A Educação Corporativa

MBA EM EDUCAÇÃO CORPORATIVA E GESTÃO DO CONHECIMENTO

Fichamento de Estudo de Caso

Trabalho da disciplina Educação Corporativa

Rio de Janeiro

2016

Estudo de Caso: A certificação no Mercado Comum Europeu e o caso Espanhol

Aspectos da certificação profissional na Europa

REFERÊNCIA: RICARDO. Eleonora Jorge. As Práticas Pedagógicas na Era do Conhecimento. Rio de Janeiro. Qualitymark, 2012.

Após a visita a órgãos do governo espanhol e análise de documentos acerca da certificação profissional realizada no Mercado Comum Europeu e Espanha, a autora mencionou aspectos importantes sobre o tema, destacando a forma como o problema foi contornado após a criação da União Européia.

Primeiramente, foi possível constatar pelo texto que a educação profissional do trabalhador naqueles países é realizada de maneira continuada através da associação ao emprego, formação de capital intelectual e empregabilidade. Porém, a ocorrência de crises mundiais, com consequentes abalos econômicos, forçaram à realização de mudanças de metas com a finalidade de solucionar os novos problemas que surgiram.

A partir disso, a autora explicou que os Conselhos Europeus, Comissão Européia e Estados Membros discutiram a respeito de temas como certificação, competências, conhecimento, financiamento de programas educacionais, aprendizagem e práticas educacionais, resolvendo que a realização de uma política de transparência dos certificados expedidos pelos Estados Membros e a permissão do livre trânsito de trabalhadores seriam medidas adequadas para o atendimento das necessidades do mercado de trabalho na União Européia.

Com a adoção dessas medidas, segundo a autora, a análise de certificados passou a permitir uma melhor identificação de posicionamento do profissional no mercado em virtude da portabilidade de competências. Porém, antes de chegar nesse modelo, houve uma infrutífera tentativa de mapeamento de competências estratégicas realizadas para todos os Estados Membros para a adoção de um certificado único para todos os países.

Para a autora, o modelo de certificação espanhol parece muito atrativo e inspirador para a realização de políticas públicas de educação corporativa no Brasil em razão de diversos fatores, como por exemplo: a parceria entre governo, empresa e trabalhadores, a importância dada aos investimentos realizados na educação do trabalhador, o aspecto legal de reconhecimento da formação do trabalhador e a extensão das ações, que incluem os desempregados.

Na análise das leis espanholas pela autora, foi dada ênfase na educação continuada em todo o território, o reconhecimento e certificação das competências profissionais adquiridas através de processos formativos e realização de investimentos em educação para o trabalho dentro do subsistema de formação continuada. Cabe ressaltar que o padrão de formação profissional continuada espanhol engloba um conjunto de ações formativas desenvolvidas pelas empresas, trabalhadores e respectivas representações visando à melhoria de competências, qualificações e requalificações de trabalhadores empregados com a intenção de compatibilizar a maior competitividade das empresas com a formação individual do trabalhador.