsia por glória é o que faz o homem não ser apito a vida social, concluindo com uma lei, Hobbes coloca que é fundamental da natureza procurar a paz, caso não tenhamos, devemos nos preparar pra guerra. A segunda lei seria um contrato; é preciso que os homens renunciem ou transfiram seu direito a todas as coisas para que possa, assim, chegar à paz, trazendo seu conceito de contrato: “O ato de dois, ou mais, que mutuamente se transferem direitos chama-se contrato”. E com esse pensamento Hobbes relaciona todo um pensamento de preparação e necessidades para criação de um estado consolidado para lidar com essa luta e busca por poder, o controlador e moderador desse poder, uma instituição “a parte” do homem, onde todos ou a maioria estejam dispostos a compartilha-la e transferir seus direitos a esta, que seria o inicialmente feito pelo contrato social, que na sua intenção acontece para que todos que dele participam possam abstrair um pouco de sua ânsia por poder e sobreposição sob o outro para, assim, poder ajudar a todos e dar-se para si e a polis, fugindo da morte e mal estar, apesar de sua incapacidade para fazer tal.

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