A EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE LIBRAS E EST. SURDOS FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO DE SURDO
Por: André Souza • 24/8/2021 • Resenha • 509 Palavras (3 Páginas) • 149 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE LIBRAS E EST. SURDOS FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO DE SURDO
FILME:
E SEU NOME É JONAS
NOME: ANDRÉ LUIZ SILVA DE SOUZA MATRÍCULA: 369864
DATA: 08/03/2021
CURSO: PEDAGOGIA - NOTURNO PROFESSORA: RENATA CASTELO PEIXOTO
FORTALEZA 2021
FILME: E SEU NOME É JONAS
Momentos do filme que mostram:
- Modelo Clínico Terapeutico (CT)
Essa questão pode ser vista com muita evidencia no filme, quando foi tomado consciência de que Jonas era surdo e não um deficiente mental, ele foi levado para uma instituição que justamente tinha essa visão clinico-terapêutico, tanto que a metodologia ali utilizada era o Oralismo.
- Oralismo
No filme, consiste em ensinar as crianças a falar, ler lábios, para que pudessem se comunicar com ouvintes. Neste método, os sinais manuais eram proibidos, pois, segundo a educadora do filme, “tornavam as crianças preguiçosas para aprender a falar”.
- Modelo sócioantropológico
Diante da percepção do fracasso de outros métodos, a mãe de Jonas buscou outro caminho. E esse caminho passava pela utilização da língua de sinais para desenvolver o processo de ensino- prendizagem do garoto. Essa decisão da mãe de Jonas não agradou a escola na qual ele estava matriculado, que tinha uma visão clinico-terapêutico da surdez e utilizava o oralismo como método de ensino para os surdos. A partir do contato da mãe de Jonas com outras pessoas que conhecem a lingua de sinais, ela descobre uma nova visão a cerca da surdez. Que é uma visão a partir do modelo sócio antropológico.
- Bilinguismo
O filme “E seu nome é Jonas” termina com Jonas sendo matriculado numa Escola para crianças surdas – que tem uma visão sócio-antropológica da surdez e que utiliza o bilinguismo como metodologia. Ele então não se sentirá mais isolado no mundo, pois existem crianças que compartilham a mesma língua dele – a língua de sinais, e, por conseguinte a mesma cultura. Ele se sente bem ambientado e se reconhece naquele espaço. O que contribuirá para que o seu processo de ensino-aprendizagem ocorra satisfatoriamente.
A essa questão entre os defensores da oralização e os defensores da língua de sinais se relaciona a dois modelos de surdez que tendem a caracterizar as pesquisas na área: o clínico- terapêutico e o socioantropológico (Skliar, Massone, & Veinberg, 1995). O modelo clínico- terapêutico, preocupado principalmente com o diagnóstico e a reabilitação, reforça a visão da educação como método reabilitador colocado em cena a partir do diagnóstico médico, orientando a atenção para a cura do problema auditivo, correção de defeitos da fala e treinamento de habilidades como leitura labial (Skliar, 1997). O esforço dirige-se para a normalização do indivíduo e sua adaptação à sociedade a partir de critérios geralmente fixos do que seja normalidade. Os comportamentos e valores dos ouvintes tendem a ser tomados como norma, a diferença é geralmente percebida como negativa e caracterizada como desvio. A aprendizagem da língua oral é o principal objetivo das intervenções educacionais e terapêuticas (Skliar et al., 1995). O modelo socioantropológico propõe que a surdez seja vista como uma diferença cultural e lingüística: muitos surdos não consideram a si mesmos como deficientes, mas pertencentes a uma minoria lingüística.
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