O trabalho do as nas organizações da classe trabalhadora
Por: Erica Chaves • 21/4/2015 • Seminário • 2.107 Palavras (9 Páginas) • 187 Visualizações
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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO TEOLÓGICA METROPOLITANA
CURSO DE BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL
DISCIPLINA FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E TEÓRICOS METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL III
TEXTOS COMPLEMENTARES 1 E 2
ÉRICA
CINTIA
IANA
DAIANE
LUIZA
JACKELINE
"O tempo cura e a experiência ensina que a verdadeira felicidade é o serviço aos outros"
(Charlie Chaplin)
NOVA RUSSAS CE 2014
INTRODUÇÃO
O presente trabalho representa uma análise de dois textos que discorrem sobre a prática profissional do assistente Social em meio à construção do Projeto Ético-Político Profissional no Serviço Social. Sabe-se que as demandas de atuação do assistente social evoluem conforme as mudanças nas relações sociais e que sobre estas também intervém o Estado através de políticas sociais.
TEXTO 1
TRINTA ANOS DA REVISTA SERVIÇO SOCIAL E SOCIEDADE: Contribuições para a construção e o desenvolvimento do Serviço Social no Brasil.
O texto inicia-se com Netto (2006) refletindo sobre os projetos societários entende que toda e qualquer ação humana é orientada por um projeto com fins no que se quer alcançar. E assim, procurou o autor, construir os fundamentos do Projeto Ético-Político Profissional. Mas o que vem a ser tal projeto? O termo Projeto Ético-Político Profissional significa uma projeção coletiva que envolve sujeitos individuais e coletivos (dai a ideia de projeto) em torno de uma determinada valoração ética (dai o termo ético) que está intimamente vinculado a determinados projetos societários (dai o termo político, no seu sentido mais amplo) presentes na sociedade que se relacionam com diversos projetos coletivos em disputa na mesma sociedade (dai o termo profissional), expressando a particularidade de uma categoria.1
Nesta construção entende-se que projetos societários são aqueles de interesse coletivo, e até pode-se dizer grandes, como projetos de uma classe de representação de Assistentes Sociais para trabalhadores. Sendo que a ideia é representar os interesses destes, que têm condições normalmente econômicas inferiores às classes proprietárias das empresas, por exemplo. Surge entre os mesmos (proprietários e empresas) relações estudadas e teorizadas pelo Serviço Social, a partir dos projetos profissionais que demonstram a percepção dos estudiosos que os fazem.
Os projetos profissionais procuram entender e acompanhar as transformações que surgem ao longo das necessidades da profissão, que estão em constantes mudanças, produzindo um universo heterogêneo, cheio de conflitos, situações e ideologias distintas. Isso reflete ao pluralismo, admitindo vários projetos profissionais na profissão. Esta pluralidade não pode ser confundida com liberdade, mas entendida como luta constante.
Para o Serviço Social o pluralismo é entendido como elemento norteador da formação e do exercício profissional, é, pois um dos princípios fundamentais do projeto ético-político da profissão, na luta por um projeto de sociedade contra-hegemônico aos padrões de acumulação e exploração da sociedade capitalista. É necessário elucidar significados e dimensões do pluralismo, priorizando o debate em torno da esfera política e, consequentemente, dos seus rebatimentos no interior do projeto profissional do Serviço Social (ADRIANO, 2004).
Muitas são os aspectos de um projeto profissional, indo desde o que rege a cultura, passando pelo conhecimento científico e por tudo isso havendo debates, discussões a cerca dos movimentos da sociedade da qual a profissão é parte integrante. Falando em conhecimento, é com o surgimento dos cursos de pós-graduação, depois de 1970, que o desenvolvimento do Projeto Ético-Político Profissional foi fortalecido, culminando em qualificações da prática profissional, criação de código de Ética e suas sucessivas reformas.
Destacam-se as dimensões na constituição do Projeto Ético-Político Profissional: a produção do conhecimento no interior do Serviço Social; a dimensão político-organizativa da profissão; a dimensão jurídico-política da profissão, destacando o aparato jurídico-político de caráter estritamente profissional, representado pelo Código de Ética de 1993; Lei de Regulamentação da Profissão 8662/1993; Diretrizes Curriculares aprovadas pelo MEC em 1996, além de um aparato jurídico-político de caráter mais abrangente, representado pelo capítulo da Ordem Social da Constituição Federal de 1988. Foi acrescentado ainda o Estatuto da Criança e do Adolescente; Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS, 1993) e Lei Orgânica da Saúde (LOS, 1990). Acrescenta-se ainda o Estatuto do Idoso e outros existentes e por vir. Todo este aparato é dever do profissional conhecer e tê-lo como consulta ao alcance próximo.
É pertinente saber que o Projeto Ético-Político Profissional baseia-se na teoria social crítica da tradição marxista. Assim busca uma nova ordem social sem exploradores e explorados nas relações de trabalhos, através do posicionamento a favor da justiça, da igualdade de direitos, e que estes sejam de fato adquiridos. Como foi dito anteriormente nesta análise, na profissão não só se conquista, mas se luta, e é a favor dos direitos sociais dos menos favorecidos que se luta.
O profissional não deve apenas se deter as suas capacidades, mas ter o compromisso de ter competência, adquirida com educação continuada.
Boschetti (2004) destaca a Seguridade Social no Projeto Ético-Político Profissional. A autora defende uma seguridade além dos limites do capitalismo. Esta ideia foi confirmada na Carta de Maceió, documento que resgata a seguridade pública, implicando em um projeto societário mais amplo, incluindo equidade e justiça social em meio ao capitalismo.
Ao longo do tempo foram criadas organizações que apoiaram as entidades profissionais na sustentação do Projeto Ético-Político Profissional, dentre elas: a Associação Nacional de Assistentes Sociais (ANAS), hoje extinta, mas que contribuiu na articulação dos assistentes sociais com os movimentos sociais e sindicais trabalhadores; a Associação Brasileira de Escolas de Serviço Social (ABESS), transformada na Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa (ABEPSS) que foi responsável pela direção do projeto de formação profissional crítico, discutido em vários lugares do país, chegando a produzir conhecimento, o que ocorreu com os Encontros Nacionais de Pesquisadores de Serviço Social (ENPESS).
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