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O Desafio Profissional

Por:   •  5/11/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.804 Palavras (12 Páginas)  •  164 Visualizações

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

POLO VILA MARIANA

CURSO LETRAS

Disciplinas norteadoras:

LINGUA INGLESA V, MÉTODOS E ABORDAGENS NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA, LINGUISTICA TEXTUAL, VARIAÇÃO LINGUISTICA E PROJETO DE EXTENSÃO A COMUNIDADE.

        

DANIELA FERREIRA – RA 6170677390

PROJETO DE ENSINO DE LÍNGUA INGLESA COMO LÍNGUA FRANCA NA EDUCAÇÃO BÁSICA – ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS PARA MOTIVAR O APRENDIZADO E CONTRIBUIR PARA A FORMAÇÃO CIDADÃ DOS EDUCANDOS

NOME DO TUTOR:

São Paulo / SP

2019

  1. INTRODUÇÃO

Considerando atualmente o ensino da língua inglesa, nota-se que as práticas pedagógicas utilizadas pelo professor podem não ser suficientemente eficazes para despertar o interesse dos alunos, que não vêem motivos e propósito para estudar o idioma, pois muitas vezes a língua inglesa tem ficado distante da realidade dos mesmos e cria-se uma “barreira” ao não se atribuir um sentido para o aprendizado, já que não vêem uma utilidade prática e como conseqüência não encontram significado na aprendizagem. Contudo aprender a língua inglesa tem que ser mais que um idioma desvinculado da realidade do aluno, é preciso atribuir sentido e demonstrar a real importância do idioma, que vai além de uma matéria constante no currículo escolar para ser aprendida, ou seja, o seu uso faz-se extremamente útil e necessário no atual cenário globalizado, não somente nos territórios onde o inglês é a língua oficial, mas também no mundo em geral, pois não há mais fronteiras para a comunicação e interação entre as pessoas.

Nesse sentido, de acordo com a BNCC:

Aprender a língua inglesa propicia a criação de novas formas de engajamento e participação dos alunos em um mundo social cada vez mais globalizado e plural, em que as fronteiras entre países e interesses pessoais, locais, regionais, nacionais e transnacionais estão cada vez mais difusas e contraditórias. Assim, o estudo da língua inglesa pode possibilitar a todos os acessos aos saberes lingüísticos necessários para engajamento e participação, contribuindo para o agenciamento crítico dos estudantes e para o exercício da cidadania ativa, além de ampliar as possibilidades de interação e mobilidade, abrindo novos percursos de construção de conhecimentos e de continuidade nos estudos. É esse caráter formativo que inscreve a aprendizagem de inglês em uma perspectiva de educação lingüística, consciente e crítica, na qual as dimensões pedagógicas e políticas estão intrinsecamente ligadas (2018, p.241).

 Diante disso notamos que o inglês deixou de ser uma língua de uma nação para ser uma língua capaz de aproximar diversas culturas através de seu uso na comunicação global assumindo um papel de língua franca da comunicação, pois segundo a BNCC temos que:

...o tratamento do inglês como língua franca o desvincula da noção de pertencimento a um determinado território e, conseqüentemente, a culturas típicas de comunidades específicas, legitimando os usos da língua inglesa em seus contextos locais. Esse entendimento favorece uma educação lingüística voltada para a interculturalidade, isto é, para o reconhecimento das (e o respeito às) diferenças, e para a compreensão de como elas são produzidas nas diversas práticas sociais de linguagem, o que favorece a reflexão crítica sobre diferentes modos de ver e de analisar o mundo, o(s) outro(s) e a si mesmo (2018, p. 242).

É um desafio para o professor de língua inglesa despertar o interesse do aluno, primeiramente identificando qual o contexto histórico, cultural e social em que os seus alunos estão inseridos, para que dentre as possibilidades existentes, possa escolher as suas estratégias pedagógicas. Infelizmente, em alguns casos, a abordagem do professor se detém em privilegiar o ensino da norma culta da língua, baseando-se na gramática normativa excluindo as outras abordagens e variações lingüísticas menos privilegiadas, que fazem parte do seu contexto sócio-cultural.

Corroborando este entendimento temos segundo Pereira e Patriota:

Nas práticas educacionais vigentes, percebe-se, em verdade, que a abordagem atribuída ao ensino de língua materna encontra-se associada ao ensino prescritivo da língua, isto é, um ensino alicerçado nas regras preconizadas pela Gramática Normativa, a qual privilegia veemente o estudo da norma padrão, excluindo as demais habilidades e competências sociocomunicativas dos alunos, inseridas nestas as variedades lingüísticas oriundas da realidade dele. Neste ensino, enraizado nas concepções de “certo” e “errado”, perpetua-se a noção de que existe uma língua tida como padrão, homogênea, que não reconhece as variações lingüísticas ([2017?], p.2).

Além disso, para que o professor possa adotar as melhores práticas em seu fazer pedagógico, o mesmo deve se utilizar dos temas especiais também chamados de temas integradores ou transversais a serem incluídos no currículo tais como: proteção ao meio ambiente, “bulling”, drogadição, xenofobia etc., os gêneros discursivos a serem empregados bem como os recursos didáticos mais adequados, objetivando em sua prática não somente demonstrar a norma culta da língua, mas também suas variações lingüísticas e o caráter interativo da língua, já que ela está muito presente em nosso cotidiano, tanto nas relações comerciais quanto na cultura, na música, no cinema, etc.  

De acordo com Bertoldi e Pallu:

Vivemos em um país onde a diversidade cultural, racial e religiosa se fazem presentes no cotidiano. O trabalho com os temas transversais incluem as questões sociais no currículo escolar, podendo ser contextualizados e trabalhados de maneira interdisciplinar conforme as diferenças regionais e locais. Em diversos contextos, o estudo da cultura africana, o respeito às opções religiosas, o direito a inclusão escolar, e a opção sexual são tratados de forma discriminatória,  preconceituosa e muitas vezes com indiferença, pautadas em ideologias conservadoras dos dominantes (2013, p.5).

Além desse fato, deve-se levar em conta o uso da multimodalidade no ensino da língua, ou seja, o uso de diversos signos para o ensino. O professor deve estar atento nesse sentido para a ampliação da visão de letramento, ou seja, através dos métodos utilizados para o aprendizado do inglês o aluno estará cada vez mais inserido na sociedade, utilizando a tecnologia para tanto, através de diferentes semioses (verbal, visual, corporal, audiovisual)  poderá galgar uma maior participação na sociedade, ou seja, tomar o seu lugar de cidadão efetivo e participativo.  

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