A Teoria de Vygotsky
Por: Sara Da Costa • 11/10/2016 • Trabalho acadêmico • 1.820 Palavras (8 Páginas) • 723 Visualizações
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UNIVERSIDAD NACIONAL DE ASUNCIÓN
Facultad de Filosofía y Letras
Instituto Superior de Lenguas
Licenciatura em Língua Portuguesa
SARA FILIPA DA COSTA FERNANDES
VYGOTSKY
Assunção
2016
SARA FILIPA DA COSTA FERNANDES
VYGOTSKY
Trabalho prático apresentado como requisito para aprovação na disciplina de Didática, no Instituto Superior de Línguas da Universidade Nacional de Assunção
Professor/a: Carmem Lucia
Assunção
2016
SUMÁRIO
Introdução | 4 |
Vygotsky VS Piaget | 5 |
Teoria de Vygotsky | 5 |
Sócia interação na sala de aula | 9 |
Conclusão Referências Bibliográficas | 11 12 |
INTRODUÇÃO
Este trabalho focaliza as teorias de Vygotsky pela suas contribuições para a lingüística e para a educação. Suas ideias têm guiado estudos de diversos cientistas das mais variadas áreas, alem de contribuir para a melhoria da qualidade de ensino, pois ajuda na compreensão e melhoria do processo de aquisição e assimilação da aprendizagem e como se processa o desenvolvimento da criança.
Assim, as teorias de Vygotsky tornam-se extremamente relevantes, já que nos permitem analisar mais profundamente sobre as formas de aprender e ensinar um idioma, além de assinalar o professor como o mediador dessa aprendizagem.
VYGOTSKY VS PIAGET
O psicólogo bielo-russo Lev Vygotsky (1896-1934) faleceu há mais de 70 anos, mas a sua obra ainda è estudada e analisada por muitos.
A parte que mais interessa aos educadores em particular são os estudos sobre desenvolvimento intelectual. Vygotsky atribuía um papel importante às relações sociais nesse processo, tanto que a corrente pedagógica que se originou de seu pensamento é chamada de socioconstrutivismo ou sociointeracionismo.
Vygotsky se opunha de certa forma a teoria do biólogo suíço Jean Piaget (1896-1980), que também trabalhou no tema da evolução da habilidade de aquisição de conhecimento pelo homem e chegou a conclusões que atribuem mais importância aos processos internos do que aos interpessoais. Vygotsky admirava seu trabalho, mas publicou críticas ao suíço em 1932. Piaget só tomaria contato com elas nos anos 1960 e lamentou não ter podido conhecer Vygotsky em vida. Muitos estudiosos acreditam que é possível conciliar as obras dos dois.
TEORIA DE VYGOTSKY
Os estudos de Vygotsky sobre a aprendizagem focalizam a compreensão do ser humano como um individuo que se forma em contato com a sociedade. Ele abdicava tanto das teorias inatistas, segundo as quais o homem desde o seu nascimento já possui as características que desenvolverá ao longo da vida.
Para Vygotsky, a formação se dá numa relação dialética entre o individuo e a sociedade - ou seja, o homem modifica o ambiente e o ambiente modifica o homem. O que interessa para a teoria de Vygotsky é a interação que cada pessoa estabelece com determinado ambiente.
Para o psicólogo, todo aprendizado é mediado - e isso torna o papel do ensino e do professor mais ativo e decisivo e o primeiro contato da criança com novas atividades, habilidades ou informações deve ter a participação de um adulto. Ao internalizar um procedimento, a criança "se apropria" dele, tornando-o voluntário e independente.
Desse modo, o aprendizado necessita não só do seu intelecto, mas também da influencia social apoiada pelo mediador.
O ensino deve se antecipar ao que o aluno ainda não domina e o qual necessita de um mediador para obter. Deste modo ele desenvolve o conceito de zona de desenvolvimento proximal, que seria a distância entre o desenvolvimento real de uma criança e aquilo que ela tem o potencial de aprender - potencial que é demonstrado pela capacidade de desenvolver uma competência com a ajuda de um adulto. Ou seja, a zona de desenvolvimento proximal é o caminho entre o que a criança consegue fazer sozinha e o que ela está perto de conseguir fazer sozinha. Saber identificar essas duas capacidades e trabalhar o percurso de cada aluno entre ambas são as duas principais habilidades que um professor precisa ter, segundo Vygotsky.
As afinidades interacionistas do homem se geram das experiências vividas pelo individuo com o meio. Assim sabe-se que o individuo só se desenvolve usando interacional com o meio/sociedade já seja do ponto cultural, intelectual ou social. Vygotsky estudou o processo de desenvolvimento das relações humanas e sua interação com a sociedade.
Para Vygotsky (2002) a criança ao nascer começa a perceber o mundo que a rodeia e espontaneamente tenta assimilar tudo o que vê, ouve ou sente, através da imitação, começa a copiar as ações que o seu cérebro registrou através de seus sentidos, os quais são os intercessores da criança com o meio.
O contato estabelecido entre o homem e o meio sócio-cultural, é um dos pontos fulcrais do processo de desenvolvimento humano na perspectiva sócio interacionista de Vygotsky (2002) principalmente quando falamos no contexto educativo. Numerosos problemas referentes aos métodos de ensino/aprendizagem necessitam ser destacados pelos educadores.
A Teoria Sociointeracionista salienta que a importância da interação do sujeito com o meio, agente da realidade, construtor do seu conhecimento através da interação social, ao longo de um processo histórico, cultural e social (Vygotsky, 2002).
Não podemos deixar de pensar no educador como um mediador dessa aquisição de conhecimento, pois serve de intermediário entre o aluno e o seu meio social (RIBEIRO e MENDES, 2001).
Sendo um agente da realidade o homem gradualmente através da mediação constrói seu conhecimento e vai substituindo tudo aquilo que presencia por símbolos e assim ele consegue relacionar-se com o mundo e com o que está em sua volta.
Essa interação e habilidade de reprodução da realidade se fazem por meio da linguagem, estabelecendo-se desta forma a interação meio/homem. A linguagem segundo afirma Vygotsky (2002) tem um papel social de troca e interação e é através dela que a criança recebe toda a experiência construindo assim a sua cultura.
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