Paulo freire

Paulo Frei e o exílio

Partiu, então, para seu tempo de exílio: de setembro de 1964 a junho de 1980. Entre novembro de 1964 a abril de 1969 viveu em Santiago do Chile.

 Em 1992 escreveu o livro: Pedagogia da esperança. No Chile, retomou o fio de sua prática pedagógica.

No Chile escreveu seu primeiro livro publicado comercialmente: Educação como prática da liberdade, uma revisão ampliada da Educação e atualidade brasileira. Foram ainda escritos outros dos livros de Paulo Freire: Educação e conscientização: sobre o meio rural. Esses livros davam forma a seu discurso no Recife, inclusive ao discurso-base do “método Paulo Freire, anunciando sua obra prima: a Pedagogia do oprimido.

Do Chile saiu pela primeira vez em 1966, para realizar conferências e participar de seminários no México. Em 1967 faz sua primeira visita aos Estados Unidos da América, a convite de seis Universidades norte-americanas. Voltaria aos Estados Unidos, de abril de 1969 a fevereiro de 1970, instalado em Harvard. Tinha vários convites: continuar nos Estados Unidos por mais três anos, Canadá ou Genebra (Conselho Mundial das Igrejas).

Durante 10 anos, de fevereiro de 1970 a junho de 1980, encontrou em Genebra, no Conselho Mundial das Igrejas, endereço estável. Projetou-se na história da educação no século XX como um cidadão do mundo. Amadureceu afetiva e intelectualmente, a partir dos desafios vivenciados em diferentes culturas. Com a perspectiva do retorno de Paulo Freire ao Brasil, em decorrência da anistia. Tinha 43 anos de idade quando partiu para o exílio. Retornou quase 16 anos após. Em junho de 1979 obtivera seu primeiro passaporte brasileiro. Era o mesmo Paulo Freire, profundamente telúrico, antes de tudo, um pensador, um filósofo da educação, um educador e, por ser educador, um político.

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