Fases Da Escrita
Ensaios: Fases Da Escrita. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: 243800 • 11/5/2014 • 1.068 Palavras (5 Páginas) • 758 Visualizações
Os níveis conceptuais linguísticos
No trabalho com os cinco níveis conceptuais, utilizamos a
nomenclatura considerada a mais conhecida entre os
professores:
Nível 1 – pré-silábico (fase pictórica, gráfica primitiva e pré-silábica
propriamente dita)
Nível 2 – intermediário I
Nível 3 – silábico
Nível 4 – intermediário II ou silábico-alfabético
Nível 5 – alfabético
O nível intermediário I foi introduzido por se tratar de um
momento de conflito fundamental para a organização do trabalho
do professor.
Nível 1: pré-silábico
Fase pictórica: A criança registra garatujas, desenhos sem figuração
e, mais tarde, desenhos com figuração. Normalmente, a criança
que vive num ambiente urbano, com estimulação lingüística e
disponibilidade de material gráfico (papel e lápis), começa a
rabiscar e experimentar símbolos muito cedo (por volta dos 2
anos). Muitas vezes, ela já usa a linearidade, mostrando uma
consciência sobre as características da escrita.
Fase gráfica primitiva: A criança registra símbolos e pseudoletras,
misturadas com letras e números. Já demonstra linearidade e
utiliza o que conhece do meio ambiente para escrever (bolinhas,
riscos, pedaços de letras). Nesse momento, há um
questionamento sobre os sinais escritos. Ela pergunta muito ao
adulto sobre a representação que vê em sua comunidade.
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Fase pré-silábica: Na fase pré-silábica propriamente dita, a criança
começa a diferenciar letras de números, desenhos ou símbolos e
reconhece o papel das letras na escrita. Percebe que as letras
servem para escrever, mas não sabe como isso ocorre.
Nesse momento, a criança apresenta as seguintes concepções:
• Falta de consciência da correspondência entre pensamento e
palavra escrita.
• Falta de correspondência entre fonema e grafema. Não há
reconhecimento do valor sonoro convencional, isto é, não é
observada a relação existente entre o som A e a letra A.
• Impressão de que a ordem das letras não é importante. Podem
ser quaisquer letras, em qualquer ordem, pois a escrita não é
estável. A mesma letra pode mudar de significado em um lugar
diferente, porque ela corresponde ao que o sujeito desejou
escrever. Uma criança pode escrever girafa assim:
LTUXTOAVEMOXOAT.
• Impressão de que só existe a possibilidade de escrever
substantivos, pois eles têm significado. Geralmente a criança não
escreve verbos e artigos.
• Ideia de que a leitura e a escrita só são possíveis se houver
muitas letras (sempre mais de três ou quatro) e letras diferentes e
variadas.
Na fase pré-silábica, a criança acredita que as letras ou sílabas
não se repetem na mesma palavra. Pode-se imaginar, então, o
que se passa na cabeça da criança pré-silábica quando se inicia
o processo de alfabetização pelo A, E, I, O, U (sem significado) e
quando se usa e abusa de sílabas dobradas (lalá, lelé, li, fafá, fifi,
zazá, etc.).
Quando questionada se a palavra sol pode ser lida, a criança diz
que não, porque tem poucas letras. O mesmo ocorre quando se
mostra a sequência lálálálá.
Nessa fase, é comum a criança dizer que para escrever elefante
ela precisa de muitas letras porque elefante é grande e para
escrever formiguinha ela precisa de poucas letras, porque
formiga é pequena. Observe a escrita de uma criança présilábica:
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Nível 2: intermediário I
A fase intermediária I caracteriza-se por um conflito. A criança foi
provocada a repensar a certeza do nível pré-silábico e fica sem
saída, pois não consegue ainda entender a organização do
sistema linguístico. Geralmente há a negação da escrita, pois o
aluno diz que “não sabe escrever”. A postura do alfabetizador,
bem como a estimulação linguística presente no meio, irá
determinar se a criança dará continuidade à sua busca ou se
desanimará.
As características desse nível são:
• Ligação difusa entre pronúncia e escrita. A criança já conhece e
usa alguns valores sonoros convencionais, além de alguns
trechos da palavra. Ao ser solicitada a escrever elefante, por
exemplo, ela escreve EXTATEUXE.
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