Resenha - Pequeno Príncipe

O Pequeno Príncipe

Pequeno grande planeta

O pequeno príncipe é um livro que a cada página ele te surpreende, e, de como a imaginação humana pode te levar a refletir sobre o seu cotidiano e das pessoas que vivem em seu “pequeno grande planeta”.

Volto a minha infância, e a comparo com os dias atuais onde geralmente sempre no comportamos como pessoas “grandes”. Quantas vezes já desenhamos elefantes engolidos por jibóias, e como o autor, desistimos de buscar nossos sonhos e desenvolver nossas capacidades, nos frustrando e culpando quem não entendeu nossos desenhos. Analisando por um todo, quantas vezes nós já destruímos com nossas críticas e indiferenças, o nascer de grandes idéias e vice-versa.

Quanto aos baobás da nossa realidade são um tanto quanto cruéis, pois se deixarmos tomar conta de nosso “planeta”, se enraíza, e podem rachar todo o nosso “mundo”.

Vivemos num mundo em que as pessoas se preocupam mais em “ter” do que “ser”. Termos mais estatus, dinheiro, imóveis enfim, bens materiais, acumulados ao longo de uma vida, sendo que nós deveríamos ser mais tolerantes, amáveis, flexíveis, nos doando mais, como segundo o autor “belo é invisível”.

Quantas vezes passamos todos os dias no mesmo lugar e nossos sentidos não se manifestam. Será que conseguimos descrever nos mínimos detalhes a rua em que moramos, o cheiro do amanhecer e do anoitecer, o canto dos passarinhos, o gosto da vida, o sorriso das estrelas?

Cada um de nós possui o seu “próprio planeta”, e como o príncipe precisamos nos aventurar em outros universos, procurando entender e cativar as “raposas” e quem sabe morrer e renascer, para cuidar com redomas de vidro da beleza efêmera da sua flor.

Concordo com Amélia Lacombe quando diz: vamos voltar ao nosso coração, e recordar uma infância já esquecida, reencontrando o homem-menino que existe em cada um de nós.