A DIVERSIDADE SEXUAL E EDUCAÇÃO: DESAFIOS PARA A FORMAÇÃO DOCENTE
Por: gabyp • 27/10/2017 • Resenha • 844 Palavras (4 Páginas) • 542 Visualizações
INSTITUTO FEDERAL CATARINENSE
CAMPUS VIDEIRA
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
GABRYELLE PAZIN
DIVERSIDADE SEXUAL E EDUCAÇÃO:
DESAFIOS PARA A FORMAÇÃO DOCENTE
VIDEIRA
2017
GABRYELLE PAZIN
DIVERSIDADE SEXUAL E EDUCAÇÃO:
DESAFIOS PARA A FORMAÇÃO DOCENTE
Resenha elaborada para a obtenção de nota parcial à disciplina de Diversidade e Inclusão Social, do curso de Licenciatura em Pedagogia, do Instituto Federal Catarinense – Campus Videira.
Professora Drª. Eliana Terezinha Quartiero
VIDEIRA
2017
1. DIVERSIDADE SEXUAL E EDUCAÇÃO: DESAFIOS PARA A FORMAÇÃO DOCENTE – HELENA ALTMANN
No decorrer dos anos, temáticas como da diversidade sexual, sua relação com a educação e implicações na formação docente, vem se consolidando no campo teórico das discussões educacionais. Entendendo que, tais assuntos, estão relacionados com a constituição histórica do dispositivo da sexualidade (ALTMANN, 2013). Por sua vez, tal tema passou a ser objeto de atenção nas instituições de ensino, as quais passaram a produzir um discurso voltado, não somente à moral, mas, também, à racionalidade. Desta forma, para entender melhor, sobre as relações entre diversidade sexual e educação, é preciso discorrer sobre as ligações entre a produção de conhecimento e os movimentos sociais.
As relações entre as discussões sobre gênero e o movimento feminista são relativamente conhecidas. Este movimento, fez com as mulheres ampliassem seus direitos políticos, sociais e civis, sendo que, anteriormente, estavão exclusivamente direcionados aos homens. Surgindo, com isto, a necessidade de produções e conhecimentos, acerca da mulher. “Mais tarde, esse conjunto de pesquisas e reflexões deu origem aos estudos de gênero, que atualmente se consolidaram como um campo de pesquisa” (MATOS, 2008 apud ALTMANN, 2013, p. 72).
Posteriormente, a produção de conhecimentos e os movimentos sociais, buscaram dar visibilidade para a diversidade sexual. Juntamente com isso, pesquisas sobre homofobia e o surgimento da epidemia da Aids viabilizaram a diversidade da sexualidade, reafirmando um lugar de importância deste dispositivo na escola. Nesta perspectiva, foram criadas diversas estratégias pedagógicas para administrar a sexualidade e a vida social, passando por diferentes focos de atenção, como por exemplo: o onanismo, as DST’s, a Aids, a gravidez na adolescência e, atualmente, à diversidade sexual.
“A expressão diversidade sexual vem sendo utilizada de maneira ampla, em diferentes áreas, como movimentos sociais, políticas públicas e educação” (ALTMANN, 2013, p. 75). Sendo que, mesmo com a implantação de programas e projetos escolares significativos de educação sexual que tem como foco o respeito à diversidade, no Brasil, estas ações ainda estão intimamente relacionadas aos movimentos sociais. Percebendo a necessidade de articulação de tais movimentos com a produção de conhecimento, a constituição de políticas públicas, as práticas educativas e a formação profissional (ALTMANN, 2013).
Neste setindo, o papel da escola perante essas questões é de fundamental importância, estando relacionado ao caráter democrático de tal instituição, tanto sobre as questões referentes a democratização do acesso e suas condições para permanência, quanto as relações que ali se estabelecem. As instituições de ensino têm o papel na promoção de igualdade de direitos, sendo que, para a obtenção de tal objetivo, é necessário o respeito à diversidade sexual, entretanto, caso isso não ocorra, ela acaba por instaurar práticas discriminatórias e heteronormativas. Assim, as práticas educacionais não devem ser pensadas sobre a lógica biológica do corpo, ou seja, a lógica preprodutora, evidenciando uma abordagem limitada.
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