RESENHA: A REFERÊNCIA NOS ESTUDOS SEMÂNTICOS

DIAS, Luiz Francisco & LACERDA, Priscila Brasil Gonçalves. A referência nos estudos semânticos. In: Cadernos de Letras da UFF - Dossiê Língua em uso, nº 47. Niterói, RJ: Instituto de Letras, Universidade Federal Fluminense, 2013. (p. 357-371)

A REFERÊNCIA NOS ESTUDOS SEMÂNTICOS

Géssica Simoncele;

 Karollaine dos Santos;

Mhyannara Martins

        Luiz Francisco Dias, professor Titular da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é fundador e coordenador do Núcleo de Estudos da Enunciação, possui doutorado em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).         Priscila Brasil Gonçalves Lacerda, professora de Língua Portuguesa e Literatura do Instituto Federal de Minas Gerais, atua no Ensino Médio/Técnico e Superior. Possui doutorado em Linguística Teórica e Descritiva pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos da UFMG. O artigo aqui analisado chama-se “A referência nos estudos semânticos”, publicado pelo Caderno de Letras da Universidade Federal de Fluminense - Dossiê Língua em uso n° 47 (p. 357- 371).

        O dossiê foi dividido em seis tópicos, trazendo para a reflexão algumas concepções relativas à natureza da relação referencial, com intuito de demonstrar que, o fator determinante dos contrastes substanciais entre as diferentes perspectivas da referência é a delimitação da natureza.

        Na primeira parte do artigo o autor traz para discussão as diferentes concepções sobre a relação entre linguagem e sua exterioridade, ou seja, a influência que o ambiente exerce sobre aquilo que o indivíduo manifesta através da linguagem, como o exemplo citado no texto, que consiste em dizer que quando apontamos nosso dedo para uma parede podemos estar nos referindo a uma diversidade de coisas presentes ali, como a cor da parede, um quadro, o material que foi usado para sua construção e entre outros, deixando claro, que são as palavras que constituem as condições para se determinar o referente.  As divergências teóricas constituem os estudos linguísticos, e nos estudos de significação elas se intensificam de tal maneira que suporta duas disciplinas diferentes, sendo elas a Semântica e a Pragmática, tais disciplinas abordam a significação, mas de uma forma totalmente diferente respondendo perguntas básicas em relação aos estudos de sentido e significado. Diante disso alguns conceitos se destacam, dentre eles o da referência, apresentando a perspectiva de Frege.

        Para Frege, toda expressão que nomeia algo, apresenta um sentido e uma referência, criando assim o que ele chamou de nome próprio, que é definido como “modo de apresentação do objeto”, isto é, o nome se torna aquilo que caracteriza o objeto, tornando uma dimensão exterior à linguagem.

        Percebendo a diferença entre a linguagem e o mundo ao qual a mesma se refere, o sentido de um nome próprio sempre vai elucidar a referência, caso ele tenha uma, mas sempre de forma parcial. Existem diferentes maneiras de referenciar o Brasil sem utilizar seu nome próprio, como por exemplo, “país do futebol”. Esse sentido traz um destaque diverso com relação ao conhecimento de uma propriedade específica.

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