A Educação Intercultural

Claretiano

Curso de Licenciatura em Computação

 

Tutor: Cristiane Regina Tozzo

Aluno: Francisco Anibal Rocha Júnior

A interculturalidade pode ser entendida, em sentido amplo, como uma proposta de consolidação democrática nos Estados onde convivem diversas culturas (TEIXEIRA; LANA, 2019), mas devido ao fato de haver uma diversidade de entendimentos teóricos sobre o assunto ainda não há uma convergência mundial unânime de como trabalhar essas diferenças culturais na escola e na sala de aula, cabendo a cada Estado uma atuação discricionária em relação a este tema, configurando-se um verdadeiro desafio para todos os envolvidos. Mas há uma constatação importante, a discussão em torno dos conceitos de interculturalidade convergem para uma dinâmica de caráter interdisciplinar e multiprofissional, de forma a não depender apenas dos professores, mas de um trabalho complexo que envolve o  apoio de diversos profissionais e da própria comunidade indígena. De acordo com Marcilino (2014), a interculturalidade acontece quando garantimos que a escola seja um espaço de reflexão em que os povos indígenas possam, com as contradições presentes nas relações entre as diferentes sociedades, com a possibilidade de integrar os processos educativos de cada povo, ser administrada segundo os parâmetros específicos das leis que a regem. A participação da educação nesta proposta de interculturalidade remete a ideia de preparar os cidadão, indígena ou não, educadores ou não, para a convivência harmoniosa entre culturas diferentes dentro ou fora da sala de aula. A escola como um espaço de reflexão é fundamental para essa convivência harmoniosa, um corpo docente preparado é de fundamental importância e a educação em direitos humanos nos programas de formação dos professores se mostra um aliado importante nesse processo. Outro ponto muito importante nesse processo é o interesse do professor pelos programas interculturais, estudando as culturas diferentes, se preparando, sugerindo metodologias, ou seja, é necessário que haja um envolvimento dos professores com a interculturalidade para que as metodologias sejam efetivas, além do compromisso do Estado e do Ministério da Educação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

TEIXEIRA, Vanessa Corsetti Gonçalves; LANA, Eliana dos Santos Costa. INTERCULTURALIDADE E DIREITO INDÍGENA À EDUCAÇÃO - A POLÍTICA PÚBLICA DE FORMAÇÃO INTERCULTURAL DE PROFESSORES INDÍGENAS NO BRASIL. Educ. foco, Juiz de Fora, ano 2012, v. 17, n. 1, ed. 1, p. 119-150, 1 set. 2019. Eletrônico.

MARCILINO, Ozirlei Teresa. EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA E INTERCULTURALIDADE: POSSIBILIDADES DE UMA PRÁXIS INCLUSIVA. EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA E INTERCULTURALIDADE: POSSIBILIDADES DE UMA PRÁXIS INCLUSIVA, ENDIPE, ano 2014, v. 3, ed. 3, p. 1-12, 3 jun. 2014. Eletrônico.

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