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A ARTICULAÇÃO DE ATIVIDADES LÚDICAS PARA O ENSINO/APRENDIZADO DA MATEMÁTICA

Por:   •  21/4/2019  •  Artigo  •  6.495 Palavras (26 Páginas)  •  352 Visualizações

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INSTITUTO PRISMA

ENSINO DA MATEMÁTICA

JOSLAINE BORELLI DA SILVA

ARTICULAÇÃO DE ATIVIDADES LÚDICAS PARA O ENSINO/APRENDIZADO DA MATEMÁTICA

SÃO JOÃO DO IVAÍ

2011


RESUMO

O presente trabalho permite descrever propostas significativas para a melhoria do ensino/aprendizado da Matemática, subsidiando um melhor conhecimento e trabalho com os alunos dos diversos níveis de ensino. Apresenta-se por meio deste, uma análise histórica, apresentação de leis vigentes em nosso país e uma abordagem  teórica referente aos materiais auxiliadores na exploração dos conteúdos abordados em sala de aula, principalmente voltado ao ensino da Geometria. Pretende-se ainda, por meio deste estimular os educadores a utilizar os jogos, brincadeiras e softwares como instrumentos facilitadores para o processo de ensino/aprendizagem e desenvolvimento intelectual e cognitivo dos alunos.

PALAVRAS-CHAVE: Matemática; Atividades lúdicas; Geometria.

ABSTRACT

This work allows one to describe significant proposals to improve the teaching / learning of mathematics, supporting a better understanding and working with students of various levels of education. We present hereby a historical analysis, presentation of laws in our country and a theoretical approach regarding the auxiliary materials in the exploitation of content covered in class, mainly aimed at teaching geometry. The aim is also hereby encourage educators to use games, games and software as tools for facilitating the process of teaching / learning and cognitive and intellectual development of students.


KEYWORDS: Mathematics; Recreational activities; Geometry.


INTRODUÇÃO

A importância de trabalhar Matemática, utilizando atividades lúdicas, tem como objetivo fazer com que um assunto seja atraente para os alunos, nas aulas de Matemática. A idéia de que atividades lúdicas atrapalham na aprendizagem e no comportamento em sala de aula é muito comum, mas segundo Neto, em seu livro Didática da Matemática (1998, p. 49), “- Passivo não é estar sentado escutanto, é estar obrigado”. E nossa intenção como educadores é tornar o aluno ativo, através de atividades, as quais ajudarão no processo de construção do conhecimento de maneira participativa em sala de aula. De acordo com os PCN’s (1997, p.36),

um aspecto relevante nos jogos é o desafio genuíno que eles provocam no aluno, que gera interesse e prazer. Por isso, é importante que os jogos façam parte da cultura escolar, cabendo ao professor analisar e avaliar a potencialidade educativa dos diferentes jogos e o aspecto curricular que se deseja desenvolver.

Dentre uma diversidade de conteúdos que a Matemática possui, a Geometria merece ênfase, por ser um conteúdo de ampla aplicação no dia-a-dia e que, em geral, permanece desprezado no final dos livros didáticos, apesar de oferecer muitas oportunidades de ações pedagógicas, tais como: os  jogos, origami, Geometria dos canudos e atividades desenvolvidas em softwares de geometria dinâmica entre outros. Segundo Almouloud: “O insucesso que caracteriza as experiências de tantos alunos com a Matemática, principalmente com a Geometria, como mostrou a Avaliação Educacional da Rede Estadual da SEE, revela que muitos tópicos de Matemática não são planejados ou não são ensinados, portanto não são aprendidos”. Ainda segundo Almouloud e Mello, “um dos problemas enfrentados pelo sistema de ensino brasileiro refere-se ao baixo desempenho dos alunos do Ensino Fundamental, em Matemática. As recentes avaliações feitas pelo SAEB/MEC pela Secretaria de Educação de São Paulo evidenciam que esse desempenho torna-se ainda mais baixo quando o tema abordado é a Geometria”. Deste modo, o ensino de Geometria, não oferece um preparo suficiente para alunos enfrentarem futuras avaliações, como o ENEM.

O conhecimento Matemático é construído pelo aluno quando o mesmo trabalha com algo concreto e que assim constrói sua própria maneira de pensar, agir e raciocinar. Segundo Hiratsuka (2006, p. 2), “Não há como despertar o interesse dos alunos quando se faz uma apresentação de conteúdos dissociados de suas vivencias, desprovidos de significados para eles...”, para que o aluno tenha uma educação eficiente é necessário proporcionar atividades diferenciadas. Desse modo, pode-se considerar que os jogos são ótimos meios de articular o ensino de Matemática com a vivência dos alunos, com algo concreto para eles.

O uso de atividades lúdicas na educação não é algo novo, os primeiros anos da criança deveriam ser ocupados com jogos educativos praticados em comum pelos dois sexos, sob vigilância de um profissional capacitado. Porém, a médica e educadora italiana Maria Montessore (1870-1952), conhecida por trabalhar com crianças excepcionais e por ser a idealizadora do famoso jogo “Material Dourado”, alerta “Nada deve ser dado à criança, no campo da Matemática, sem primeiro apresentar-se a ela uma situação concreta que a leve a agir, a pensar, a experimentar, a descobrir, e daí, a mergulhar na abstração”,  Fiorentini e Miorim (2004, p. 4).

Acredita-se que “dar aulas” e ensinar são atos extremamente diferentes. O “dar aulas” foge da realidade dos alunos, pois o aluno não consegue utilizar o conhecimento matemático aprendido nas aulas em seu cotidiano. Enquanto no ato de ensinar, o educador deve identificar-se com os alunos, estabelecendo um canal de comunicação aberto, manifestando-se de forma a auxiliar os mesmos a atingirem uma aprendizagem satisfatória.

Porém, podemos destacar uma variedade de problemas que norteiam a educação de nosso país: os alunos de modo geral, têm grande dificuldade na compreensão as noções matemáticas, a má formação dos profissionais da educação e o não cumprimento da legislação brasileira.

Ao considerar, os fatos expostos, o presente trabalho procura mostrar a eficácia das atividades lúdicas, viabilizando um significativo ensino/aprendizado da Matemática.


1  ARTICULAÇÃO DE ATIVIDADES LÚDICAS PARA O ENSINO/APRENDIZADO DA MATEMÁTICA

1.1 ASPECTOS HISTÓRICOS

Toda manhã se cria num ontem, através de um hoje. De modo que o nosso futuro baseia-se no passado e corporifica no presente. Temos que saber o que fomos e o que somos para saber o que seremos.

Paulo Freire (1994)

        

Como já mencionado, a utilização de jogos como um recurso didático não é uma prática nova. Diversos estudiosos defendem essa estratégia de ensino desde os primórdios dos tempos. Platão, por exemplo, foi um importante pensador que ressaltava o aprender brincando, considerando que todas as crianças deveriam estudar a Matemática de forma atrativa, sugerindo, desta forma, o jogo.

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