A Relação entre o Plano de Expressão e o Plano de Conteúdo / Não Verbal
Por: Rodolfo Annibal • 9/10/2016 • Trabalho acadêmico • 929 Palavras (4 Páginas) • 552 Visualizações
TRABALHO EM GRUPO – TG
[pic 1]Aluno(s):
Rodolfo de matos Annibal RA: 1649869
POLO
Unip objetivo Rio claro[pic 2][pic 3][pic 4]
2016
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como fim estabelecer a relação entre os planos do conteúdo e expressão em um texto “não verbal” em termos do percurso do olhar. Selecionei e analisei uma publicação (mídia) e uma obra (pintura), e as conclusões obtidas estão aqui apresentadas.
TEMA
A relação entre o plano de expressão e o Plano de conteúdo / não verbal
A dicotomia “Conteúdo x Expressão” na visão do locutor vem de Louis Hjelmslev (1968). Segundo ele, “o sentido ocorre pelo encontro desses dois níveis que, como tais, são suscetíveis de ser analisados pela mesma metalinguagem descritiva”.
Diariamente recebemos diversas informações ocorridas de variados sistemas de comunicação que podem vir a serem não verbais (artes plásticas, notas musicais, os gestos, a expressão do rosto, e até mesmo choro são formas de comunicação que não utilizam palavras), verbais (línguas naturais, faladas ou escritas) ou sincréticas (junção de varias linguagens, como em canções e filmes). Independentemente do sistema, há sempre a presença de um plano de expressão e um plano de conteúdo.
De acordo com Fiorin (2003, p. 77-8), “o conteúdo só pode manifestar-se por meio de um plano de expressão. Quando, no simulacro metodológico, temos a junção do plano de conteúdo com um plano de expressão, ocorre à textualização”. Podemos citar aqui exemplos no caso de um poema, um soneto, uma revista ou um livro como (plano de expressão/textualização verbal) podemos ler as palavras uma após a outra, assim como as sílabas que a compõem.
Ambas as linguagens (verbais e não verbais) expressam sentidos e para isso utilizam-se os signos, com a diferença de que a (linguagem verbal) são constituídos dos sons da língua (Por exemplo, ornitorrinco, acéfalo, inconstitucionalissimamente, paralelepípedo, fada, etc.).
Podemos citar os sinais de transito, gestos, bandeiras, movimento corporal, a mímica, a dança, as partituras de uma música e outras mais como (linguagens não verbais). Com a linguagem não verbal podemos expressar ideias, sentimentos, emoção, ballet, as cores, as formas, as partituras musicais, entre outros.
Para penetrarmos nossa análise, ponderemos apenas os sistemas de comunicação não verbais.
No enfoque da pintura, por exemplo, o plano de conteúdo mostra os elementos que geram significação, enquanto que o plano de expressão contém o processo de estruturação da obra: a coloração, a profundez, a tonalidade, a disposição de objetos entre outros.
Num texto não-verbal, como os símbolos são de outra natureza, vamos encontrar oposições de cores, formas (linhas retas x linhas curvas; horizontais x verticais), oposições de luz e sombra, etc.
No entanto, o plano de conteúdo é onde deparamos o conceito da obra, e o plano de expressão ratifica a maneira como esse será exposto.
Análise de uma publicação/Campanha prevenção do vírus da AIDS.
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Vê-se na perspectiva de uma fotografia um sujeito com uma expressão de preocupação carregando um piano, e a figura do homem que está com o piano encontra-se em primeiro plano e, ao relacionar com o enunciado “Tire o peso da dúvida. Faça o teste do vírus da AIDS”, no plano de conteúdo faz com que o receptor reflita que é um grande incômodo andar com a dúvida se é ou não portador do vírus da AIDS. Já no plano de expressão, podemos perceber que o signo não verbal “piano de cauda preto” se situa como uma metáfora de “duvida”. Assim a “duvida de ter ou não a AIDS, pode vir a pesar na consciência tanto quanto carregar um piano nas costas”.
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