RESENHA CRÍTICA DO LIVRO A LÍNGUA DE EULÁLIA
Por: ynd_ • 12/10/2022 • Resenha • 830 Palavras (4 Páginas) • 220 Visualizações
RESENHA CRÍTICA
Yngrid Santos dos Reis
BAGNO, MARCOS. A LÍNGUA DE EULÁLIA - NOVELA SOCIOLINGÜÍSTICA. EDITORA CONTEXTO. SÃO PAULO. 2004.
Marcos Bagno é professor de linguística da Universidade de Brasília, escritor e tradutor, com muitos livros publicados. Atua na pesquisa de novos caminhos para a educação em língua materna, com ênfase nas noções de letramento. A obra “a língua de Eulália” tem como objetivo desdar o preconceito linguístico que muitas pessoas têm por não conhecerem a origem da língua portuguesa. Foi publicada pela primeira vez em 1997, pela Editora Contexto. O autor recomenda que os professores de português principalmente, tenham uma postura diferenciada em relação ao aluno, que procurem entender o contexto social que o aluno se encontra e a carga linguística que traz de casa, ao entrar na escola. A obra conta, conta a história de três estudantes universitárias dos cursos de Psicologia, Letras e Pedagogia que escolhem a chácara de sua professora Irene, em Atibaia -SP, para passar as férias escolares. As três estudantes são Emília, Vera e Sílvia e são professoras de uma escola pública. Logo que chegam as universitárias conjeturam o português falado por Eulália, que é a empregada da casa e amiga de Irene. Diante disso, Irene começa a explicar questões linguísticas a elas e apresenta, por meio de aulas, que o preconceito linguístico não tem apoio, pois a história da Língua Portuguesa passou por várias fases e cada uma delas explica o uso dessas diversidades linguísticas. Sucedendo assim os dias, as jovens vão participando com a professora em situações pouco acadêmicas, desenvolvendo conhecimentos e observações diferentes dos aprendidos em sala de aula, tendo oportunidade de refletir, com diferentes padrões, os vários conceitos da língua portuguesa.
Logo no início do livro, o autor explica sobre as diferentes línguas faladas no Brasil. Segundo o autor” não existe nenhuma língua que seja só uma”. Toda língua muda, sofre mutações por vários fatores.
Eulália fala errado do ponto de vista da norma padrão, porém, do ponto de vista do português não-padrão ela fala corretamente obedecendo a normas.
No capitulo dois, começa a conversa sobre o português-padrão e o português não-padrão. As estudantes reunidas com Irene depois do almoço, discutem o modo de Eulália falar, desprezando a sabedoria que ela possui. Irene então as questiona com relação ao preconceito, demonstrando que as variações acontecem devido a acontecimentos do próprio uso da língua que varia conforme as diferenças sociais.
No terceiro capítulo, fala-se sobre a sala onde acontece as aulas das meninas. Era uma sala, com mesas e cadeiras dispostas em círculos, com armários no fundo, cheios de livros, cadernos, lápis, e tinha também uma grande lousa. Irene contou que foi neste local, que alfabetizou Eulália
Irene faz uma comparação entre os usos do português no Brasil e em Portugal, e no nordeste e sul do Brasil. Irene continua a falar sobre o tema apontando que além da variação geográfica, a língua muda no decorrer dos tempos e que seu uso se dá de várias formas no espaço.
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