Sintese da Carta a Adolfo Casais Monteiro sobre a Genese dos Heteronimos
Por: inesduarte17 • 3/11/2020 • Relatório de pesquisa • 352 Palavras (2 Páginas) • 1.647 Visualizações
No dia 13 de janeiro de 1935, em Lisboa, Fernando Pessoa escreveu uma carta Adolfo Casais Monteiro sobre o inicio dos seus heterónimos.
Pessoa começa por explicar a origem dos seus heterónimos recorrendo à sua questão psiquiátrica ao manifestar um profundo traço de histeria. Este tem dúvida quanto a este comportamento, pois demonstra fenómenos de apatia opostos aos sintomas de um histérico normal. Acaba por concluir que seja qual for a origem deles, ele tem tendência inata e constante para a despersonalização e simulação. Refere ainda que os seus heterónimos não se manifestam no seu dia-a-dia, apesar de todos apresentarem traços caracteristicos à sua pessoa e vida, mas quando o escritor se encontra sozinho, as personagens reaparecem.
O poeta conta que tinha a mania de criar em torno dele mesmo um mundo fictício, onde criava amigos e conhecidos que não existiam na realidade. Data, pelo ano de 1912, que surgiu a ideia de escrever poemas de índole pagã. E por volta de um ano e meio ou dois, com o intuito de fazer uma partida ao seu caro amigo Sá Carneiro acabou por descobrir um dos seus heterónimos , Aberto Caeiro, num espécie de êxtase cuja natureza não conseguia definir. Logo depois surgiu Ricardo Reis e Álvaro de Campos.
Alberto Caeiro nasceu em 1889 e morreu em 1915, nasceu em Lisboa, mas viveu quase toda a sua vida no campo, não teve profissão nem educação quase nenhuma , possuia cabelos loiros e olhos azuis ,de estatura média e "sem cor". Morreu de tuberculose.
Ricardo Reis nasceu em 1887, no Porto. É médico e está presentemente no Brasil visto que é um pais monárquico. É um latinista e semi- helenista por educaçao propria.
Álvaro de Campos nasceu em Tavira, no dia 15 de outubro de 1890. É engenheiro naval, mas de momento estaria em Lisboa por inatividade. É alto e magro, regularmente usa cabelo apartado para o lado e monóculo.
Bernardo Soares é um semi-heterónimo, porque mesmo não sendo a personalidade de Pessoa, não difere da mesma.
Fernando Pessoa, termina assim este “desabafo” resumindo-o numa só palavra: manicómio, e despede-se e desejando que sua explicação tenha ido satisfatória.
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