“Introdução aos Estudos Lingüísticos
Por: Michele Santos • 5/4/2015 • Resenha • 784 Palavras (4 Páginas) • 1.458 Visualizações
BORBA, Francisco da Silva. “Introdução aos Estudos Lingüísticos”. Capítulo 5. 12º edição. Editora Pontes. Campinas, São Paulo. 1998.
A autoria do livro é de Francisco da Silva Borba, o qual faz parte o capítulo resenhado, que é mestre em Letras e professor de Lingüística da UNICAMP.
O capítulo cinco, intitulado de “Semântica”, é constituído de quatro itens, com os quais o autor nos auxilia a compreender o processo da interpretação de texto, considerando todas as possibilidades.
No capítulo V: “NATUREZA. ALCANCE. TEREFAS”, divide-se em cinco subitens. O autor relata inicialmente, a existência de uma ciência chamada semiótica, que estuda a natureza e a função dos signos, e, que a todo momento o homem utiliza o processo de interpretação, pois a significação é veiculada por signos e, portanto a vida social está repleta deles. O professor ressalta que a linguagem é a parte mais importante da interação social, porque aparece como fonte geradora de sentidos, e conseqüentemente, de signos. Descrevendo, assim, a diferença da visão dos filósofos, dos lógicos e dos psicólogos, no que diz respeito aos problemas ligados a significação lingüística e esclarecendo também, que a Semântica é o ramo da semiótica que se ocupa da significação ou dos sentidos veiculados pela linguagem.
O estudioso afirma que o significado do enunciado depende de fatores externos, isto é, da realidade que a língua tenta representar, e complementa com o anterior, pois neste tópico o autor nos faz entender que não basta conhecer o conteúdo em que a frase está inserida, mas devemos delimitar o alcance da investigação semântica pelo critério da Regularidade, ou seja, conhecer elementos que tornam possível a intercompreensão.
Desse modo o estudioso enfatiza que há dois modos de focalizar os fenômenos semânticos: a semântica frasal e a semântica lexical, e cabe a elas estabelecerem métodos de análise e critérios de abordagem do significado e da significação; bem como determinar a estrutura dos significados e da significação e, a partir daí, chegar a estruturação do léxico.
No que diz respeito a “SIGNIFICADO E SIGNIFICAÇÃO”, o autor faz uma análise e define significado e significante, expondo suas diferenças através de exemplos.
A definição de “PROCESSOS SEMÂNTICOS”, divide-se em oito partes para melhor explicar o conteúdo. Primeiramente o autor define processo semântico e orienta que devemos considerar as unidades semânticas em dois níveis: o dos traços e o lexical; em seguida o professor explica sobre o estudo da combinatória e responsabiliza a metáfora e a metonímia pela densidade semântica de certos textos; e relembra que as seqüências regulares são produzidas pela combinatória de traços compatíveis e que aparecem também seqüências passíveis de mais de uma interpretação semântica, chamado de fenômeno da ambigüidade, que por ser uma questão de construção, tem mais interesse para o sintaticista do que para o semanticista; o estudioso cita problemas que enriquecem semanticamente os sistemas lingüísticos, como; polissemia, sinonímia e antonímia; o estudioso define polissemia, demonstrando vários exemplos e as razões pela qual “ela” pode acontecer, como por exemplo: desvio de aplicação, especialização num meio social, linguagem figurada, influência estrangeira. Na explicação de influência estrangeira o estudioso define e diferencia homonímia de polissemia, através de exemplos que facilitam a compreensão; Borba relata que não existe sinônimo perfeito, segundo a opinião de gramáticos e muitos lingüistas, mas que na realidade existem aproximações de sentido. E quando falarmos em sinonímia deveremos ficar atentos para a equivalência e para a coincidência dos contextos dos lexemas implicados. O autor afirma que poderemos considerar como sinônimos aquelas formas que substituída uma pela outra, não alteram a significação da seqüência, por exemplo: Levantei a cadeira / Ergui a cadeira; e menciona que paráfrase trata-se de enunciados sinônimos; o professor define antonímia como sendo a relação inversa entre o significado dos signos, exemplificando: grande/pequeno, bom/mau, etc. E descreve que a relação de oposição de sentido pode ser: a complementaridade (um caso especial de incompatibilidade entre termos de um dado conjunto) e a reciprocidade (em que a afirmação de um termo implica a afirmação de outro e a negação de um, a negação de outro). Borba lembra ao leitor acadêmico que existem os parônimos ou vocábulos de estrutura fônica semelhante, a qual é de interesse dos semanticistas.
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