A escrita e suas peculiaridades
Por: Yasmin Viana • 3/6/2019 • Trabalho acadêmico • 1.201 Palavras (5 Páginas) • 218 Visualizações
Faculdade de Letras da UFRJ
2º semestre de 2018
O livro no qual se localiza o capítulo em questão é o “Ler e Escrever. Estratégias de Produção Textual” por Ingedore Villaça Koch e Vanda Elias. Ele estabelece uma conexão entre teorias sobre texto e escrita e práticas de ensino, com exemplos práticos de diversos meios de comunicação. A escrita necessita da utilização e acesso aos múltiplos conhecimentos que adquirimos ao longo do tempo. Assim, as autoras demonstram como se aplica cada conceito teórico, facilitando a compreensão e ressaltando com destreza as particularidades de cada gênero textual. O capítulo dois, “escrita e interação”, discorre sobre o que é escrita e algumas concepções diversificadas sobre o assunto.
Divido minha resenha em três partes. Na primeira, descrevo a organização do capítulo e resumidamente o que na minha visão cada tópico aborda. Na segunda, na minha posição de leitora, incluo minhas observações críticas. Na terceira, faço uma avaliação geral do capítulo e minhas considerações finais.
Organização do capítulo
O capítulo de vinte e duas páginas é divido em nove partes, sendo todas elas sobre a escrita e suas diversas concepções. O tópico “o que é escrita?” fala sobre o passado restrito e limitado da escrita, em que poucas pessoas tinham acesso a ela, e atualmente. O tempo todo nos deparamos com a necessidade de estar em contato com a escrita, seja na ação de escrever ou na ação de ler textos escritos a todo momento. Ainda assim, temos dificuldade em definir “o que é a escrita” de fato. Diversos estudos já foram e ainda são feitos em torno dessa pergunta, nos apresentando novas perspectivas sobre um mesmo foco. Não é raro ouvirmos no cotidiano definições de escrita que à coloca como inalcançável ou de difícil acesso, em que requer do produtor diversas estratégias desconhecidas e até então “complexas” para conseguir eficientemente redigir um texto.
Na concepção de escrita com foco na língua, vemos que existe um senso comum de que a escrita é um conjunto de regras gramaticais somadas com um amplo vocabulário, e que esses são os principais pontos avaliados em uma produção textual. Implícita nessa visão, existe a definição da linguagem como um sistema pronto e finalizado, devendo o produtor apenas seguir as regras e normas impostas. Condizente com isso, o texto é a forma que o escritor encontra para passar seu conhecimento codificado para então o leitor decodificar. Sendo assim, é necessário que o escritor e leitor utilizem do mesmo código para efetiva comunicação.
Na concepção de escrita com foco no escritor, vemos que ela é como uma forma do qual o escritor utiliza para passar seus pensamentos, sentimentos opiniões. O texto é uma representação mental do que ele quer expor no papel. É uma concepção voltada para o interior e ego do autor, em que a posição do leitor não é relevante para o processo de escrita focado no escritor.
A concepção de escrita com foco na interação estabelece uma conexão entre leitor e escritor em que ambos têm posições relevantes. O foco é na interação entre eles, logo, é preciso que o escritor na hora de produzir seu texto, pense em seu leitor e qual a melhor forma de atingi-lo (de acordo com o seu objetivo). Para isso ele utiliza de diversas estratégias e conhecimentos dispostos, à fim de seu leitor compreender facilmente seu texto e ter a reação desejada.
Sobre a ativação de conhecimentos enciclopédicos, mais especificamente para a prática da escrita, o escritor recorre a diversos conhecimentos internos adquiridos ao longo de sua vida. Pode-se fazer uma analogia que esses conhecimentos estão dispostos em forma de uma enciclopédia, que, sempre que precisamos acessamos a ela e utilizamos de seu conteúdo. No tópico de conhecimento linguístico, conclui-se que o conhecimento da ortografia, da gramática e do léxico da língua pela qual deseja se comunicar é uma das exigências para a prática da escrita. Isso tudo aprendemos ao longo de nossas vidas em práticas comunicativas. Saber grafar as palavras e obedecer às normas ortográficas são pontos importantes: A primeira, para o desenvolvimento textual e para chegar no objetivo que é visado. E a segunda para melhor compreensão do leitor, evitando problemas de comunicação. Isso agrega ao escritor uma imagem positiva, de um produtor que preza por uma melhor interação. No tópico de conhecimento de textos, lê-se que é necessário que o escritor tenha conhecimento de “modelos” textuais para assim saber qual melhor se encaixa na mensagem que ele quer passar. Leva em conta composição, elementos do conteúdo,
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