A EDUCAÇÃO INFANTIL E A ABORDAGEM DE EMMI PIKLER

A EDUCAÇÃO INFANTIL E A ABORDAGEM DE EMMI PIKLER

Acadêmicas: Milena Paulata e Nayara Perim Nofre^[1]

Professora Orientadora: Giovana Maria Di Domenico Silva²

Professora Orientadora: Dilva Bertoldi Bervenutti³

RESUMO

O presente artigo passa a abordar a educação infantil na perspectiva de Emmi Pikler, elencando assuntos pertinentes sobre a educação infantil, seus espaços e concepções. Passou-se a utilizar um estudo bibliográfico e de campo, de cunho qualitativo interpretando e compreendendo os dados levantados. A fim de contribuir para o desenvolvimento integral de cada criança, discorreu-se sobre a Abordagem Pikler Lóczy, pensando em uma educação humanizada e garantindo que o ato de educar seja prazeroso, alegre e educativo. Após dados levantados percebeu-se que a interação e a brincadeira são essências pois fazem boa parte da vida dos bebês. A partir disso percebe-se que o educador necessita ter a verdadeira compreensão de bebês e educandos, pensando no processo educativo de forma especial.

PALAVRAS-CHAVE: Educação Infantil. Pikler Lóckzy. Desenvolvimento Integral.

INTRODUÇÃO

O presente projeto tem como enfoque principal a educação infantil, tendo como aspectos relevantes a abordagem de Emmi Pikler, a organização dos espaços escolares e os desafios encontrados. Tendo como problema os elementos fundamentais que podem interferir na constituição do cotidiano e das práticas pedagógicas na educação infantil. A educação infantil atualmente vive em constantes mudanças e transformações, com isso os profissionais da área da educação precisam buscar novas dinâmicas e atividades para desenvolver as habilidades dos alunos, procurando novos conhecimentos para estarem sempre atualizados. Partindo desta questão tem-se como objetivo enfatizar neste projeto a tese de como a sociedade plural, deve respeitar às crianças em seu tempo de infâncias de maneira ética e respeitosa e quais são os elementos fundamentais da pratica pedagógica na educação infantil.

Assim passa-se a elencar cinco objetivos específicos, analisando o processo histórico da educação infantil pela contextualização o cenário atual desta etapa da educação básica, caracterizando o tempo de infância (s) das crianças, que passam a ser sujeitos do processo pedagógico e refletir pelos eixos norteadores, interações e brincadeiras no contexto da educação infantil. Da mesma forma passa a notar os diferentes processors de organização do espaço e do tempo nos processos de aprendizagem. Outro aspecto de importância no artigo é a abordagem de Emmi Pikler com crianças de 0 a 3 anos, e a pesquisa de campo na educação infantil, buscando uma reflexão e analisa sobre os processos atuais.

O caminho metodológico seguido teve como base um estudo bibliográfico e de campo, sobre o contexto da educação infantil e a abordagem de Emmi Pikler. Para o desenvolvimento do presente trabalho, utilizou-se de uma pesquisa bibliográfica e de campo. Que será válida pelos procedimentos técnicos, pelo estudo de questões teóricas com base em autores (bibliográfica). Destaca-se que que será feita a análise de dados a partir dos questionários aplicados com seis professores da rede pública municipal, sobre o contexto atual da educação infantil bem como reflexões teóricas baseadas em autores.

Apresenta-se uma abordagem diferenciada que elenca aspectos na perspectiva humanizada com práticas do educar e cuidar concretizadas, pensando com muito carinho e atenção nos diversos momentos educativos e o vínculo do educador com a criança. Abordagem Pikler Lóckzy é considerada de extrema importância pois reconhece a criança como individuo, desenvolve a autonomia e a construção do eu perante a ludicidade. Com o intuito de entender os elementos fundamentais que interferem na constituição do cotidiano da pratica pedagógica na educação infantil. Conhecer o processo histórico da educação infantil e prepara-se para receber a criança e buscar seu pleno desenvolvimento.

2 CONHECENDO O CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

2.1 O CONTEXTO HISTÓRICO DA EDUCAÇÕA INFANTIL

A história da educação infantil no Brasil teve início por volta do século XIX quando se teve a abolição da escravatura pela Lei Aurea de (1888). Meados antes de acontecer a proclamação da república (1889), surgiu vários incentivos a proteção da infância, para depois disto combater a alta taxa de mortalidade infantil no pais.

No ano de 1899 teve a fundação do Instituto de Proteção e Assistência a Infância que passou a anteceder o Departamento da Criança criado em 1919, que tinha como princípio o cuidado com a saúde pública e assistencialista. No ano de 1922 ocorreu no Rio de Janeiro o Primeiro Congresso Brasileiro de Proteção à Infância, elencando temas como educação moral e higiene, bem como o papel da mulher como cuidadora.

Por meio do século XX com a industrialização e urbanização teve-se o aumento das mulheres no mercado de trabalho, sendo assim as creches e pré-escolas foram muito procurados para poderem deixar as crianças.

No ano de 1961 teve-se um grande avanço com a criação da Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional -LDB (Lei 4024/61) que incluía os jardins de infância no sistema de ensino.

Logo após teve-se a LDB de 1971 criou-se a Lei nº 5.692. Porem as duas Leis não foram efetivamente concebidas aos princípios gerais. Assim no ano de 1996 teve-se a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96 que é utilizada até os dias atuais e mediante atualizações periódicas.

A Constituição Federal (1988) define creche e pré-escola como direito da família e dever do Estado em oferecer esse serviço. O Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA (1990) confirmou os direitos constitucionais em relação à Educação Infantil. Dessa forma a Educação Infantil passou a ser a primeira etapa da Educação Básica.

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, aprovadas no ano de 2009 definem em seu Art. 6º, alguns princípios para as instituições de educação infantil.

Art. 6º As propostas pedagógicas de Educação Infantil devem respeitar os seguintes princípios:

I – Éticos: da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum, ao meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e singularidades.

II – Políticos: dos direitos de cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática.

III – Estéticos: da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da liberdade de expressão nas diferentes manifestações artísticas e culturais.