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Os Estudos Diacrônicos

Por:   •  25/1/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.123 Palavras (5 Páginas)  •  231 Visualizações

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1) Tendo em vista os textos discutidos ao longo da disciplina e os seus conhecimentos

sobre o assunto, reflita sobre a importância dos estudos diacrônicos para o ensinoaprendizagem da Língua Portuguesa na atualidade.

Resposta

Desde a gênese da modalidade de investigação do comportamento da linguagem

humana que posteriormente seria firmada como ciência, várias metodologias para o

entendimento dos seus fenômenos foram postas em prática, como por exemplo: os

estudos Sincrônicos e Diacrônicos que buscavam, cada um em sua particularidade, tomar

conhecimentos dos processos evolutivos e mutacionais do objeto de estudo de

determinada ciência, aqui, em especifico, a Linguística. No que concerne ao supracitado,

os estudos Sincrônicos e Diacrônicos são de extrema importância para o conhecimento

da língua em nível científico. Essa dicotomia lançou as bases para a compreensão da

língua em dois eixos: o histórico e aquele que representa a língua em seu funcionamento

num dado momento. Diante disso, é passível de discussão, em específico nesse trabalho,

a importância dos estudos da metodologia diacrônica para o ensino-aprendizagem da

língua portuguesa na atualidade. Para isso, é importante perpassar pela sugestiva e

duvidosa ideia da origem da mesma até sua constituição atual que, inclusive, trata-se de

uma investigação histórica.

Hodiernamente, é de conhecimento geral por parte dos estudiosos das áreas que

que se ocuparam (diacronicamente) aos estudos dos processos evolutivos da Língua

Portuguesa, que existe uma grande “mesa redonda” em relação a sua origem real que

colocam em cheque dois idiomas, o Latim que foi a língua que teve maior ascensão o

período da idade média através dos romanos, ou o Galego que era a língua que dominava

o território de grande parte da região da península ibérica e da Galiza antes e durante o

mesmo período. De acordo com Coutinho, 2005 p. 29 o latim apresenta duas ramificações

que com o decorrer do tempo, se tornaram cada vez mais distintas: o Clássico e o Vulgar.

Denomina-se latim Vulgar aquele que era falado pelas classes inferiores da sociedade

romana e pelos soldados que invadiam os territórios durante seu período da ascensão,

incluindo o território da Península Ibérica no sudoeste da Europa entre as regiões de

Portugal e Espanha. Devido a este crescimento a base de imposição do Império Romano,

hoje, grande demanda dos estudiosos ratificam a origem do Português ao Latim. Por outro

lado, segundo Marcos Bagno, e de forma louvável, o berço da Língua portuguesa, por

uma razão geográfica, está ligado ao idioma falado na região da Península Ibérica,

advindo da região da Galiza. No entanto, essa colocação foi reclusa em parte pelos

historiadores e pelas forças nacionalistas da monarquia portuguesa que consideravam o

Galego uma língua sem prestígios, mesmo reconhecendo que esta terminologia aparecia

quando reportados aos escritos da poesia medieval. Porém, os “compromissos”

ideológicos e políticos incorporaram a denominação Galego-Português que foi instaurada

como a língua falada na região em questão e que posteriormente resultaria apenas em

Português. Dessa forma, observando por esse viés, a raiz do português de Portugal que

mais tarde, por volta do Sec. XVI colaboraria na formação do Português brasileiro, tem

suas fundamentações no Galego. Em suma, é evidente que este processo de observação

diacrônico é importante para o entendimento dos estudos que se referem ao ensino e

aprendizagem do Português brasileiro atual, que inclusive, sofre evolução continuamente

e incessantemente.

Em conformidade com o abordado anteriormente, a trajetória de estudos

Diacrônicos exerce grande papel no ensino da evolução da língua portuguesa, pois através

dessa lógica e apresentado e posto em discussão, na atualidade, os processos por onde

perpassaram as mutações e variações do nosso idioma, reconhecendo o seu caminho de

mistura linguística pelo qual passamos. Por conta dessa metodologia histórica é possível

identificar, através de comparações com o formato anterior do idioma, as palavras que

sofrem evoluções por meio de um processo que chamamos de metaplasmos, ou seja, a

evolução no quesito fonético que algumas palavras tendem a apresentar sem perder seu

significado. Isso faz com que os linguistas acompanhem de forma inerente a

transformação ou adequação da língua de acordo com a necessidade de cada falante, seja

pelo contexto, pela necessidade articulatória do aparelho fonador, ou por outros aspectos.

Essa finalidade que decorre do uso do estudo diacrônico, auxilia na compreensão desses

fenômenos, permitindo que se mantenham atualizados os aspectos gramaticais e,

principalmente, as variantes (no momento da fala) que resultam do processo de evolução

da

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