O Ensino de Arte e a Questão da Inclusão Escolar
Por: Eduardo Romeiro • 20/11/2018 • Trabalho acadêmico • 518 Palavras (3 Páginas) • 189 Visualizações
Reflexão Unidade: O Ensino de Arte e a Questão da Inclusão Escolar
A declaração de Salamanca expressa vários encaminhamentos para como trabalhar com a inclusão em diferentes situações. É uma resolução que media muito as práticas inclusivas dentro do país garantindo que todos, independente de cultura, raça, gênero, situação econômica, tenham direito ao estudo, à educação.
O que pode ser percebido, porém, é que esses encaminhamentos quase não são postos em prática, principalmente quando se tratando de pessoas com necessidades especiais. O trabalho com a inclusão, no país, ainda é muito fraco devido à falta de incentivo para tal bem como a falta de estrutura para atender as diversas necessidades individuais de cada pessoa.
Vários ambientes de estudo não possuem se quer uma rampa de acesso, outros não têm materiais que atendam de forma adequada o estudante que faz parte da inclusão, e acaba que o professor tem que se tornar mais criativo ainda para conseguir suprir essa carência, mesmo que de forma parcial, e proporcionar um atendimento adequado à situação da pessoa.
Nessa situação, as aulas de Arte são extremamente fundamentais pois de acordo com Ferrari (p.8) “o ensino de Arte pode ser um espaço para a construção do conhecimento sobre acervos culturais e artísticos, como também pode se constituir em momentos de expressão em linguagens da Arte e desencadeador de processos de criação.” Nesse caminho, o professor que trabalha com a inclusão pode estender os horizontes do processo de ensino-aprendizagem do aluno de inclusão fazendo com que ele não se limite.
Ainda assim, mesmo com a ajuda da Arte, o Brasil ainda tem muito caminho a ser percorrido para que se torne um país realmente inclusivo que consiga atender todas as individualidades e dificuldades de cada aluno. Porém, mesmo com a falta de estrutura dos ambientes de inclusão, o professor tem em mãos diversos materiais que podem ajudar a desenvolver o aluno inclusivo tão bem quanto o aluno “regular”, pois, ainda segundo Ferrari (p.) “o fazer artístico é fundamental para trabalhar com a educação inclusiva. Esse trabalho vem crescendo no Brasil e pede cada vez mais profissionais preparados para lidar com diferentes realidades [...]”, fazendo assim funcionar a inclusão.
Por fim, desenvolvendo um passo de cada vez, o Brasil, com toda a carência que ainda tem em relação à inclusão, tem a possibilidade de seguir o que é expresso na declaração de Salamanca, pois com o esforço do profissional pode-se incluir todos na Escola e trabalhar com suas dificuldades pois “Incluir não é criar trabalhos especializados em instituições específicas; praticar a educação inclusiva é colocar todos na Escola e diante de suas dificuldades e limitações procurar encontrar caminhos de superação e aceitação de todos.” Ferrari (p. 26)
REFERÊNCIA
FERRARI, Solange dos Santos Utari. Prática de Ensino em Artes nos Anos Finais do Ensino Fundamental: A Arte e o Ensino Democrático. São Paulo: [s.n.], [200-]. 32 p.
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