O PROCESSO DE LEITURA NO QUADRO EDUCACIONAL BRASILEIRO E AS PERSPECTIVAS PRA TRABALHAR A LEITURA DE MODO ADEQUADO NO CENÁRIO ATUAL
Por: Neto ㅤ • 30/9/2021 • Trabalho acadêmico • 969 Palavras (4 Páginas) • 197 Visualizações
Durante a primeira infância, a leitura é um dos caminhos que leva a criança a
desenvolver a imaginação, emoções, habilidade de comunicação, de compreensão.
Um estudo realizado com gêmeos idênticos no Reino Unido mostra que ler bem no
início da infância pode afetar positivamente a inteligência da pessoa para o resto da
vida, ou seja, uma vez que a leitura for introduzida desde a primeira fase escolar isso
afetará positivamente as séries posteriores e também a vida adulta. Contudo, de
acordo com dados da pesquisa Retratos Da Leitura no Brasil de 2015 para 2019, a
porcentagem de leitores no Brasil caiu de 56% para 52%. Diante disso, é necessário
visar como trabalhar a leitura de modo adequado no cenário atual, visando o quadro
educacional brasileiro.
Em uma primeira análise, deve-se ressaltar a importância do incentivo à leitura,
vindo do ambiente familiar e trabalhado também em sala de aula, através de
experiências agradáveis os resultados tendem a ser satisfatórios por toda sua vida de
aprendizagem, embora, recentemente o Governo Federal tenha argumentado que só
ricos consomem livros em uma tentativa de defender a taxação do produto, a pesquisa
Retratos da Leitura no Brasil, na sua edição mais recente mostrou que 46% das
pessoas com renda familiar de menos de um salário mínimo são leitores, deveriam
ser discutidos caminhos para se ofertar melhores acessos a leitura a qualquer tipo de
pessoa e camada social, principalmente envolvendo o ensino educacional público,
pois a leitura transforma vidas, realidades e merece esse olhar criterioso de como
fazer ela estar presente no sistema educacional brasileiro como um todo.
Ademais, é fundamental apontar que desde o início do agravamento do
coronavírus, de acordo com a Unesco, mais de 1,5 bilhão de alunos foram afetados
pela pandemia e obrigados a deixarem as aulas presenciais. o sistema de ensino
precisou ser reformulado para que os estudantes de todas as idades não se
expusessem aos vírus, isso trouxe muitos desafios tanto para os educadores quanto
para os estudantes, lecionar através de uma tela por meses, sem poder acompanhar
de perto o avanço de cada aluno, dificultou ainda mais a possibilidade de lidar com a
dificuldade individual de cada um, além de outros fatores já existentes principalmente
na camada social mais pobre, como a falta de acesso democrático à internet, a falta
de local adequado para estudo, problemas de saúde durante esse período difícil para
a população brasileira, tudo isso diretamente ou indiretamente cria uma barreira entre
o aluno e o professor. Muitos desses professores tiveram que criar métodos novos
para atravessar essa barreira, principalmente os de escolas públicas que não tiveram
apoio nenhum do governo para continuarem seu trabalho de maneira remota.
Diante de tal exposto, constata-se a importância de trabalhar a leitura de modo
adequado no cenário atual, ao observar os dados da população que lê, no Brasil, fica
claro que os jovens lêem com maior frequência do que as pessoas de mais idade, a
faixa de 5 a 24 anos tem um número bem maior de leitores em comparação com os
jovens dessa idade que não fazem isso, ou seja, dentro dessa faixa etária incluem a
maioria jovens que ainda frequentam a escola, que pode impulsionar ainda mais esses
números.
A escola é um local privilegiado para a aprendizagem da leitura e o primeiro
lugar para a grande maioria da população. Aprovada em 2010 a lei 12.244 determinou
um prazo de dez anos para que as escolas providenciem as bibliotecas, ou seja até
maio de 2020, todas as escolas do país, públicas e privadas, deveriam ter bibliotecas
com bibliotecário responsável e um acervo equivalente a pelo menos um livro por
aluno matriculado, todavia a realidade das escolas do Brasil está distante disso, além
da falta de bibliotecas públicas nos municípios do País. No ano de 2010 o SNBP
juntamente com a Diretoria de Livro, Leitura e Literatura, contratou a Fundação Getúlio
Vargas para realizar
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