A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (EAD) NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (EAD) NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

RESUMO

Este trabalho tem por objetivo analisar a modalidade de Educação a Distância (EaD) no cenário educacional brasileiro. Verificou-se no estudo que a sociedade contemporânea vem passando por transformações expressivas no modelo educacional tradicional de forma dinâmica e globalizada, proporcionando um caminho amplo para a educação a distância por caminhar junto com as transformações sociais e tecnológicas, de forma flexível, que difere da necessidade de presencialidade física, mantendo os mesmos critérios de avaliação do método tradicional. Assim, o estudo se caracteriza como qualitativo e descritivo. Quanto aos procedimentos técnicos foi realizado um levantamento bibliográfico e documental em estudos anteriormente publicados em: livros, teses, dissertações, artigos, e demais publicações que versam sobre o tema. Este trabalho é relevante por abordar o modelo de educação heterogêneo que atenda todas as demandas da sociedade moderna. Compreendendo a educação à distância como um modelo de ensino que permite o acesso à educação de qualidade por meio da quebra de barreiras sociais, à medida em que flexibiliza o acesso por meio da interatividade com a rede mundial de computadores, ao qual o aluno pode romper as barreiras geográficas, e buscar aprimorar o seu conhecimento em áreas que sua região não dispõe de cursos, tendo em vista a não obrigatoriedade da presença física nas instituições de ensino diariamente.

Palavras-chave: Educação a Distância, Sociedade Contemporânea. Globalizada.

1. INTRODUÇÃO

A educação brasileira passou por profundas transformações ao longo de séculos desde a chegada dos colonizadores português. No entanto, a modalidade de Educação a Distância (EaD) surge no cenário nacional em 1970 na Universidade de Brasília (UnB), que através de parceria com a Open University passou a ofertar cursos de curta duração. Porém, na época a modalidade teve pouca participação da comunidade acadêmica (KIPNIS, 2009).

Com os avanços tecnológicos da década de 90, o governo brasileiro passa a tratar a educação a distância de forma mais ampla, como pode ser verificado na reforma educacional de 1996, através da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), Lei n. 9.394/96 (KIPNIS, 2009).

Observa-se que mesmo tendo surgido nos anos 70, a educação a distância só passa a ser integrada no sistema de ensino nacional em 1996. Porém, tem sido essencial para a democratização da educação, por se tratar de um sistema dinâmico e eficiente, que atende aos anseios de uma demanda globalizada que busca qualificação profissional e que devido ao custo de oportunidade não dispõe de tempo para o modelo de ensino tradicional (NUNES, 2017).

O governo brasileiro deixa claro, através do Decreto N.º 2.494, de 10 de fevereiro de 1998 que:

“A Educação a Distância é uma forma de ensino que possibilita a autoaprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação. Os cursos ministrados sob a forma de educação a distância serão organizados em regime especial, com flexibilidade de requisitos para admissão, horários e duração, sem prejuízo, quando for o caso, dos objetivos e das diretrizes curriculares fixadas nacionalmente” (BRASIL, 1998, p. 01).

Com esta nova modalidade de ensino passa a não ser mais necessário que o professor e o aluno estejam em um mesmo ambiente e ao mesmo tempo tornando a aprendizagem mais dinâmica e multidisciplinar. Além disso, verifica-se que exceto o fato da distância entre o professor e o aluno as normas da educação permanecerão as mesmas, conforme verifica-se nos artigos 2º e 4º do Decreto N.º 2.494/98, que expõe que:

Art. 2º Os cursos a distância que conferem certificado ou diploma de conclusão do ensino fundamental para jovens e adultos, do ensino médio, da educação profissional, e de graduação serão oferecidos por instituições públicas ou privadas especificamente credenciadas para esse fim, nos termos deste Decreto e conforme exigências pelo Ministro de Estado da Educação e do Desporto”.

Art. 4º Os cursos a distância poderão aceitar transferência e aproveitar créditos obtidos pelos alunos em cursos presenciais, da mesma forma que as certificações totais ou parciais obtidas em cursos a distância poderão ser aceitas em cursos presenciais (BRASIL, 1998, p. 01).

Mediante o exposto acima a pesquisa levanta o seguinte questionamento: qual a contribuição da Educação a Distância (EaD) para o ensino no Brasil? Para responder o questionamento levantado no estudo, este trabalho tem por objetivo evidenciar a importância da modalidade de ensino à distância na educação brasileira atual. Para tal, foram definidos os seguintes objetivos específicos: apresentar conceitos de educação e a modalidade à distância; descrever a história da educação à distância; abordar os desafios da educação à distância no ensino contemporâneo.

Este trabalho se justifica por demostrar a relevância de um modelo de educação heterogêneo que atenda todas as demandas da sociedade moderna. Compreendendo a educação à distância como um modelo de ensino que perimte o acesso à educação de qualidade por meio da quebra de barreiras sociais, à medida em que flexibiliza o acesso por meio da interatividade com a rede mundial de computadores, ao qual o aluno pode romper as barreiras geográficas, e buscar aprimorar o seu conhecimento em áreas que sua região não dispõe de cursos, tendo em vista a não obrigatoriedade da presença física nas instituições de ensino diariamente.

Assim, a pesquisa é relevante por abordar a temática da EaD na sociedade. Além disso, espera-se que este estudo possa auxiliar estudos futuros que tratem do assunto abordado e os reflexos da educação à distância no processo de educação de uma forma geral.

1. REVISÃO TEÓRICA

1. EDUCAÇÃO TRADICIONAL E EAD: CARACTERÍSTICAS E CONCEITOS

A educação é uma ferramenta essencial para a ampliação da capacidade de percepção do homem em relação ao ambiente social que está inserido. Assim, Paulo Freire ressalta que, pela educação “nos tornamos capazes de intervir na realidade, tarefa incomparavelmente mais complexa e geradora de novos saberes do que simplesmente a de nos adaptar a ela” (FREIRE, 1996, p. 86).