Uma Resenha Crítica
Por: marcelomineiro • 30/5/2019 • Resenha • 1.167 Palavras (5 Páginas) • 164 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
LICENCIATURA EM HISTÓRIA
FALCON, Francisco. FORTES, Luiz R. Salinas.
A relação entre o iluminismo, o despotismo esclarecido e as causas da crise do Antigo Regime.
CASTELO DO PIAUÍ-PI
2019
MARCELO BEZERRA MINEIRO
A relação entre o iluminismo, o despotismo esclarecido e as causas da crise do Antigo Regime.
Resenha apresentada para a disciplina História, no curso de Licenciatura em História, da Universidade Federal do Piauí - UFPI.
Prof. Lívia Suelen S. Morais Meneses
CASTELO DO PIAUÍ-PI
2019
RESENHA CRÍTICA
Segundo os autores o Iluminismo é um movimento de às idéias que se desenvolveram na Europa nos séculos XVII e XVIII. Tais idéias caracterizam-se pela procura de uma explicação racional para os fenômenos naturais e sociais e pela noção de progresso, que marcaria a vida humana. Os iluministas rejeitavam tradições, atacavam determinadas injustiças e posições da sociedade da época. Fica claro que desde o século XVII uma onda de invenções e descobertas tomou conta da Europa e pôs inúmeras informações à disposição das pessoas. E que para os autores esse movimento é conhecido por Revolução Científica. Fica evidente nos textos que o Iluminismo aconteceu entre 1680 e 1780, em toda a Europa, sobretudo na França, no século XVIII. E que o Iluminismo caracterizou-se pela importância dada à razão. Com isso, a razão encaminharia o homem à sabedoria e o conduziria à verdade. A maior expressão da manifestação aconteceu com o Iluminismo Francês, a partir daí propagou-se por todo o mundo ocidental e esse período ficou conhecido como o Século das Luzes.
Segundo Darnton (1986, p.25,26.)
A Época das Luzes é a criação mais poderosa da modernidade iniciada no Renascimento. O uso da noção de esclarecimento, como é a preferência dos alemães, talvez indique de maneira mais concreta o que ocorreu no século XVIII. Longe de ser um movimento homogêneo, o Iluminismo é plural, dando origem à consciência que vários territórios europeus tiveram de si mesmos e à introdução da História como volta às origens como demarcadora das diferenças e, ao mesmo tempo, indicadora da possibilidade de progresso.
Segundo os autores para os pensadores iluministas o homem deveria buscar na razão as respostas para questões que, até aquele momento, eram justificadas principalmente pela fé, pela ignorância e pela superstição. A intermediação entre os homens e Deus, pretendida pela igreja católica, era duramente questionada.
Os textos mostram que os iluministas não questionavam a existência de Deus, mas tinham um posicionamento anticlerical que provocava reações dos religiosos. Fica claro também que eles defendiam que, assim como havia leis que regulavam os fenômenos da natureza, as relações entre os seres humanos eram definidas por leis naturais. Os indivíduos seriam bons e iguais por natureza. A desigualdade seria provocada pelas próprias pessoas, ou seja, pela sociedade.
Sendo assim, para alcançar a felicidade, eram necessária que o governo garantisse liberdade para a expressão de idéias, liberdade de culto e liberdade de posse de bens mareriais. Além disso, o governo teria de promover a igualdade de todos perante a lei e garantir proteção contra a injustiça e a opressão.
No entanto, a sociedade da época era denominada de Antigo Regime e, era dividida em três estados sociais (o clero, a nobreza e todo o resto do povo) e todo direito e privilégios eram estabelecidos de acordo com a posição social de cada um.
Os textos mostram também que muitos dos pensadores iluministas posicionaram-se contra os privilégios da nobreza e do clero, contra a intolerância religiosa e o Estado absolutista que impunha leis que favoreciam a essa minorias privilegiadas. Segundo os autores as críticas feitas pelos iluminista ao Antigo Regime não se restringiram aos aspectos políticos e sociais. O mercantilismo também foi duramente questionado por eles. Alguns pensadores dessa época afirmavam que a economia funcionaria com leis próprias e naturais e não deveriam ser regulamentadas. Essas propostas se opunham totalmente às políticas mercantilistas, que eram intervencionistas e protetoras do comércio.
Para muitos iluministas, de acordo com os textos, o melhor projeto de governo era uma monarquia esclarecida, onde monarcas poderosos deveriam colocar em práticas reformas eliminando os controles mercantilistas sobre o comércio. Reformas estas que permitiriam o intercâmbio de idéias e poriam fim à censura dos livros.
E assim, os autores mostram que, para não serem completamente engolidos por essas mudanças, alguns monarcas inspirados no iluminismo instituíram reformas na educação e no comércio, e combateram o poder do clero. Alguns estados europeus como Prússia, Áustria, Rússia, Suécia, Polônia, Espanha e Portugal iniciaram reformas com o objetivo de adequar suas estruturas econômicas, a fim de alcançar o grau de desenvolvimento da Inglaterra e França.
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