Desafio Profissional
Por: pedraelefante • 24/9/2015 • Trabalho acadêmico • 1.755 Palavras (8 Páginas) • 619 Visualizações
POLO SÃO GONÇALO (RJ) – Centro Universitário Plínio Leite –UNIPLI
CURSO: Letras – Licenciatura em Língua Portuguesa e Língua Inglesa
DISCIPLINAS: Direitos Humanos, Teoria Literária e Teorias do Letramento
Nome:
RA:
DESAFIO PROFISSIONAL
São Gonçalo, 25 de maio de 2015
INTRODUÇÃO
A educação de jovens e adultos é considerada uma parte integrante da história da educação no país, como uma das áreas mais importantes aonde vem se empreendendo esforços para a democratização do acesso aoconhecimento.
A educação básica de adultos começou a delimitar seu lugar na história da educação no Brasil a partir da década de 30, quando as mudanças políticas e econômicas permitiram o início da consolidação de um sistema público de educação elementar no país.
O Plano Nacional de Educação, estabelecido pela Constituição de 1934, indicava pela primeira vez a educação de adultos como dever de Estado, incluindo em suas normas a oferta do ensino primário integral, gratuito e de frequência obrigatória, extensiva para adultos.
A década de 40 foi marcada por algumas iniciativas políticas e pedagógicas que ampliaram a educação de jovens e adultos, entre elas o surgimento das primeiras obras dedicadas ao ensino supletivo e o lançamento da Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA). A CEAA possuía duas estratégias: alfabetizar grande parte da população, e dar capacitação profissional e atuação junto à comunidade.
A Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo (CNEA), nos anos 50, marcou uma nova etapa nas discussões sobre educação de adultos. Compreendía-se que a simples ação alfabetizdora era insuficiente. Em 1963 foi extinta, juntamente com as outras campanhas até então existentes. Foi aí que se convergiu uma nova visão sobre o problema do analfabetismo e para a consolidação de um novo paradigma pedagógico para a educação de adultos, cuja referência principal foi o educador Paulo Freire.
Paulo Freire, assim como sua proposta pedagógica de alfabetização de adultos, inspirou os principais programas de alfabetização e educação que se realizaram no país no início dos anos 60.
Sob a ditadura militar, na década de 70, marca o início das ações do Movimento Brasileiro de Alfabetização; o MOBRAL, que era um projeto para se acabar com o analfabetismo em apenas dez anos.
O ensino supletivo, implantado em 1971, marcou a história da educação de jovens e adultos do Brasil, com proposta de ser um modelo de educação do futuro, atendendo às necessidades de uma sociedade em processo de modernização.
Em 1985, o MOBRAL foi extinto e foi substituido pela fundação EDUCAR. Neste contexto de redemocratização foi possível a ampliação das atividades da EJA. A nova Constituição de 1988 trouxe avanços para a EJA: o ensino fundamental obrigatório e gratuito, passou a ser garantia constitucional também para os que a ele não tiveram acesso na idade apropriada.
O MEC em 2003 anunciou que a alfabetização de jovens e adultos seria uma prioridade do governo federal. E assim foi criada a Secretaria Extraordinária de Erradicação do Analfabetismo. A fim de cumprir essa meta foi lançado o Programa Brasil Alfabetizando, pelo qual o MEC contribuirá com os orgãos públicos estaduais e municipais, instituições de ensino superior e organizações sem fins lucrativos que desenvolvam ações de alfabetização.
No programa Brasil Alfabetizado, toda a assistência será direcionada ao desenvolvimento de projetos com as seguintes ações: Alfabetização de jovens e adultos e formação de alfabetizadores.
II. Entrevista com professores em atuação na EJA
II.1. Professor Paulo Coimbra
II.1.a. Em que consiste a educação para jovens e adultos?
Resposta: Atende a população que não teve a oportunidade de se escolarizar na idade correta por razões inúmeras, entre elas: abandono por causa do trabalho, os que começam a trabalhar com 8, 10 anos de idade... A educação com jovens e adultos procura resgatar essa dívida social que o Estado e a sociedade têm com essa população que não pôde ser escolarizada na idade adequada.
II.1.b. Qual o perfil dos alunos da EJA?
Resposta: São homens, mulheres, jovens, adultos ou idosos que pertencem todos a uma mesma classe social: pessoas com baixo poder aquisitivo. Jovens que já estao trabalhando e necessitam de uma nova oportunidade. Adultos e idosos que sentem a necesidade, mesmo que tardia, de uma integração com as letras e o saber.
I.1.c. Quais são os métodos e abordagens adotadas para que os alunos desenvolvam a linguagem escrita?
Resposta: Essas tarefas impõem desafios. Geralmente se estuda o perfil do educando da EJA, a diversidade cultural, a experiência social, e a partir daí inserimos atividades que facilitem a integração desses alunos com o conteúdo entre os diferentes saberes.
II.2. Professora Carolina Marquês
II.2.a. Como professora da EJA, quais seriam os componentes básicos de planejamento de ensino para esses alunos?
Resposta: Procuro usar a combinação de atividades do professor e dos alunos. Para estimular o processo de ensino, utilizo algumas ações que estão no planejamento específico para esses alunos, que são: o conteúdo, objetivo, metodologia, recursos, avaliação e bibliografia.
II.2.b. Qual a metodologia de ensino usada em sala de aula?
Resposta: Aplico vários métodos que ajudem no aprendizado e ao mesmo tempo em chamar a atenção dos alunos. Vejo o interesse quando uso vídeos ou mesmo a internet, por exemplo (quando a escola dispõe desses recursos). A maioria gosta de uma aula que não fique apenas na lousa e nos livros, mas que tenha um diferencial na aprendizagem.
II.2.c. Quais foram as motivações que a levou a optar por esta modalidade de ensino?
Resposta: Bem, conhecendo a história da EJA e a história do povo brasileiro em seus movimentos sociais, considero fundamental a necessidade de reconhecer que estou trabalhando com pessoas
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