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Texto Dissertativo - AZEVEDO, Crislane. Teoria historiográfica e pratica pedagógica

Por:   •  14/11/2022  •  Dissertação  •  1.232 Palavras (5 Páginas)  •  114 Visualizações

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Karl Marx (1818 – 1883), em sua abordagem de ensino, propõe que se volte muito mais a formação plena do aluno focada em questões cidadãs, políticas e críticas, do que nas demais como tecnicismo, que foca na objetividade, ignorando o social. As demais correntes pedagógicas que levam o alunado a uma educação tradicional, focada na memorização e repetição, são descartadas pelo marxismo por ver tais correntes como excludentes ou tornarem questões sociais como cunho secundário, sendo estes importantes nesta corrente — a base material (AZEVEDO, 2010, P. 714).

Este processo sócio histórico pregado por Marx, se divide em algumas características, que o legitimam, como: a vida material condiciona a história; as ideias dominantes numa sociedade são da classe dominante; o modo de produção independe da individualidade dos agentes históricos correspondendo a uma fase do desenvolvimento socioeconômico; a dinâmica histórica é intrinsecamente ligada ao conflito “forças produtivas e relações de produção”; a histórica caminha para uma teleologia que acredita no final sem classes ou comunista; o proletariado é o principal agente da instauração da sociedade sem classes ou comunista. Pode-se decorrer com base em tais características essenciais que condicionam a corrente pedagógica marxista, onde a vida material condiciona a história do aluno, lhe dando condicionamentos para seus processos históricos através do vivido, do que ele presencia com elementos, meios etc., transbordantes em sua volta, isto lhe faz ser um agente histórico; já as ideias dominantes que regem a sociedade é perceptível ao sujeito histórico (agente), visto que somos governados por sistemas que nos oprimem, sempre o trabalhador é o oprimido, a historia tem relatos dos oprimidos (sempre vencedores, nunca os “perdedores”); os modos de produção, as ideias, os processos são feitos por nós, agentes históricos, mas em grande parte, é traçado esta rota teleológica burguesa visando sempre a exploração do oprimido, sendo independente do que a “força produtiva” ache, é irrelevante — como fora com o positivismo francês aos professores não sendo “juízes”, logo não podendo inferir arbitrariedades; como já disse, isto é uma luta entre forças, produtivas e a relação de produção, a luta de classes é o motor da história (AZEVEDO, 2010, P. 714).

Sendo o marxismo divididos em dois conceitos, bons a construção de ideias neste texto, que são a história e dialética: faz com que uma seja o campo terreno real que fornece a outra a forma de apreensão deste real, respectivamente. Ou seja, a História é a história do trabalho humano (estruturas econômicas), seu campo real é tais blocos, classes etc., mas é feita pelos homens, pelas condições que lhes são dadas (processos históricos), fazendo sua apreensão desse real. Para o marxismo, compreender a função da histórica na sociedade é entender sua compreensão cientifica e após isso, transformá-la, teleologia, fazendo o povo acelerar seu papel em meio aos processos históricos para a finita história, Estado socialista, e enfim, a sociedade sem classes. (AZEVEDO, 2010, P. 714). As análises marxistas sobre os conflitos sociais e a explicação acerca de transformações que perpassam o homem à sociedade, afeta diretamente o ensino escolar de história. Assim sendo, o ensino-aprendizagem, de acordo com a corrente de pensamento histórico marxista, afirma que os envolvidos neste condicionamento devam ter aparato, como instrumentos e meios, para a análise e compreensão da realidade social em que o envolve como uma totalidade histórica completa (tudo está ligado). Percebendo que história não é factual e estática, mas sim um processo continuo caminhando a sua finalidade, possibilitando a criação de uma consciência de classe socioeconômica cultural, valorizando assim, toda e qualquer pessoa como sujeito transformadora e parte do processo da história). Quando a práxis entra em ação no consciente do educador, no ensino-aprendizagem, isto faz com que venha à tona uma intervenção no cognitivo do alunado, gerando um pensar transformador que sai tanto da história como do sujeito. (AZEVEDO, 2010, P. 715).

Correntes de Marx (marxistas) e de Von Ranke (Escola Metódica) caem em críticas na década de 1980, onde a tendencia Annales se encarrega de vir a contradição desta macro história para uma micro história, voltada não mais a esse coletivo social, econômico e cultural, mas para o cotidiano individual, visando uma história de base para a totalidade histórica. Compreendendo desta forma, podemos dizer que a influência marxista foi de grande valia ao ensino-aprendizagem de história no brasil, mesmo sendo perseguida em 1960, mas ainda sim deu saltos a compreensão do social, usando a filosofia e consciência de classe a seu favor. Aproximar este tipo de metodologia ao aluno, influencia sua formação cidadã, política e social, como já fora dito, mas também o torna e elucida-o como agente histórico, parte do processo de construção

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