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A Resenha Crítica

Por:   •  25/3/2020  •  Resenha  •  1.105 Palavras (5 Páginas)  •  146 Visualizações

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Resenha

¡ARRIBA Hazaña!. Direção: Jose Maria Gutierrez Santos. Produção: José Sámano. Espanha: Madrid Film S.A, 1978. 1 bobina cinematográfica (94 min). Dobly 5.1. Color. 35 mm.

PINK Floyd – The Wall. Direção: Alan Parker. Produção: Alan Marshall. Reino Unido: Goldcrest Films.; Metro Goldwyn Mayer (MGM).; Tin Blue., 1982. 1 bobina cinematográfica (95 min). Dobly 5.1. Color. 35 mm.

O objetivo deste trabalho é elencar, discorrer e analisar as características do modelo de educação tradicional tomando como exemplos trechos dos filmes ¡Arriba Hazaña! e Pink Floyd – The Wall. A análise será feita observando-se as figuras do aluno, professor e da escola como instituição. Para proceder com uma análise completa e coerente, faz-se necessário apresentar alguns dos aspectos do referido modelo educacional a ser analisado.

No modelo de educação tradicional vê-se a escola como um ambiente de preparação intelectual e moral, onde basicamente se é “transmitido” o conhecimento, voltado para uma inserção do individuo na sociedade e, obviamente, no mercado de trabalho. Fato que não é completamente incoerente se considerarmos que este modelo surgiu no auge da revolução industrial. A figura do professor é uma força motriz nesse modelo, e é esta figura que detêm controle unilateral sobre a metodologia, o conteúdo (que neste sentido é quase um sinônimo de conhecimento), a avaliação e sobre toda e qualquer forma de interação na sala de aula.

O professor é também, aquele que tem a autoridade e que demandará uma atitude receptiva dos alunos, no que diz respeito ao conteúdo exposto por ele, mas desencorajará qualquer forma de pensamento liberal ou interferências, e tudo o que for contrário ao que é proposto por ele. É ainda uma característica deste modelo uma visão do conteúdo como uma verdade concreta e imutável, possuída pelo professor que será transmitida aos alunos como algo a ser aceito. Passemos agora a uma rápida análise do objeto a ser estudado.

Filmado no final da década de 70 e retradando a realidade de um internato espanhol católico nesta referida época, o filme ¡Arriba Hazaña!, que é baseado no

livro El Infierno y la brisa de José Maria Vaz de Soto, traz um claro exemplo da aplicação do método tradicional. Vemos uma escola comandada por clérigos, fato que sozinho já diz muito sobre o “modus operandi” do ensino na instituição, em que os alunos têm um regimento interno extremamente rígido para todos os ambientes e tipos de comportamento. E qualquer opinião, ou linha de pensamento, que esteja em desacordo com aquilo que o professor propõe é severamente reprimida. Este conjunto de fatos leva a alguns atritos, o que gera a expulsão de alguns alunos. A insatisfação continua e isso leva os alunos, que tem seus atos de “insubordinação” baseados no pensamento de um político e escritor que é contra a igreja católica, fazem a situação atingir um ponto crítico, e a chegada de outro diretor, de ideias mais liberais, é o que finalmente resolve a questão.

A temática também é abordada no filme Pink Floyd – The Wall, idealizado como uma adaptação para os cinemas do disco The Wall da banda britânica Pink Floyd, mas na pratica o filme é tratado como um videocliple “estendido” de 95 minutos da banda. A história nos mostra a vida de Pink, um roqueiro depressivo que teve seu pai morto na segunda guerra mundial. O filme é a junção de vários flashbacks “musicais” tortuosos do passado de Pink, com largas doses de sua pisque. Entretanto, o trecho analisado, referente às músicas Another Brick In The Wall – Part 1 and 2 mostra a repressão que Pink sofria, por pensar e se comportar de maneira “fora do padrão”, quando estudava em um internato tradicional inglês. O trecho mostra ainda que, na visão do protagonista, a escola buscava “automatizar”, remover dos alunos qualquer pensamento ou atitude que não fosse útil ao constructo da sociedade e de como esta repressão resulta numa “rebelião” dele contra o referido sistema. Tendo sido construída uma base teórica para a formulação da análise, passemos agora a ela.

É desnecessário dizer que a abordagem tradicional, embora tenha sua validade e utilidade para a construção do conhecimento discutida e até criticada, tenha se tornado algo recorrente na sociedade. Se levarmos

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