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A Educação Especial

Por:   •  31/5/2021  •  Resenha  •  1.432 Palavras (6 Páginas)  •  124 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A luta pela educação especial inclusiva é mundial. São inúmeros os estudos, leis e

decretos que visam a cada dia mais, incluir o aluno com deficiências. Porém, ainda é

observado muito preconceito, muita falta de inclusão e descaso com esses alunos.

O presente trabalho tem como objetivo relatar sobre o conceito de surdez e deficiência

auditiva, a língua portuguesa e a língua Brasileira de Sinais, e ainda a inclusão dos

surdos em escolas de fronteira, onde existe mais de um idioma predominante.

1- Surdez, deficiência auditiva, surdez e as concepções vigotskyana

Dentre várias deficiências, vamos destacar os problemas auditivos. Existe um equívoco

com as nomenclaturas de “surdo” e “deficiente auditivo”. O fato é devido ao termo

“surdo” ser considerado pejorativo por muitos. Porém, segundo a definição, temos que:

“considera-se deficiência auditiva a perda bilateral, parcial ou total de quarenta e um

decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500 Hz, 1.000 Hz, e

3.000 Hz” (BRASIL, 2006, p. 1).

Sendo assim, podemos diferenciar a surdez de acordo com o nível, e da forma que a

pessoa interage com o mundo. O indivíduo que apresenta perda auditiva de até 70

decibéis, é considerado parcialmente surdo, com deficiência auditiva. Porém, aquele que

apresenta deficiência auditiva de mais de 70 decibéis, é considerado surdo, porque além

da mínima audição, ele interage com o mundo de forma visual e expressa sua cultura

pela Língua Brasileira de Sinais.

Os surdos, devido a deficiência auditiva e poucos estudos referentes à eles, por muito

tempo foram considerados com retardo mental. Então, era um dos motivos para que

fossem excluídos da sociedade. Vigotsky sempre defendeu que o ser humano aprende

com a sua interação. Se o surdo não tiver essa interação, é bem provável que ele

desenvolva bloqueios e apresente abismos em seu aprendizado.

É necessário compreender que para um surdo, as palavras quase não têm relevância,

pois eles não entendem ou não dão importância. Em contrapartida, os gestos são

extremamente importantes e interessantes para eles, pois eles compreendem e podem

“responder”, gerando uma interação e a construção de um aprendizado.

A linguagem é nossa ferramenta de comunicação com o universo, mas não precisa ser

oral, pode também ser visual, desde que se compreenda que a linguagem é construída de

acordo com a interação.

2- Diferença entre LIBRAS e língua portuguesa.

Pelo fato que o aluno vai ter sua comunicação por LIBRAS, muitos acreditam que é o

mesmo que a língua portuguesa. Porém, a diferença está na modalidade, pois a língua

portuguesa é oral-auditiva, e a LIBRAS é gestual-visual.

Durante muitos anos, o acesso à educação pelos Surdos foi muito complicado. Poucos

entendiam que a maneira que ele podia se expressar era de forma visual, por gestos.

Eles sofreram muito preconceito e enfrentaram muitas dificuldades, pois apenas pessoas

com audição normais que decidiam os seus direitos. Defendiam que eram os surdos que

tinham que aprender o idioma da maioria, e não que eles tinham que se adaptar aos

gestos dos surdos.

Albres (2010) pontua que a leitura labial, a amplificação sonora, oralização (ato de

falar), os sinais, o alfabeto manual, o bimodalismo (ação de falar e sinalizar

simultaneamente) constituem as estratégias adotadas pela Comunicação Total. Percebe-

se, então, que essa abordagem não reconhece os Surdos com diferença linguística e

cultural, tentando normalizá-los por meio do desenvolvimento da oralidade. Em

contrapartida, foi significativo o contato que os Surdos tiveram com os sinais mesmo

diante da sua utilização para alcançarem a fala.

3- A inclusão para os surdos em contexto de educação bilíngue e bicultural, em

escolas fronteiriças que acolhem surdos e ouvintes.

O trabalho realizado pelo docente deve focar à aquisição de novos saberes, pois “na

escola a criança desenvolve uma atividade que a obriga a colocar-se acima de si

mesma” (VYGOTSKY, 2001, p. 336). As crianças precisam ser incitadas a aprender, o

que possivelmente ocasionará a motivação em assimilar novos conhecimentos.

A busca por uma educação em língua de sinais mobiliza os surdos a cruzarem a

fronteira e estudar no país vizinho, ficando evidente, a partir das narrativas dos alunos e

das professoras, que a língua é importante tanto na escola quanto na associação, bem

como no convívio social, pois a língua constitui os sujeitos.

Quando se trata, entretanto, de escolas brasileiras situadas em regiões de fronteiras, as

especificidades e peculiaridades das crianças que convivem nesses espaços são mais

notáveis

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