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A Pedagogia Liberal

Por:   •  26/12/2021  •  Trabalho acadêmico  •  493 Palavras (2 Páginas)  •  141 Visualizações

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Universidade Federal do Maranhão – UFMA[pic 1]

Centro de Ciências Humanas - Curso de Letras

Professor: Manoel da Conceição Silva

Disciplina: Política e planejamento da educação básica no Brasil

Grupo: A

A pedagogia liberal

Questão: Você acha que a pedagogia liberal permitiu a cidadania do indivíduo ou se ela impôs limites e exclusões? Quais as críticas?

Se levarmos em consideração a ideia de que o novo sempre surge do velho, poderemos perceber que o levante à bandeira da escola pública vezes erguida pelo liberalismo, retrata uma questão antiga da burguesia e dos próprios esgotamentos nos modelos de sociedade e educação liberal contido nela. Pois mesmo a educação liberal sendo voltada para o aluno, com enfoque nas suas aptidões individuais, houve uma contraposição ao tradicionalismo, que consequentemente perdeu sua força, mas não deixou de existir.

Outro fator que se deve levar em consideração é que, mesmo a educação liberal tendo esse papel, cabe observar a própria característica rotulada a ela, a de se modificar, se reestruturar na mesma proporção em que consolida a sociedade, mas isso não determina e não exclui as verdadeiras barreiras que foram impostas – não abarcar toda a sociedade.

Apesar de a pedagogia liberal ter vindo para sustentar ideologias de que a escola teria como uma de suas principais funções o preparo dos indivíduos para desempenhar papeis sociais, levando em consideração suas aptidões individuais, ela dizia que este precisaria se adaptar aos valores e às regras (normas) que regiam a sociedade das classes, no que tange o desenvolvimento da cultura de cada um. Percebe-se aqui, nitidamente, a limitação velada que outrora fora imposta às classes, uma vez que os aspectos culturais escondiam a própria realidade nas diferenças de classes da época.

Ora, também é notável que houvesse uma difusão da ideia de igualdade de oportunidades, mostrada como uma tentativa de abarcar toda a sociedade, o que ficara apenas no discurso. Pois não era levado em conta a desigualdade de condições, mesmo tendo proposto uma coisa e executando outra conscientemente.

Contudo, citamos o próprio exemplo da escola nova, trazida em meio a diversas exigências da sociedade, onde a educação precisaria estar perpendicularmente alinhada com os processos produtivos e as demandas dos diversos movimentos sociais. Onde seria capaz de visualizar os problemas pedagógicos e seguir avançando no desenvolvimento de métodos que propiciassem a participação e criatividade dos alunos. Porém, do outro lado temos uma das vertentes da pedagogia liberal, e consequentemente a nossa crítica, pois ela não conseguia chegar às raízes dos problemas de desigualdade social e exclusão que estavam plantados ali. Ou seja, não conseguia enxergar a ação pedagógica e a introdução dela nos meios e relações sociais e na própria educação, pois tão somente formava o cidadão para o mercado de trabalho baseando-se no modelo capitalista, o que a transformou em ferramenta que somente conseguia justificar e não sanar, vencer esses obstáculos sociais.

REFERÊNCIAS

RIBEIRO, Marlene. Trajetória da concepção de educação liberal: alguns traçados. Caderno de Educação, Pelotas, RS, n. 9, p.153-180, jul/dez 1997. Disponível em: <https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/caduc/article/viewFile/6586/4557>. Acesso em: 29 out. 2017.

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