Analise do Filme o Leitor

ANÁLISE DO FILME O LEITOR

O filme O leitor mostra a história entre dois amantes, Hanna de 36 anos, ganhava a vida como guarda em transportes públicos e Michael de 15 anos, era um estudante de ensino Médio.  Os dois tinham classes sociais diferentes, Hanna era uma mulher que passava dificuldades enquanto Michael era de uma classe favorecida.

Logo em uma das primeiras cenas, Hanna ajuda Michael, adoecido na entrada de sua casa, nasce então uma relação de sexo para Hanna e paixão para Michael. Amantes que vão para a cama ler e fazer sexo. Nesta ordem, como imposição de Hanna. A Michael caberia ler, e a Hanna permitir o ato sexual, depois de satisfeita de leitura, daí o título do filme. Apesar das diferenças de classe, os dois se apaixonaram e viveram uma bonita história de amor. Até que um dia Hanna desaparece misteriosamente.

Durante o romance, uma coisa deixava Michael inquieto: Hanna amava quando ele lia clássicos da literatura para ela. Outro fato estranho que ele lembrara é que após um passeio romântico, eles pararam para comer e quando Hanna se deparou com o cardápio, pediu para Berg escolher. Ele percebe que ela não sabia ler, no entanto, ela não se abriu com ele por orgulho e vergonha.

 Michael, depois de abandonado por Hanna, sofre e amadurece.  Nenhuma outra mulher foi capaz de preencher o vazio deixado em sua vida, nem mesmo a sua esposa e a sua filha.

Oito anos se passam e Michael, então um interessado estudante de Direito, se surpreende ao reencontrar seu passado de adolescente quando acompanhava um polêmico julgamento por crimes de guerra cometidos pelos nazistas.

Hanna era acusada pela morte de 300 mulheres prisioneiras em um campo de concentração. Uma decisão tomada por cinco guardas, em julgamento, mas assumida por Hanna para não ter um segredo revelado: era analfabeta.

Acusada de ser a responsável pelo grupo, e ter aposto sua assinatura no relatório, algo impossível por seu analfabetismo, recusa-se a fornecer sua assinatura para comparação como requer o juiz. Assume a morte das prisioneiras e é condenada à prisão perpétua.

 Michael presenciou todo a cena, ciente de que poderia ajudar Hanna não o fez, ele a conhecia perfeitamente e sabia que ela jamais revelaria o segredo que a aterrorizava, no entanto, poderia a inocentá-la. Michael era o único que tinha certeza que Hanna era analfabeta, pois no período do relacionamento deles, ele percebeu que ela não sabia ler; ele sempre lia para ela os melhores clássicos da literatura universal como, por exemplo, Odisseia, dentre outras obras.

Passam-se 20 anos, e Michael durante esse tempo tenta refazer sua vida casando-se e tendo uma filha, mas seu casamento não durou, pois, as lembranças do passado atormenta-o, então ele volta a cidade natal para reencontrar Hanna.

Após a separação ele resolve ler para Hanna, compra várias fitas cassetes e grava os livros e lhe enviam, essas gravações dão um novo sentido para vida de ambos, Hanna decide ir até a biblioteca da prisão pegar o livro para tentar ler, vai ouvindo a gravação e circulando a letra a, e assim assimilando a leitura e a escrita, e começa a se comunicar com ele através de pequenas cartas, Hanna consegue aprender a ler e escrever.

Michael é avisado que ela ficará em liberdade, vai visitá-la, se depara com uma mulher já velha e sem vigor, ele demonstra frieza, afirma que dará um emprego e um lar, ela percebe que o sentimento que ele sente por ela é só piedade, ele deixa transparecer que apesar de tudo que viveram o passado não se fará presente, não haverá mais leituras. É também retratado no filme que ela não tem ninguém que a espere do lado de fora da cadeia, então não tê-lo para fazer as leituras torna sua vida sem sentido, pois afinal o personagem dele é o LEITOR, e sobre esse aspecto que se desenrola toda a trama, então ela se suicida, enforcada sobre os livros.