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A DEFICIÊNCIA FÍSICA

Por:   •  7/11/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.642 Palavras (7 Páginas)  •  250 Visualizações

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        DEFICIÊNCIA FÍSICA

        Todo dia o portador de deficiência física tem que superar tais obstáculos, mesmo que a Constituição Brasileira assegure o direito de todo cidadão de “ir e vir” livremente. Porém, na prática essa condição não é tão simples para pessoas com mobilidade reduzida, como portadores de deficiência, idosos, obesos e gestantes. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o mundo abriga perto de 650 milhões de portadores de deficiências, a maioria deles vivendo em países em desenvolvimento. No Brasil, a estimativa é de que em torno de 14% da população possua algum tipo de comprometimento, um número bem maior do que o esperado.

        Para propiciar mais qualidade de vida a esse contingente de cidadãos, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em parceria com o Comitê Brasileiro de Acessibilidade, estabeleceu a resolução NBR 9050, com parâmetros técnicos a serem respeitados na construção, instalação e adaptação de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Contudo, basta olhar com um pouco mais de atenção pelas ruas para identificar problemas. No caso dos idosos, por exemplo, a perda da força muscular-um dos efeitos naturais do envelhecimento – torna-se um agravante quando o assunto é acessibilidade. Assim, uma ação simples para a maioria das pessoas, como usar o transporte público, muitas vezes, é um desafio intransponível, principalmente, pela altura dos degraus dos coletivos. Outra situação é a espera de idosos em pé em filas de estabelecimentos, como agências bancárias, lotéricas e alguns serviços de saúde. Apesar de muitas instituições bancárias já disponibilizarem assentos, em muitos locais os idosos continuam aguardando em pé o atendimento. Também, vale chamar atenção para a melhora na acessibilidade por meio de rampas e barras. A normatização é importante para proporcionar às pessoas-independentemente de idade, estatura ou limitação de mobilidade ou percepção – a utilização de maneira autônoma e segura dos ambientes urbanos. “Infelizmente, a realidade é diferente e é pensando nisso que pessoas de mais idade devem se preocupar com o fortalecimento muscular e também uma postura mais segura para enfrentar essas situações” além do respeito às normas de acessibilidade, é preciso adotar posturas mais receptivas com esse público especial. Prover a acessibilidade aos portadores de deficiência é ainda um grande desafio para arquitetos e urbanistas. O crescimento da cidade mostra que, pelo menos quanto à acessibilidade, não se leva em consideração as necessidades de todos que dela fazem parte. Outra condição muito importante é a circulação. “A ideia principal de adaptar um lugar é dar total independência ao morador deste local, dar espaço suficiente para que ele consiga se movimentar o máximo possível”. Oferecer condição de acesso é eliminar qualquer desnível que possa existir no decorrer no percurso. “Todo piso deve ter superfície regular, firme, estável, antiderrapante e que não provoque trepidações”, afirma a arquiteta Karla Cunha. É importante que os capachos sejam embutidos no piso e os tapetes ou forrações tenham suas bordas firmemente fixadas. Caso contrário, simplesmente elimine esses objetos. No caso dos usuários de cadeiras de rodas, uma das recomendações mais importante dentro de uma casa é que ele tenha uma área de giro de 360º para se mover com total liberdade e autonomia. Assim, não é necessário um lugar imenso para que o cadeirante tenha liberdade e sim, que o espaço, seja bem projetado com todas as devidas recomendações.

        Ao entrar na escola as crianças e jovens têm a oportunidade de conviver e de se relacionar com diferentes pessoas, aprendendo a perceber que todas têm características próprias e que nenhuma pessoa é igual á outra.  Por isso é importante a família estar junto à escola, os pais devem fazer uma aliança com os profissionais para auxiliá-los nos processos educacionais. Destaca-se que o problema da acessibilidade, apresenta-se como um amplo campo para estudos visando sempre melhorias, considerando-se a acessibilidade como pré-requisito para a interação de pessoas com deficiências na sociedade. É a partir dessa concepção que a inclusão das pessoas com deficiências no ensino regular está presente nos Parâmetros Curriculares e na LDB nº 9.934/96. Porém, é importante destacar que a normatização legal por si só não assegura a inserção de crianças com deficiências ao ensino regular, em escolas da Educação Básica. Pois, a implementação efetiva da ação legal não é tarefa simples, sendo necessário muito mais do que boa vontade por parte dos professores, é preciso investimento em infraestrutura física, profissionais de áreas afins e mudança de postura pessoal tanto dos profissionais da educação, quanto da família e da sociedade como um todo.


 

DEFICIÊNCIA VISUAL

        O termo cegueira não significa, necessariamente, total incapacidade para ver. Na verdade, sob cegueira poderemos encontrar pessoas com vários graus de visão residual. Engloba prejuízos dessa aptidão a níveis incapacitantes para o exercício de tarefas rotineiras (visão corrigida do melhor dos seus olhos permite enxergar há 6 metros  o que uma pessoa de visão normal enxerga há 60 metros). Pedagogicamente, delimita-se como cego àquele que tem somente a percepção da luz ou que não têm nenhuma visão e precisa aprender através do método Braille e de meios de comunicação que não estejam relacionados com o uso da visão; e como possuidor de baixa visão  aquele que lê tipos impressos ampliados ou com o auxílio de potentes recursos ópticos.

Os desafios apresentados pelas pessoas com esse tipo de deficiência são muitos. Entre eles, estão barreiras arquitetônicas, adaptações curriculares em todos os níveis do aprendizado e dificuldades em espaços culturais, como cinemas, teatros e museus. Porém, os principais obstáculos são relacionados a atitudes e preconceitos. Uma vez vencidos, seja no ambiente de trabalho, escolar ou em outras esferas, eles favorecem a verdadeira inclusão das pessoas com deficiência visual nos diversos espaços sociais. De acordo com Eliana, espaços como a fundação têm o objetivo de promover a autonomia e a independência das pessoas com deficiência visual, realizando ações de conscientização e de sensibilização junto à sociedade. Isso favorece a mudança de atitudes que é fundamental para o relacionamento humano digno e de verdadeira inclusão. Uma dessas barreiras diz respeito à terminologia. O termo aceito mundialmente, inclusive no Brasil, é “pessoa com deficiência”, substituindo a forma “pessoa deficiente”. Utilizada erroneamente, essa última tende a rotular o indivíduo pela deficiência, denotando socialmente incapacidade ou inadequação. “O que precisa ser feito é a aplicabilidade dos dispositivos legais, implementando o que está estabelecido pela Lei”, ressalta Eliana.

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