Resenha O Monge e o Executivo
Por: gabrielpalvo • 25/2/2021 • Resenha • 3.270 Palavras (14 Páginas) • 165 Visualizações
ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO DE SARGENTOS DAS ARMAS
RESENHA CRÍTICA
Leitor: GABRIEL FRANCHESCHI PAZz\’ LVO – 2º Sgt
Arma: Engenharia
OM: 15ª Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada
Título da obra: O monge e o executivo
Autor: James C. Hunter
Editora: Sextante
Local e data de publicação: Rio de Janeiro-RJ, 2004
Número de volumes e páginas: Volume único, 143 páginas
TITULO: O MONGE E O EXECUTIVO
HUNTER, James C. O MONGE E O EXECUTIVO: Uma história sobre a essência da liderança. ISBN 85-7542-102-6. Rio de Janeiro: Sextante, 2004.
James C. Hunter, de origem norte-americana, gerente de empresas e escritor, autor do Best Seler The Servent, ou “O Servo”, mais tarde traduzido para o português por Maria da Conceição Fornos de Magalhães, onde ganhou o título de, “O Monge e o Executivo”, o autor esteve no Brasil por diversas vezes no ano de 2005, o autor discute visões sobre liderança aprendidas em um mosteiro nos Estados Unidos, trazidas por um homem de sucesso que tornou-se um Frade Franciscano.
O narrador que na obra apresenta-se por John Daily, intrigado com seus sonhos e o nome Simeão, em diversas passagens de sua vida, como se esta figura tivesse algo a lhe oferecer ou falar de muito importante, dá a impressão de uma figura inanimada pelo suspense feito pelo escritor.
O livro se inicia com o autor John Daily, um administrador de empresas de sucesso, gerente-geral de uma empresa de 500 funcionários do ramo de vidros planos, e presbiteriano pacato dos Estados Unidos recebendo a proposta de seus pastor e esposa, Rachel, que conhecera na Universidade de Valparaíso no estado de Indiana, para passar uns dias em um retiro no Mosteiro João da Cruz perto do lago Michigan, dirigido por monges e frades franciscanos. O que intrigou o autor, foi que um dos monges era Leonard Hoffman, um executivo de uma das maiores empresas dos Estados Unidos, a Nestlé.
Levado ao Mosteiro por sua esposa, contrariado mas mantendo a aparência de normalidade deparou-se com um cenário lindo, onde desembarcou e após despedir-se em tom sarcástico de Rachel foi à recepção do local, encontrando um local extremamente limpo e a recepção por Peter, um monge que ele insistiu em tratar como padre. Após uma rápida conversa, onde demonstrou o interesse em conhecer Len Hoffman, que naquele lugar era chamado de irmão Simeão, foi encaminhado a um quarto, atordoado com esta coincidência intrigante e assustadora. Ao chegar no quarto que era compartilhado com pregador batista, deparou-se com um local simples, estando muito cansado deitou-se para dormir com intuito de participar das celebrações religiosas do dia seguinte, porém sua mente fincionava loucamente, com pensamentos de ansiedade para conhecer Simeão.
Pela manhã, o narrador conhece seu companheiro de quarto, o pastor Lee, de Wisconsin que apresentou-se e saiu. Jhon levantou-se da cama e ainda no escuro foi à capela, lá encontrou 33 cadeiras organizadas para os frades e outras 6 vagas para visitantes, às cinco e meia da manhã iniciou uma celebração que durou 20 minutos, o narrador preocupava-se somente em encontrar Len Hoffman, mas não o distinguiu em meio aos outros frades.
John ao sair do culto matinal sentou-se em uma biblioteca para realizar uma pesquisa sobre a Simeão, o antigo administrador Leonard Hoffman, descobriu que o frade já havia passado pela marinha, onde foi oficial, porém teve problemas no cumprimento de uma ordem relacionada a transporte de militares japoneses prisioneiros, o que o deixou em maus lençóis, por ter tratado os inimigos com humanidade, e foi condecorado ao final da guerra. Além disso transformou companhias a beira do colapso em negócios de sucesso, também escreveu best selers, e ao final de 1990 com mais de 60 anos se demitiu e sumiu, um ano antes sua esposa, com quem teve cinco filhos, havia falecido, após isto deixou informações que estava feliz, saudável e queria ficar sozinho, questão que alimentava rumores sobre ele.
Ao terminar a pesquisa, o narrador, chegando em seu quarto, imaginou que seu companheiro de alojamento estaria no banheiro, deparou-se com Simeão consertando o vazamento do vaso sanitário, relata que ao cumprimentá-lo sentiu sua mão pequena na mão enorme e poderosa do frade – Ali estava uma lenda do mundo dos negócios, alguém que ganhava uma fortuna no auge de sua carreira, consertando meu vaso sanitário. O narrador sem perder tempo indagou o frade sobre encontra-lo pelas manhãs para tomar café e conversar, o frade propôs que fosse as cinco da manhã antes do culto matinal, o que parecia duro, mas John aceitou.
Na primeira manhã de aula, em um domingo, Simeão apresentou-se e propôs o tema que iria abordar, que tratava de liderança, na sala encontravam-se assistindo a aula o narrador, seu colega de quarto pregador, Greg um jovem sargento do Exército, Teresa uma diretora de escola, Chris uma treinadora de basquete, Kim uma psicóloga que o narrador não ouviu se apresentar, pois estava ocupado pensando no que diria sobre si. Ao perceber isso Simeão solicitou que resumisse o que a mulher havia falado sobre si, a primeira lição sobre liderança aprendida foi ouvir o que os outros tem para dizer. A seguir Simeão diz que em suas aulas a chave da liderança estaria nas mãos dos alunos, tendo em vista todos terem cargos atinentes de liderança, e explicou que para obter influência sobre pessoas era necessário doar-se exercendo um grande esforço necessário.
A definição do grupo sobre liderança foi que – é a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir os objetivos identificados como sendo para o bem comum. As definições de poder e autoridade também foram discutidas sendo que a primeira foi definida como uma faculdade de exercer autoridade consentida ou sob qualquer tipo de pressão, onde preocupa-se com grau hierárquico e participação societária e a segunda como habilidade de exercer liderança com extremo consentimento do executante onde preocupa-se com a pessoa que ordenou, não com o grau hierárquico, pois diz respeito ao caráter e capacidade de influência sobre as pessoas. Houve consenso do grupo que em algumas vezes necessitou-se exercer o poder, porém ter que recorrer ao poder inúmeras vezes significa que a autoridade pode ter sido quebrada ou até mesmo nunca houve.
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