INCLUSÃO: COMPROMISSO DA ESCOLA E SOCIEDADE
Por: Greggio • 17/6/2019 • Artigo • 2.804 Palavras (12 Páginas) • 272 Visualizações
INCLUSÃO: COMPROMISSO DA ESCOLA E SOCIEDADE
Acadêmicos¹
Marianna Ribeiro da Silva
Maria Regina de Almeida Greggio
Professor²
Wendell Leonardo Pereira
RESUMO
Diante do tema Inclusão: Compromisso da Escola e Sociedade, ao analisarmos o cenário atual da educação nota-se que às diversidades e inclusão escolar tornam primordiais para a qualidade do ensino. Ter a consciência de cuidar do outro implica em compromisso com o semelhante que é ação pautada em princípios e valores. Desenvolver solidariedade e compreensão é ter uma dimensão ética e de respeito com as pessoas. A construção da escola inclusiva resulta em pensar em seus espaços, tempos, profissionais, recursos pedagógicos. Poderia parecer fácil e sem obstáculos falar a respeito de diversidade e inclusão, mas em um país preconceituoso como o Brasil, onde as crianças desde muito cedo tem contato com discursos negativos relacionados ao preconceito, rótulos e discriminação de vários tipos, não é tão simples. Como cita Goffman ...” através das quais efetivamente e, muitas vezes sem pensar, reduzimos suas chances de vida”. Precisamos fazer uma reflexão acerca da inclusão na educação, quando observamos na escola e na sociedade os múltiplos olhares que destroem a autoestima impedindo uma construção de cidadãos seguros e críticos. Ao desenvolvimento do trabalho, buscou-se responder ao questionamento: a educação e inclusão como compromisso de todos, será possível propiciar uma aprendizagem de qualidade e realmente incluir as crianças com deficiência, no ensino regular? E quanto a atuação do professor nesse processo? Portanto, na inclusão é importante que o compromisso seja de todos, a participação da sociedade é primordial para acabar com o preconceito em torno dessas crianças que são especiais sim, mas acima de tudo são iguais a todos, merecem todo respeito, apoio e direito de aprender.
Palavras-chave: Inclusão.Compromisso.Educação.
1. INTRODUÇÃO
Evidenciamos a efervescência das idéias inclusivas, as quais propõe, segundo Sassaki (1997), a construção de um novo tipo de sociedade através de transformações nos ambientes físicos e na mentalidade de todas as pessoas, assim como das pessoas com deficiência.
O mundo gira e, nestas voltas, vai mudando, e nestas mutações, ora drásticas ora nem tanto, vamos também nos envolvendo e convivendo com o novo, mesmo que não nos apercebamos disso. As diferenças culturais, sociais, étnicas, religiosas, de gênero, enfim, a diversidade humana estão sendo cada vez mais desvelada e destacada e são condições imprescindíveis para se entender como aprendemos e como compreendemos o mundo e a nós mesmos. E é inegável que os velhos paradigmas da modernidade estão sendo contestados e que o conhecimento e o Incluir na educação escolar, estão passando por uma reinterpretação.
Incluir vem do latim includere; que significa compreender, abranger; conter em si, envolver, implicar; inserir, intercalar, introduzir, fazer parte, figurar entre outros; pertencer juntamente com outros. Em nenhum momento essa definição pressupõe que o ser incluído precisa ser igual ou semelhante aos demais aos quais se agregou.
A pesquisa, objetiva analisar como está o papel da escola e da sociedade diante desse desafio, que se refere a uma educação para todos sem exclusão. Uma escola que deve preparar o aluno para que possa viver com a diversidade, considerando que todos somos diferentes.
No rumo do trabalho se organiza em três momentos. O primeiro momento recorre uma breve história da inclusão, como suporte para a discussão.
O segundo momento diz da inclusão o compromisso de todos, inclusive da sociedade. Por fim no terceiro momento trazemos para a discussão a atuação do professor envolvidos diretamente nesse processo e suas dificuldades.
2. INCLUSÃO: BREVE HISTÓRICO
A inclusão pode beneficiar não só o incluído, mas todos que com ele estabelecerem interações. Além de uma escola inclusiva precisamos de um mundo inclusivo. Um mundo no qual todos devem ter acesso às oportunidades de ser e estar na sociedade de forma participativa, onde a relação entre o acesso às oportunidades e as características individuais não “seja marcada” por interesses econômicos, ou pela caridade pública.
Na antiguidade predominava o abandono e a eliminação das pessoas com deficiência. O deficiente na Idade Média era tido como fruto da ação demoníaca sendo considerado pela igreja como um castigo merecido aos pais.
No Brasil, até a década de 50, praticamente quase não se falava em Educação Especial, mas na educação de deficientes. Mas, nas últimas décadas, movimentos sociais ocorridos têm influenciado diretamente, as práticas educativas, na medida em que as escolas precisam ser inclusivas.
Algumas legislações e orientações que dizem respeito sobre a Educação inclusiva e especial podem ser descritas de maneira resumida:
- 1988 – Constituição Federal – direito à igualdade de oportunidades, sem discriminação de qualquer natureza (origem, raça, sexo, cor, idade, etc) (BRASIL, 1998).
- 1990 – Declaração Mundial sobre Educação para todos – todos em condições de aproveitar as oportunidades educativas e igual de acesso á educação em Jomtien, na Tailândia (DECLARAÇÃO MUNDIAL SOBRE EDUCAÇÃO PARA TODOS, 1990).
- 1994 – Declaração de Salamanca – educação de qualidade à todos, reconhecendo e respondendo às necessidades diversas dos alunos – educação inclusiva (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994).
- 1996 – Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96 – LDB – assegura aos educandos com necessidades especiais, condições de aprendizado nos sistemas de ensino (BRASIL, 1996).
- 2001 – Decreto nº 3.956 – Convenção de Guatemala – impossibilidade de tratamento desigual com base na deficiência, reafirmando o direito de acesso ao Ensino Fundamental (BRASIL, 2001).
- 2001 Plano Nacional de Educação, artigo 1º, que institui as Diretrizes Nacionais de Educação Especial na Educação Básica, firmado em 2001 e os últimos documentos promulgados pelo MEC (2004).
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