TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Resenha Sobre édipo rei

Por:   •  3/7/2018  •  Resenha  •  1.531 Palavras (7 Páginas)  •  268 Visualizações

Página 1 de 7

Édipo Réi compõe a tragédia grega e é uma obra que perpetua através dos séculos. Escrita por Sofócles em meados de 427 a.C., a peça teatral faz parte de uma trilogia do dramaturgo formada por Édipo Rei, Édipo em Colono e Antígona. 

   Para compreender melhor o contexto em que a obra foi escrita, deve-se lembrar de que o teatro nesse momento detinha muita força. Em honra ao deus Dionísio (deus do vinho) nascem os espetáculos e, a Grécia inicia um processo de capacitação/profissionalização do teatro custeando os gastos. O teatro teve apenas um século de duração. 

   Como sendo tragédia, Édipo Rei segue uma linha de tentativa em busca da salvação, mas o resultado acaba sendo sendo o esperado. 

 O livro em seu início parte do pressuposto de que o leitor detém conhecimento acerca do mito. Inicialmente, o enredo mostra Édipo como rei de Tebas e já casado há quinze anos com Jocasta. Acreditava-se que uma praga teria assolado a cidade, causando a dizimação. 

   A população inconformada pela situação, procura Édipo, rei justo e honesto, que diante do pedido anuncia já ter enviado Creonte, seu cunhado ao oráculo de Apólo  a fim de descobrir a causa da praga.

 Logo em seguido Creonte chega em Tebas e traz consigo a fala do deus Apólo, que ordena expulsar ou matar o assassino do rei Laio, antecessor a Édipo. 

  Édipo então inicia uma espécie de inquérito com o intuito de achar e responsabilizar o culpado de tal crime. Em meio à investigação, o rei procura Tirésias, o profeta a fim de desvendar o ocorrido. Tirésias ao se aproximar do rei se recusar a falar sobre a praga lançada à Tebas, mas devido à insistência do rei, revela que Édipo é o assassino que procura. O rei se irrita com tais acusações e acusa Creonte de liderar a farsa, exilando assim de Tebas. 

 Após uma vasta investigação sobre o crime, Édipo reconhece a possibilidade de ser o assassino do antigo rei, e então inicia uma busca com o intuito de descobrir quem ele é de fato. 

 O rei que havia fugido de Corinto após saber de uma profecia que predizia que Édipo mataria o pai e se casaria com a própria mãe. 

   Durante a fuga, Édipo envolveu-se em uma confusão com Laio e o matou sem saber quem ele era. Édipo foi para Tebas e na entrada da cidade desvendou um enigma proposto pela Esfinge e como recompensa recebeu o trono e se casou com Jocasta. Depois de descobrir toda a verdade sobre si mesmo ele perfura os olhos e Jocasta se enforca. 

  A obra de Sófocles posteriormente foi reconhecida por Aristóteles em a Poética como sendo a mais perfeita das tragédias.  Na Poética, Aristóteles estabelece um estudo acerca das poesias trágica e épica. Nesse sentido, ele conceitua alguns elementos que se relacionam com a tragédia de Sófocles em Édipo Rei. 

  Um dos elementos conceituados por Aristóteles que se relaciona com Édipo, é Pharmacon, o qual o significado se dá através da sua própria condição, um sentimento de horror e piedade, ou seja, em Édipo esses sentimentos são despertados devido à tentativa de fuga do cumprimento desse destino. Todo o esforço de Édipo contra o destino é em vão e a força impulsionada por ele é a responsável para a concretização da tragédia. 

 Muitos estudiosos se basearam na tragédia de Sófocles em seus estudos, entre eles Sigmund Freud, pai da psicanálise, se embasa na obra para criar o chamado Complexo de Édipo. O Complexo de Édipo explica que há propiciação do início de um processo incestuoso da criança geralmente pelo sexo oposto, devido à proximidade com que o contato com os pais se dá, dos 3 aos 5 anos de idade. Essa situação demonstra um misto de ódio e amor assim como em Édipo Rei, em que o filho mata o pai e se casa com a mãe.

 Nessa fase há uma espécie de choque esperado acerca da criança, afinal, a partir dessa idade ela não é tão dependente dos pais e, nesse viés alguns hábitos e/ou circunstâncias lhes são proibidas, ocasionando uma espécie de recalque, deixando de lado dessa maneira, o princípio incestuoso no inconsciente e posteriormente transferindo o impulso para outros parceiros que não sejam para eles sinônimos de censura.

 Do início ao fim da tragédia não é possível identificar vestígios de imoralidade em Édipo, uma vez que durante toda a sua trajetória mostrou-se íntegro e leal ao povo. Essa obra se caracteriza como tragédia também não haver nenhuma espécie de recompensa no final. 

 Édipo Rei deixa explícito a sede de conhecer a si mesmo. O trágico desfecho é um dos elementos que enriquecem o enredo. Édipo Rei é uma das obras mais emblemáticas da história e merece tal posto por tamanha grandiosidade da estrutura e do enredo. 

   A Odisséia é um poema épico escrito por Homero nos últimos anos do século IX a.C.     A obra é resultado de um conjunto de histórias orais reúne por Homero. Caracteriza-se como poema de aventura por narrar as variadas peripécias de Ulisses na guerra de Tróia e em seu retorno e, diferencia-se da Ilíada principalmente por não apresentar versos que descrevem a luta. 

   Ulisses obrigado a ir à guerra de Tróia, deixa seu filho Telêmaco recém-nascido e sua esposa Penélope. Passados muitos anos na guerra e na sua volta, Ulisses vivencia inúmeras aventuras a serem posteriormente descritas por Homero. Durante todo o tempo em que estava fora, Penélope o espera casta, no entanto, muitos pretendentes a cercam almejando o trono e a sua mão. 

   Devido à demora do marido e à pressão existente a fim de arrumar um novo marido e governante, Penélope  decide tecer a mortalha de Ulisses alegando que no fim de sua confecção ela escolheria um pretendente. Entretanto, por dez anos ela desmanchava a veste todas a noite e a refazia na esperança de que Ulisses retornasse. 

...

Baixar como (para membros premium)  txt (9.1 Kb)   pdf (89.1 Kb)   docx (15.2 Kb)  
Continuar por mais 6 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com