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A Ludicidade no Ensino de Inglês na Escola

Por:   •  11/6/2019  •  Artigo  •  3.897 Palavras (16 Páginas)  •  245 Visualizações

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1- Introdução

Busca-se, nesta pesquisa, identificar e o arrolar técnicas pedagógicas e atividades de sala de aula que, utilizando-se do lúdico, visem a desenvolver no aluno o interesse pela aula de Inglês e as competências relativas às quatro habilidades (“the four skills: listening, speaking, reading and writing”), de acordo com a sua faixa etária e nível de escolaridade. Esta temática foi eleita devido à concepção do pesquisador de que a aquisição efetiva da Língua Inglesa acontece com maior facilidade em um ambiente prazeroso, propício e próximo das interações sociais normais, ou seja, de interação harmoniosa do aluno com o meio

O objetivo geral do trabalho é discorrer, baseando-se na literatura disponível sobre o tema, sobre as possibilidades da ludicidade como instrumento de aprendizagem e prática significativa do Inglês em sala de aula. Os objetivos específicos são: referir brevemente o pensamento de teóricos da dinâmica da aprendizagem humana e de metodologias e práticas educacionais sobre o lúdico como ferramenta pedagógica e sugerir práticas significativas e exequíveis de sala de aula para operacionalizar um sistema pedagógico que, utilizando o lúdico, possa desenvolver bem as “four skills”.

O trabalho justifica-se pela importância de se fornecerem aos professores de Inglês alguns pressupostos epistemológicos como subsídios teórico-metodológicos

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1 Graduanda em Especialização em Ensino de Língua Inglesa pelo Instituto Prominas Única

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acerca do papel significativo das atividades lúdicas na aquisição da língua inglesa, redimensionando e contextualizando a sua prática, fornecendo ao aluno condições para que internalize significativamente as informações fornecidas no decorrer do processo de ensino-aprendizagem, forme conceitos, estabeleça relações sociais com seu grupo e tenha seu raciocínio estimulado.

O fio condutor da base teórica da pesquisa repousa no pensamento de Piaget, Wallon, Vygotsky e na hipótese do Filtro Afetivo de Krashen, concebendo-se que o lúdico é uma poderosa ferramenta pedagógica na criação de contextos de real e imediata significação da língua.

A pesquisa seguirá também a linha de pensamento de diversos outros teóricos, que se têm dedicado a discutir a importância dos jogos e brincadeiras como instrumento do processo de ensino-aprendizagem e desenvolvimento nas aulas de inglês, teóricos tais como José e Coelho e Bakhtin.

O trabalho obedecerá aos parâmetros da pesquisa bibliográfica, realizada por meio do levantamento de dados na literatura alusiva ao tema em livros, publicações especializadas, teses de mestrado e doutoramento e “websites”.

2 – Desenvolvimento

Ao longo do tempo, diversos pensadores, como José & Coelho (1999), Piaget (1971), Vygotsky (1992), Bakhtin (1981) e Wallon (1975) têm dedicado estudos e pesquisas acerca da dinâmica e dos requisitos para que a aprendizagem humana se produza, como se verá no referencial teórico abaixo.

2.1 A aprendizagem Humana

Para José & Coelho (1999) a aprendizagem é uma mudança de comportamento em função da experiência. Os autores ressalvam, porém, que muitas pessoas reportam a aprendizagem e a restringem unicamente a um fenômeno que ocorre na escola; contudo, parece evidente que o sentido do termo é muito mais amplo e abrangente, pois aprender também está ligado a alguns fatores como: os hábitos que formamos os aspectos de nossa vida afetiva e a assimilação dos valores culturais que se referem a aspectos funcionais, resultantes de toda estimulação ambiental recebida pelo indivíduo no decorrer de sua vida.

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Piaget (1971) escreveu sobre a interação entre indivíduo e meio constituída através de dois processos: organização interna das experiências e adaptação ao meio. Vygotsky (1992), por outro lado, realizou estudos sistemáticos sobre a psicologia, com ênfase nos processos de transformação do desenvolvimento na dimensão filogenética (relativa à evolução da espécie), histórico-social e ontogenética (relativa à evolução do indivíduo).

Ambos os pensadores entenderam o conhecimento como adaptação e como construção individual, compreenderam a aprendizagem e o desenvolvimento como autorregulados e conceituaram o desenvolvimento e a aprendizagem da criança como participativa e não automática. Ou seja, a criança transforma o objeto de sua aprendizagem de acordo com sua capacidade interna e nata, tornando-se transformadora da aprendizagem, criadora, uma vez que essa capacidade de aprendizagem e oportunidade lhe sejam oportunizadas.

Vygotsky (1992) e Piaget (1971) preocuparam-se com o desenvolvimento intelectual, porém cada um focalizou uma dimensão distinta da questão.

Piaget (1971) focalizou sua teoria em como o conhecimento é adquirido ou construído, e raciocinou que a teoria é um acontecimento da invenção ou construção que ocorre na mente do indivíduo,

Vygotsky (1992), por seu lado, voltou-se para a questão de como os fatores sociais e culturais influenciam o desenvolvimento intelectual. Sua teoria baseia-se na transmissão do conhecimento da cultura para a criança: os indivíduos interagem com agentes sociais, especialmente professores e colegas.

Na contramão, Piaget (1971) não acreditava que a transmissão direta desse tipo fosse viável. Para ele, as crianças adquirem uma forma própria de se desenvolver no âmbito social, mediante a construção pessoal desse conhecimento.

O pensador considerou a construção individual como singular e diferente de outras, embora comumente ligada e próxima daquela da cultura, e por essa razão, a criança tem a chance de errar e construir. Na psique do indivíduo, vão ocorrendo períodos de desequilibração para uma nova sustentação de bases, ou seja, para uma nova etapa de desenvolvimento e aprendizagem.

Vygotsky (1992) entendia que a aprendizagem era a força motriz do desenvolvimento intelectual, enquanto que para Piaget (1971), o próprio desenvolvimento é essa força.

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Piaget (1971) também postulava que o nível de desenvolvimento colocava limites sobre o que podia ser aprendido e sobre o nível da compreensão possível daquela aprendizagem, sendo que cada pessoa tem um ritmo próprio de desenvolvimento, mas não pode “pular etapas”, ou seja, não pode ir além de cada estágio ainda por adquirir.

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