Modernidade liquida
Por: Rafaela Ciciliato • 8/11/2016 • Trabalho acadêmico • 550 Palavras (3 Páginas) • 387 Visualizações
Maria Eduarda Moraes
3ºano-Noturno
O destino da juventude
Bauman é uma referência completa e em sua obra sobre Educação e Juventude, ele aborda uma série de mudanças que se estabeleceu nas últimas décadas e que exerceu influência sobre o mundo social contemporâneo. Nesta obra contém um caráter de perguntas e respostas numa espécie de “conversas” com Riccardo Mazzeo, conversas essas que norteiam sobre a crise da educação contemporânea onde percebemos diferenças entre pessoas e a ausência de um modelo universal que veio para ficar pela primeira vez na história moderna, entre elas, a globalização que teve uma das maiores forças de transformação da perspectiva social moderna. A obra num todo nos permite questionar a perda de identidade cultural, enriquecimento cultural, encurtamento das distancias, discute a pedagogia da mídia, buscando articular educação e comunicação.
Bauman discorre sobre o destino da juventude, o papel do educador, da educação num mundo em que a visão de futuro está nebuloso, onde se perde a função de exercer aos educadores quando a juventude se defronta com profundas oscilações quanto às esperanças de uma vida estável. Ele traça um caminho para os educadores de acordo com a resistência e o espírito crítico no panorama atual da sociedade e estabelece pela escola um novo começo.
“Se queres colher em um ano, deves plantar
cereais. Se queres colher em uma década, deves plantar árvores, mas se queres colher a vida inteira, deves educar e capacitar o ser humano.”(pg.14)
“Só no início da era líquido-moderna a antiga sabedoria perdeu seu valor pragmático, e as pessoas preocupadas com a aprendizagem e sua promoção, conhecidas pelo nome de ‘educação’, tiveram de mudar seu foco de atenção dos mísseis balísticos para os inteligentes”.(pg.14). Para os cidadãos do mundo líquido moderno nada desse mundo destina a durar, as relações se transformam, dissipam, trata-se da individualização, e isso implica na aprendizagem de habilitar os jovens a se juntar aos mais velhos; é a desconstrução dos paradigmas das sociedades tradicionais anteriores às sociedades modernas. O propósito constante da educação é preparar os jovens para a vida segundo as realidades que terão que enfrentar. E para estarem preparados, eles precisarão de “conhecimento prático, concreto e imediatamente aplicável”.
No momento atual, na era da modernidade líquida, já não são as universidades que formam profissionais. Os valores do mundo de consumo funcionam como um ciclo onde as pessoas esqueçam hoje o que aprenderam ontem e aprendam hoje o que devem esquecer amanhã.Todavia, a questão é: qual a tarefa da educação nesse mundo que renuncia a aprendizagem e despreza o acúmulo de conhecimentos?
As análises de Bauman colocam em relevância a relação entre juventude e individualidade, com o foco na discussão da noção de indecisão do autor. Ainda assim ele nos trilha a caminhos de incertezas, de uma realização em longo prazo, sobretudo não há garantia de atingir o desejado, mas de prosseguir sempre.
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