A EDUCAÇÃO ESPECIAL
Por: 02543950311 • 24/8/2019 • Trabalho acadêmico • 624 Palavras (3 Páginas) • 132 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
INSTITUTO UFC VIRTUAL
CURSO: PEDAGOGIA
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO ESPECIAL
PROFª TUTORA À DISTÂNCIA: ANA CLAUDIA VIANA DE MACEDO
ALUNA: PRISCILLA UCHOA MARTINS
O texto se inicia com a discussão acerca de identidade e diferenças na escola, com foco na multiplicidade. Achei bem interessante a afirmação de que existe um poder que opera as escolas com um foco na dualidade, na binariedade de lógicas, que acaba por classificar os alunos – e mesmo as escolas – em normais e especiais, de forma que as diferenças são acentuadas por práticas e espaços distintos para cada um dos grupos.
Nesse sentido, chama-se ainda ao fato de que os alunos tidos como normais são valorados de maneira positiva, enquanto relega-se um status negativo àqueles ditos especiais, que requerem práticas diferenciadas e espaços diversos para que realizem seu desenvolvimento.
Dentro desse contexto, a educação inclusiva questiona esse sistema de valores e sua lógica de funcionamento, uma vez que seus pressupostos são no sentido de que as identidades, múltiplas, amplas, transitórias, de todos os alunos, requerem do professor e da própria escola, atenção diferenciada a cada fase de desenvolvimento, a cada período de aprendizagem, sendo inaplicável a lógica da categorização, da segregação.
A defesa então é de que a escola possa ser vivenciada por todos os alunos, em suas múltiplas formas de existência, que não haja diferenciações (adaptação curricular, separação das turmas por homogeneidade do desenvolvimento) e segregações, que seja a escola das diferenças, ao reconhecer em todos os alunos suas identidades e suas possibilidades de desenvolvimento e aprendizado.
Para demarcar o lugar de escola das diferenças, de maneira formal, é importante que o Projeto Político-Pedagógico (PPP) da escola seja elaborado de maneira coletiva – com professores, alunos, funcionários, pessoas da comunidade, pais e outros familiares – e pensado numa perspectiva integradora entre os preceitos formais da educação básica e as diretrizes que norteiam a educação inclusiva na escola comum, de maneira que o atendimento escolar especializado esteja descrito no documento de maneira transversal, mas ainda assim que se demarque claramente seus modos e métodos de funcionamento.
Além disso, o PPP deve denotar os caracteres de gestão democrática que permeiam as relações escolares, de forma que se possa perceber que a gestão leva em consideração as demandas e necessidades da comunidade escolar, em amplo aspecto e, no aspecto mais pontual, que as relações, como aquelas entre professores e alunos, são mediadas por instrumentos democráticos, pela cultura da paz, pelo diálogo, pela negociação discursiva e dos espaços escolares. Necessário reforçar que a gestão democrática deve ser corroborada pela própria autonomia da escola.
A conjugação dos aspectos apresentados até aqui aponta para um PPP que representa o alcance da perspectiva da inclusão, de forma que se apresentem mudanças significativas, como o foco da escola na aprendizagem, respeitando-se o tempo necessário para que isso ocorra com todos os alunos e evitando a reprovação, a promoção do espaço para o diálogo, a cooperação, a criticidade e outros aspectos necessários à atuação cidadã no mundo. A avaliação também deve ser processual e individualizada, abandonando-se as classificações e avaliações únicas e genéricas.
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