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Formação discursiva e discurso em Foucault

Por:   •  8/5/2018  •  Resenha  •  1.241 Palavras (5 Páginas)  •  220 Visualizações

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A autora do artigo evidencia que sua pesquisa esta fundamentada nos textos “Arqueologia do Saber (1960), Arqueologia das Ciências e História dos sistemas de Pensamentos (1966)”, de Michel Foucault e que analisa a função que l essas noções desempenham no interior da filosofia, tratam-se de elementos indispensáveis e de crucial importância para o desenvolvimento da compreensão da relação formativa e discursiva que corrobora para a construção do discurso que permeia pela sociedade contemporânea.

O discurso é uma prática social do homem através e produzindo sentidos, que percorre por meio da fala, da escrita e por imagens. Discursar é uma das grandes habilidades do ser humano sendo assim, o discurso é a força dinâmica contra a discriminação, a intolerância e contra a corrupção ou então pode ter seu mal uso para fins egoístas.

O discurso surge de vários fatores sociais, políticos e econômicos deste modo o discurso depende de um lugar e um meio para que apareça. Assim, o discurso pode significar de como dada estrutura social se comporta e transforma suas relações.

Discorre a autora que Foucault relata que em suas obras utiliza um método e que este método é uma “Arqueologia” das coisas e do saber e que sua filosofia se constitui de três fases, sendo as primeiras duas, denominadas de período arqueo-genealógico, nietzschiana, onde o sujeito será compreendido como algo produzido por diferentes saberes. Sendo assim, Foucault pretende compreender a formação dos discursos e das relações de poder ao longo/decorrer do tempo para tanto, ele divide historicamente em três epistemes, Renascentista, Clássica e Moderna.

Foucault entendia que esta “Arqueologia”, serviria para desenterrar as estruturas ocultas de conhecimento o qual diz respeito a um período histórico particular, em outras palavras a arqueologia busca encontrar os pressupostos e preconceitos, em geral inconscientes, que estão presentes no pensamento de uma época, buscar configurações que deram lugar às formas diversas do conhecimento, ou seja, ele define como episteme.

Fazendo uma releitura das palavras da autora, foi possível entender que cada época tem as suas coisas que ela aceita como verdades, cada época tem suas formas de pensamento e cada época tem uma estrutura de pensamento.

Exemplificando, houve uma época em que as pessoas acreditavam que a terra era o centro do universo, depois houve um tempo em que as pessoas não acreditavam mais nisso. O que é fazer uma arqueologia dessas épocas; é tentar descobrir o que nos contextos, na mentalidade ou na estrutura da época possibilitou as pessoas a acreditarem e achar factível que a terra é o centro do universo. Isso é fazer uma arqueologia do pensamento. Foucault diz que a gente nunca pode escapar do nosso saber, da episteme da nossa época, pois ela é o que nos possibilita acreditarmos em determinados conceitos.

A autora salienta que o saber em Foucault é mais do que um mero conhecimento, trata-se de um conjunto coordenado de enunciados e funções de enunciação que dizem o que pode e o que não pode ser dito.

O saber é fruto de lutas, de guerra e do espaço. Não do desejo que se demonstra através do discurso, mas sim pelo desejo do próprio discurso. O saber é a luta contra um mundo frágil e descontínuo, no qual não à regras, e nem linearidade, por essa razão que estabelece relações de poder. O saber cria aspectos de poder, que além de receber força, ele próprio também justifica discursivamente esse poder. O saber também é o espaço em qual o sujeito torna-se ativo tendo assim autonomia para agir no interior do discurso, ou seja, é um conjunto de funções que articulam um dado discurso, este saber é o campo de coordenação e subordinação dos enunciados em que os conceitos se definem, se aplicam e se transformam.

Complementando a arqueologia, a geologia surge para aprofundar e ampliar a linha de pesquisa de Foucault, a qual ela mesma analisa os feitos realizados não em sua origem, mas sim, no “passou a ser”, no “tornou-se”. Ele busca reencontrar as diferentes cenas de onde eles desempenham papéis distintos.

A terceira fase é a ética, na qual Foucault entrega-se mais à subjetividade, olhando a filosofia sob um novo prisma, na qual passa à compreende-la como estilo de vida, ao contrário de quem a identifica exclusivamente como uma caçadora da verdade. Nesta fase (idem), reconsidera que a ética e a moral como princípios desassociados.

A autora cita (Veiga Neto, 2004,p. 24), o qual acredita ser muito importante a investigação dos métodos os quais Foucault elaborou a partir dos textos e obras de Nietzsche, o que influenciaram diretamente sua pesquisa, com o

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