Resumo: O clube dos livros esquecidos

Resumo: O clube dos livros esquecidos

O livro narra a história de Flora, uma menina muito especial, apaixonada pelos livros, que se autocaracterizava-se de rosto arredondado, olhos oblíquos e amendoados, portadora da Síndrome de Down. Devido à sua inteligência e seu modo diferente de ver o mundo, ela criou seu próprio universo imaginário, onde todas as quinta-feira organizava a reunião do Clube dos Livros Esquecidos, um evento exclusivo, no qual os membros compartilhavam diversas histórias, personagens, apresentavam e debatiam sobre vários livros, outrora esquecidos pelos outros.

Fê, Mau, Pel, Mel, Joaquim e Cacau, amigos imaginários de Flora, faziam parte desse seleto clube, cada um com seu gostos e características peculiares, escolhiam seu livro para ler e defender, e no final, o livro mais votado seria lido coletivamente.

Em uma dessas reuniões, chegando o momento da apresentação dos livros da semana, notou-se que Fê, era o único que não havia apresentado o seu exemplar, fato que nunca tinha acontecido no Clube dos Livros, eram seis votos para a escolha de cinco livros, isso causou um desconforto no grupo e uma sensação de que dessa vez o resultado final poderia ser injusto.

Ele tentou se desculpar, explicando que tinha dormido na casa do seu pai, e lá só tinha livros de adultos, e além disso, era filho único. Várias propostas surgiram para resolver tal empasse, foi então que a Mel fez uma proposta genial, que mantivessem a votação e em caso de empate, o Fê seria o voto do desempate.

Com o prosseguimento da reunião, o Mau deu início apresentando um exemplar raro da série de livros do escritor J.J. Petron, famoso pelos contos de terror no final do século XX. Quando ele mostrou a ilustração que abria a história, foi uma comoção e desespero total.

Depois foi a vez do Pel, que havia trazido um livro de receitas literárias de sua tataravó por parte de pai. Na metade da explicação todos já estavam famintos e não conseguiam prestar a atenção necessária aos argumentos do Pel, que encerrou sua fala sem perguntar se haviam entendido.

A Mel, que tinha mania de inverter a ordem dos verbos e que gaguejava quando ficava nervosa, expos um exemplar de poesia, tropeçou em algumas palavras, mas quando tomou gosto fez bonito e surpreendeu a todos.

O próximo era o Joaquim, cauteloso ao expor os motivos de suas preferencias literárias, era quase um diplomata, e gostava de extraterrestres e da vida do outro mundo. Iniciou sua explanação sobre a Menina Verde com uma boneca de pano, estatelada, de tinta fresca, que a cada momento soltava um pouco de cor nas mãos, no rosto e no cabelo dele. Uma cena que gerou muitos risos e nem ele conseguiu se conter, assim, desistiu de prosseguir sua narração.

Chegou a vez da Cacau, que era a mais velha de todos, e a contadora de histórias favorita da Flora. Ela deu início a sua história, porem foi interrompida com um som forte de batida de porta. Era a mãe de Flora, que a acordava para ir à escola.

Na escola, muitos pensavam que Flora não entendia as coisas, porém, ela só precisava de um tempo maior para entender e imaginar as coisas, seus melhores amigos eram a Ninah e o João, que era parecido com ela e gostava muito dela.

Flora sonhava em um dia poder criar um clube dos livros lembrados, onde todos leriam e compartilhariam as mais belas histórias e os mais especiais encontros.