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A Contação De Histórias Na Educação Infantil: Um Olhar A Partir Da Ludicidade

Por:   •  13/2/2024  •  Tese  •  5.966 Palavras (24 Páginas)  •  71 Visualizações

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CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UM OLHAR A PARTIR DA LUDICIDADE.

ANDRÉIA ROGOVSKI SOARES[1]

RESUMO: Através deste trabalho objetivamos demonstrar a importância da contação de histórias na educação infantil, principalmente utilizando-se da ludicidade como instrumento criativo. Tal prática influência diretamente no desenvolvimento da criança, se constitui em um elemento fundamental no cotidiano da prática pedagógica, principalmente com o objetivo de incentivar futuros leitores, buscando despertar nestes o prazer, a imaginação e o interesse pela leitura. Por meio desta pesquisa podemos afirmar a importância de promover a vivência no espaço da sala de aula, a magia e o encantamento dos contos, em que todos desfrutem do prazer de ouvir histórias, incentivando a criança ao ato da leitura para facilitar a imaginação criadora. Tal pesquisa classifica-se como bibliográfica e de campo, envolvendo o estágio de docência da Educação Infantil, principalmente ressaltando a interação entre a leitura e a ludicidade. Ao lançar um novo olhar em relação à importância da leitura e da construção do saber partindo da diversidade de textos que permearam a Educação Infantil buscou-se uma maneira lúdica de construir uma ponte entre a construção do conhecimento com o imaginário dos contos.

Palavras- chaves: Educação Infantil. Leitura. Ludicidade. Contos.

1 INTRODUÇÃO

A educação infantil, primeira etapa da educação básica, é uma fase decisiva para o desenvolvimento da criança, tanto no momento, como em longo prazo, tendo em vista que as aprendizagens adquiridas nesta fase, irão se constituir a base de sua aprendizagem no futuro. Portanto, o presente trabalho teve como tema de estudo A Contação de Histórias na Educação Infantil: um olhar a partir da ludicidade, considerando que a magia e o encantamento dos contos impulsiona o desenvolvimento infantil.

Atualmente, o hábito do diálogo está ficando de lado entre as pessoas, principalmente nas famílias, as crianças não participam das conversas, fazendo com que cada um se feche em seu próprio mundo. Neste sentido, o antigo costume de contar histórias para as crianças está desaparecendo dos lares, negando para estas, uma das mais significativas oportunidades de desenvolvimento da imaginação infantil.

Uma forma de alcançar o imaginário infantil é, sem sombra de dúvidas, por meio da contação de histórias, promovendo momentos de prazer e de ludicidade. Embora vivemos em plena era midiática, o livro continua sendo um instrumento fundamental no processo educativo e uma forma de a criança começar a compreender o mundo.

Além disso, por meio dos contos as crianças aprendem os papéis que desempenham neste mundo. No que concerne o crescimento emocional, as histórias ajudam as crianças a lidarem com seus medos, angústias, seus sofrimentos, que por vezes vivencia e não sabe como lidar com eles. Ajudar a criança a extravasar esses sentimentos é de suma importância, e as histórias com finais felizes são de grande valia. A criança percebe que o personagem passa por momentos difíceis, mas no final tem algo bom esperando o personagem, o que dá uma sensação de alívio na criança, pois ela tem certeza que há algo de bom para ela também.

A partir do observado no contexto escolar da educação infantil, percebemos o quanto é importante trabalharmos com o mundo das histórias, pois estas nos permitem criar, imaginar, desenvolver a oralidade, a concentração, o gosto pela leitura e a capacidade de reinventar o universo ao seu redor.

Portanto, este projeto tem por objetivo refletir acerca de como promover a vivência, a magia e o encantamento dos contos, em que todos desfrutem do prazer de ouvir histórias, incentivando a criança ao ato da leitura para facilitar a imaginação criadora e o seu desenvolvimento pleno.

2 DISCUSSÃO TEÓRICA

A educação em geral, desde seus primórdios, tem passado por distintos momentos históricos, todos constituem a história brasileira, mas a missão de educar está em constante mutação. Ensinar configura-se nos dias de hoje como um desafio, fazer com que as crianças sintam-se motivadas a aprender é outra grande preocupação aos docentes.

A educação infantil, primeira etapa da educação básica, é um destes momentos fundamentais ao processo de desenvolvimento da criança, e sem dúvida, a contação de histórias com base na ludicidade, é o caminho principal para o crescimento integral dos alunos/crianças.

Do ponto de vista histórico, a educação das crianças por muito tempo esteve sob responsabilidade das famílias, até porque na sociedade medieval o sentimento de infância não existia, as crianças eram vistas como adultos em miniatura, elas participavam de toda e qualquer atividade em sociedade.

Por volta da segunda metade do século XIX, as instituições pré-escolares começam a ser difundida internacionalmente, a creche, para crianças de 0 a 3 anos, foi apresentada como substituição a casa dos expostos (instituição que cuida de crianças abandonadas, para proteger a moral das famílias) para que as mães não abandonassem suas crianças.

A educação na América Latina, especialmente no Brasil, sofreu enorme influência de ideologias e interesses políticos no que concerne ao estabelecimento de diretrizes norteadoras para o sistema de ensino. As primeiras propostas de implantação de pré-escolares no Brasil têm como marco inicial, dois fatos ocorridos no ano de 1899: a criação da Instituição de Proteção Assistencialista a Infância no Rio de Janeiro e a inauguração da Creche da Companhia de Fiação e Tecidos Corcovado.

Devido a diversos fatores, como o processo de implantação da industrialização no país; a preocupação das famílias pobres em sobreviver; a inserção da mão-de-obra feminina no mercado de trabalho; os operários começaram a se organizar e reivindicar melhores condições de trabalho, dentre estas, a criação de instituições de educação e cuidados para seus filhos.

Os donos das fábricas, por seu lado, procurando diminuir a força dos movimentos operários, foram concedendo certos benefícios sociais e propondo novas formas de disciplinar seus trabalhadores. Eles buscavam o controle do comportamento dos operários, dentro e fora da fábrica. Para tanto, vão sendo criadas vilas operárias, clubes esportivos e também creches e escolas maternais para os filhos

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